Seguidores

Pesquisar este blog

quinta-feira, 29 de novembro de 2018



O futuro dos veículos elétricos comerciais


Fonte: https://info.greenbiz.com









Resumo executivo

Frotas comerciais estão fazendo a transição para uma energia limpa

A eletrificação do futuro e da frota está liderando o caminho. Essa mudança é impulsionada por vários fatores, incluindo uma evolução tecnológica e de mercado, atenção renovada aos riscos climáticos globais e à melhoria economia baseada em um custo total de propriedade mais favorável.


De acordo com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA), o setor de transporte é responsável pela maior parte do total das emissões dos  EUA de gases de efeito estufa (GEE) (28%), e as médias e o setor de caminhões pesados ​​responde por 23% dessas emissões.
A mesma tendência é verdadeira globalmente e a redução das metas das  emissões estão surgindo em cidades em todo o mundo. Veículos elétricos comerciais ajudam operadores de frotas a atingir emissões globais desafiadoras objetivos e mais projetos de energia renovável que estão chegando on-line uma oportunidade para alimentar frotas comerciais  com fontes mais limpas, reduzindo ainda mais as emissões totais.

Ao mesmo tempo, as opções elétricas estão se tornando cada vez mais custo competitivo, oferecendo recursos comparáveis ​​(ou mesmo favoráveis) às suas alternativas diesel e se tornando mais amplamente disponível de uma gama de fabricantes. Enquanto curvas estão à frente no caminho para adoção de frota elétrica generalizada, muitos operadores de frotas estão vendo oportunidades e desafios - em resumo, aqueles no ecossistema podem aprendam uns com os outros. No geral, os sinais indicam que o progresso está sendo feito e estamos nos movendo na direção certa.

A UPS juntou-se à GreenBiz para realizar esta pesquisa para melhor compreender a transição para a eletrificação da frota comercial,




USINAS FOTOVOLTAICAS FLUTUANTES SÃO UMA BOA IDEIA ?


Fonte: https://www.cosol.com.br/blog/usinas-fotovoltaicas-flutuantes-sao-uma-boa-ideia

Por: Gabriel Konzen





INAUGURAÇÃO DO PROTÓTIPO EM BALBINA

A notícia desse projeto ganhou bastante visibilidade nacional, pois, aparentemente, aproveitar uma área alagada, fazendo uma usina dois em um, é uma ideia interessante. Mas, analisando os prós e contras, será que o Brasil teria motivo para investir nesse tipo de usina?
Vamos discutir os principais pontos na sequência.

ECONOMIA DE ÁREA

Um dos principais motivadores para o desenvolvimento de projetos flutuantes é a economia de área. Foi esse fator que levou o Japão, por exemplo, a investir em UFVs flutuantes, sendo considerado o país com maior experiência na área. Somente em 2015 e 2016, a Kyocera previu a instalação de mais 30 usinas desse tipo no país [1]. Mas a situação é diferente do Brasil.

O Japão tem praticamente o tamanho do Mato Grosso do Sul, e sustenta o título de terceira maior economia do Mundo. Portanto, a área é muito valorizada no Japão.
No Brasil, o problema de disponibilidade de terras para geração de energia fotovoltaica não é tão significativo. O potencial de geração em terra é enorme no país e o custo de compra de terrenos ou arrendamento representa uma parcela baixa do investimento (3% para terreno e ações socioambientais em projetos eólicos [2]). Portanto, a vantagem com a economia de terra é pouco relevante no Brasil.

UTILIZAÇÃO DE INFRAESTRUTURA EXISTENTE

Outra vantagem comentada é a de poder compartilhar a infraestrutura de transmissão da hidrelétrica. Dependendo do perfil hidrológico da região, é possível que a UHE não opere a plena capacidade durante todo o tempo. Adicionalmente, conforme os Procedimentos de Rede do ONS, os transformadores da rede básica devem ser capazes de suportar sobrecargas diárias de 120% por 4 horas e de 140 % por 30 min [1]. Portanto, dependendo do perfil de geração da UHE e da UFV, é possível utilizar a mesma infraestrutura.
Porém, essa vantagem precisa ser estudada caso a caso para avaliar o potencial de utilização da rede. No caso da UHE Balbina, por exemplo, existe coincidência, e não complementaridade, entre o regime de operação da usina e a distribuição de irradiação solar ao longo do ano [1].
Mas se o problema é a transmissão, não seria melhor investir em geração distribuída, que não precisa de transmissão, naturalmente, ao invés de se preocupar em como e onde seria possível aproveitar a infraestrutura existente?

