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sexta-feira, 3 de maio de 2019



Engie Brasil estuda parques híbridos no Nordeste


Diretor da companhia diz que são necessárias mudanças nos contratos de transmissão e que custo de instalação de solar já é mais baixo, mas eólica se mantém mais competitiva










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A Engie Brasil enxerga nos parques híbridos no Nordeste uma próxima fronteira para ofertar novos produtos e soluções com energia eólica. A companhia instalou em alguns de seus parques eólicos, que somam 900 MW em operação, estações solarimétricas para verificar a complementaridade com a fonte fotovoltaica. “Caso mudanças regulatórias venham nesta direção, esperamos por otimizações nos contratos no uso do sistema de transmissão”, disse à Brasil Energia o diretor de Estratégia e Regulação da companhia, Edson Silva.
Ele observa que, com o desenvolvimento tecnológico, a fonte solar já tem um custo por MWp instalado 30% menor do que a fonte eólica. “No entanto, devido aos excelentes recursos eólicos que temos no Brasil, o vento ainda continua como uma fonte mais competitiva, principalmente em função do seu fator de capacidade”, ressalva. De acordo com dados do ONS referentes à março, as eólicas conectadas ao SIN tiveram um fator de capacidade de 42% nos últimos 12 meses e as solares, de 28%.
Para Silva, os investimentos de fabricantes de aerogeradores em Pesquisa & Desenvolvimento para reduzir custos e melhorar o desempenho das máquinas, através de novos materiais e, principalmente, da melhoria na aerodinâmica das pás, também contribuem fortemente para que a fonte se mantenha competitiva.
Ainda assim, faz parte das pesquisas dos fornecedores de aerogeradoes, lembra, o desenvolvimento de novas tecnologias para a integração de projetos solares a parques eólicos.
O executivo comentou com a Brasil Energia sobre as mudanças e oportunidades que podem ser abertas com a modernização do setor elétrico, pauta resgatada pelo MME em abril, com a criação de um grupo de trabalho que deve entregar, até outubro suas conclusões. A modernização do setor está fortemente direcionada para a gradual abertura do mercado livre e para buscar afinar o preço da energia com os custos reais do sistema.
“Estamos confiantes de que os aprimoramentos, como a esperada redução de subsídios para renováveis, terá efetividade apenas para novos projetos e manterá os direitos já adquiridos”, comenta Silva.
A Engie Brasil é maior geradora privada do Brasil, com uma capacidade instalada total de 9.775 MW.