CUSTOS DE INVESTIMENTO E MANUTENÇÃO

O investimento no projeto da Eletronorte e da CHESF será de aproximadamente R$ 100 milhões, o que resulta num custo de R$ 10/W. Apesar de ser mais que o dobro de um projeto de geração centralizada em terra (com base nos leilões de 2015), e maior que projetos de geração distribuída, essa comparação não é muito pertinente, uma vez que se trata de um projeto de P&D.

No entanto, é provável que o custo seja realmente maior que o de uma planta em solo, em função dos equipamentos utilizados e da manutenção. Sistemas flutuantes necessitam de componentes com maior grau de proteção contra a penetração de água, o que encarece o investimento. Quanto aos flutuadores, há dúvidas se esses equipamentos resistem aos fatores ambientais por mais de 20 anos [1].
Em relação à manutenção, estima-se que seja mais trabalhosa, pela maior dificuldade de acesso aos componentes. Adicionalmente, em reservatórios de hidrelétricas, também há a preocupação com materiais em suspensão, como folhas, galhos e até mesmo troncos, que descem os rios principalmente em épocas de cheia [1].

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Considerando a disponibilidade de terras no Brasil, e o imenso avanço que vem sendo obtido na parte de construção e manutenção de sistemas em solo, parece difícil que UFVs flutuantes consigam competir em custo com uma usina convencional.

 No entanto,o P&D é importante justamente para avaliar melhor as questões discutidas (e outros pontos não abordados) e quantificar os prós e contras desse tipo de projeto.

O que precisa ficar claro é que o simples fato de se aproveitar uma área alagada e infraestrutura existente não são suficientes para decidir pela implantação ou não de um projeto desse tipo. Não faz sentido instalar uma usina flutuante apenas melhorar a imagem de um projeto hidrelétrico desastroso, como é o caso de Balbina, por exemplo. É um novo projeto. Deve ser feita uma nova análise de viabilidade, e se for constatado que construir em terra ou em telhados for melhor (no sentido econômico e socioambiental), então que seja esquecido o impacto já causado pelo reservatório, e investido nas outras configurações citadas.

Referências:
[1] GALDINO, M. A.; OLIVIERI, M. M. A. Considerações sobre a Implantação de Sistemas Fotovoltaicos Flutuantes no Brasil. In: VI CBENS - Congresso Brasileiro de Energia Solar, 2016, Belo Horizonte. Anais do VI CBENS, 2016.
[2] TOLMASQUIM, M. T. Energia Renovável: Hidráulica, Biomassa, Eólica, Solar, Oceânica / Mauricio Tiomno Tolmasquim (coord.). – EPE: Rio de Janeiro, 2016.

Chesf implanta usina solar flutuante


Fonte: https://www.chesf.gov.br

A Usina Fotovoltaica Flutuante deverá entrar em operação em dezembro deste ano


Projeto de Pesquisa & Desenvolvimento da Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) está chamando atenção de quem passa pelo Reservatório de Sobradinho (BA), um dos maiores em espelho d´água do mundo, no sertão da Bahia. É a Usina Solar Fotovoltaica Flutuante, que está em fase de implantação e deverá entrar em operação em dezembro deste ano, com 1 MWp de capacidade instalada. Outros 4 MWp deverão ser instalados nos anos seguintes.

No último dia 24 de outubro, o secretário de Energia Elétrica do Ministério de Minas e Energia, Ildo Grudtner, acompanhado da diretoria da Chesf, visitou o canteiro de obras, próximo da Usina Hidrelétrica de Sobradinho, por onde passarão as conexões da usina solar fotovoltaica.

“O foco deste projeto é a pesquisa, o desenvolvimento de tecnologia e a capacitação. Esse projeto integra o Centro de Referência em Energia Solar de Petrolina (Cresp), que já implantou, em sua primeira etapa,uma planta fotovoltaica de 2,5 MWp , irá implantar outra planta fotovoltaica de 0,5 MWp e mais duas novas plantas em tecnologias heliotérmicas ”, explicou o presidente da Chesf, Fabio Alves.

Visita Técnica

O secretário Ildo Grudtner realizou visita técnica às outras instalações de geração e reservatórios da Chesf. Foi ao Complexo Paulo Afonso, onde conheceu as usinas, a cidade e a cultura local. Visitou, ainda, a Usina de Xingó (AL/SE) e o reservatório, local famoso nacionalmente por ser locação de filmes e novelas.

Também visitou o Museu Arqueológico de Xingó, que foi criado a partir de trabalho desenvolvido em parceria com a Chesf, no período da construção da usina, onde foi mostrada a importância da Chesf para o desenvolvimento do turismo da Região. Os gerentes regionais de Paulo Afonso e de Sobradinho, Elerson Silva e Raniere Farias, organizaram receptivos e acompanharam a diretoria juntamente com suas equipes. 


quinta-feira, 22 de novembro de 2018


GERAÇÃO EÓLICA INSTANTÂNEA TEM NOVO RECORDE NO NORDESTE


No dia 18 de novembro, às 9h11, produção de energia da fonte foi maior que a carga do subsistema


A geração eólica no Nordeste bateu novo recorde de geração instantânea. No último domingo, 18 de novembro, às 9h11, a geração de energia da fonte chegou a 8.920 MW, com um fator de capacidade de 86%. Naquele momento, a produção de energia eólica superou em 4% a carga total do subsistema, tornando o Nordeste exportador de energia. 


O recorde anterior de geração eólica instantânea havia ocorrido no dia 13 de setembro, às 8h24, quando foram gerados 8.665 MW, com fator de capacidade de 86%. Na ocasião, o montante foi suficiente para abastecer 83% da carga da região.



Este boletim apresenta dados referentes à geração de usinas eólicas no Sistema Interligado Nacional – SIN. No item 2, são apresentadas informações agregadas no SIN sobre a capacidade total instalada, geração e fator de capacidade de usinas eólicas Tipo I, Tipo II-B e Tipo II-C. No item 3, são apresentadas as principais informações de recordes no SIN e nos subsistemas. No item 4, são apresentadas informações agregadas por Subsistema. No item 5 é apresentada a geração verificada por estado (Unidade da Federação) e, no item 6, informações sobre geração eólica e capacidade instalada por usina. Para os dados de geração verificada, são contempladas apenas as usinas que possuem relacionamento com o ONS (Tipo I, Tipo II-B e Tipo II-C). Os dados de potência instalada de usinas eólicas classificadas na modalidade Tipo III foram obtidas no Banco de Informações de Geração da ANEEL1 . 




Energia eólica já tem mesma capacidade instalada de Itaipu

Na “safra dos ventos”, período que vai de junho a novembro, a geração eólica já chega a atender quase 14% do Brasil e mais de 70% do Nordeste em alguns dias.

 Fonte:https://ciclovivo.com.br/planeta/energia/energia-eolica-14gw-capacidade/






O Brasil acaba de ultrapassar a expressiva marca de 14 GW de capacidade instalada de energia eólica. Já são 14,34 GW de capacidade instalada em 568 parques eólicos e mais de 7.000 aerogeradores em 12 estados. Para comparação, podemos, por exemplo, citar que esta é a mesma capacidade instalada de Itaipu, a maior usina hidrelétrica do Brasil. Veja abaixo como está dividida a capacidade instalada e o número de parques por estado:




A fonte eólica tem mostrado um crescimento consistente, passando de menos de 1 GW em 2011 para os 14 GW de agora, completamente conectados à rede de transmissão. Em média, a energia gerada por estas eólicas equivale atualmente ao consumo residencial médio de cerca de 26 milhões de habitações (80 milhões de pessoas).
“Gosto sempre de lembrar que o Brasil passou do 15º lugar no Ranking de Capacidade Instalada de energia eólica em 2012 para a 8ª posição no ano passado, segundo o Global Wind Energy Council. Também é importante mencionar que, no ano passado, a Bloomberg New Energy Finance estimou o investimento do setor eólico no Brasil em US$ 3,57 bilhões (R$ 11,4 bilhões), representando 58% dos investimentos realizados em renováveis no País (eólica, solar, biomassa, biocombustíveis e resíduos, PCH e outros). Considerando o período de 2010 a 2017, o investimento já passa dos US$ 30 bilhões. Estes são alguns dos dados que mostram a importância do setor eólico, nossa capacidade de crescer, fazer investimentos e trazer benefícios para o Brasil”, explica Elbia Gannoum, Presidente Executiva da ABEEólica.
A energia eólica já está chegando a atender quase 14% do Sistema Interligado Nacional – SIN. O dado está no último Boletim Mensal de Dados do ONS, referente ao mês de setembro e que mostra que, no dia 19 de setembro, uma quarta-feira, a energia eólica chegou ao percentual de 13,98% de atendimento recorde do SIN.
No caso específico do Nordeste, os recordes de atendimentos a carga já ultrapassam 70%. O dado mais recente de recorde da região é do dia 13 de setembro, uma quinta-feira, quando 74,12% da demanda foi atendida pela energia eólica, com geração média diária de 7.839,65 MWmed e fator de capacidade de 76,58%. Nesta data, houve uma máxima às 8h, com 82,34% de atendimento da demanda e 85,98% de fator de capacidade. Vale mencionar também que, nesse mesmo dia, o Nordeste foi exportador de energia durante todo dia, uma realidade totalmente oposta ao histórico do submercado que é por natureza importador de energia.
Nos primeiros oito meses do ano de 2018, as eólicas geraram uma quantidade de energia 19% superior ao gerado no mesmo período do ano passado, de acordo com dados consolidados do boletim InfoMercado mensal da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica. A CCEE também informou que durante o mês de agosto, as usinas eólicas registraram a maior produção de energia da história ao alcançar 7.017 MW médios. A produção elevou a representatividade da fonte, em relação a toda energia gerada no período pelas usinas do Sistema, para 11,5% em 2018.
Até 2024, serão instalados mais 4,46 GW em 186 novos parques eólicos, levando o setor à marca de 18,80 GW, considerando apenas leilões já realizados e contratos firmados no mercado livre. Com novos leilões, estes montantes se elevarão.  “Sobre novas contratações e sobre o futuro da energia eólica, acho sempre importante explicar que nossa matriz tem a admirável qualidade de ser diversificada e assim deve continuar. Cada fonte tem seus méritos e precisamos de todas. É preciso que isso fique claro. Do lado da energia eólica, o que podemos dizer é que a escolha de sua contratação faz sentido do ponto de vista técnico, social, ambiental e econômico, já que tem sido a mais competitiva nos últimos leilões. Além disso, acreditamos ser uma escolha lúcida quando se tem ideais de uma sociedade mais justa e de um futuro mais sustentável e de respeito à natureza”, explica Elbia Gannoum.

O sucesso da energia eólica no Brasil

Para produzir energia eólica, são necessários bons ventos: estáveis, com a intensidade certa e sem mudanças bruscas de velocidade ou de direção. O Brasil tem a sorte de ter uma quantidade enorme deste tipo de vento, o que explica em grande medida o sucesso da eólica no Brasil nos últimos anos. Para comparação, podemos citar que a média mundial do fator de capacidade (medida de produtividade do setor) está em torno de 25%. No Brasil, nos últimos doze meses (de set/17 a ago/18), o fator de capacidade médio foi de 42,5%, atingindo picos de superiores a 60% em um mês e tendo passado dos 80% no caso dos recordes registrados pelo ONS no Nordeste em um dia.
Um outro ponto favorável do desenvolvimento da fonte eólica no Brasil é o fato de a cadeia produtiva ser 80% nacionalizada gerando empregos aqui e produzindo com alta tecnologia e investimento.
Todos estes números positivos mostram não apenas um setor consolidado, mas também que a energia eólica tem um futuro promissor no Brasil. A energia produzida pelos ventos é renovável; não polui; possui baixíssimo impacto ambiental; contribui para que o Brasil cumpra o Acordo do Clima; não emite CO2 em sua operação; tem um dos melhores custos benefícios na tarifa de energia; permite que os proprietários de terras onde estão os aerogeradores tenham outras atividades na mesma terra; gera renda por meio do pagamento de arrendamentos; promove a fixação do homem no campo com desenvolvimento sustentável; gera empregos que vão desde a fábrica até as regiões mais remotas onde estão os parques e incentivam o turismo ao promover desenvolvimento regional”,resume Elbia Gannoum, Presidente da ABEEólica.
Comentário CO2Energia:  Queiram ou não queiram os "governantes". Energias EÓLICA E SOLAR serão a Redenção do Nordeste brasileiro.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Por que o Brasil tem uma das energias mais limpas do mundo

Fontes renováveis compõem a matriz energética brasileira, diminuindo a necessidade de gerar eletricidade a partir de combustíveis fósseis ou carvão



Fonte: https://g1.globo.com/


...


Você sabe o que é energia elétrica limpa? O assunto, muito debatido no mundo todo, ainda gera dúvidas. Mas não é tão difícil de entender, principalmente em um país como o Brasil, que tem nas fontes renováveis sua principal matriz energética.

Energia limpa é aquela gerada por fontes renováveis e que não lançam poluentes na atmosfera. Entre as principais formas de produção, estão a energia hidrelétrica, gerada pela movimentação das águas, a eólica, produzida pelo vento, e a energia solar. No mundo, a energia elétrica ainda é, em sua maioria, baseada em combustíveis fósseis e carvão, que emitem uma série de poluentes.

No território brasileiro, ocorre o contrário, pois aqui há a melhor matriz de energia renovável do mundo, segundo o professor Nivalde Castro, que coordena o Grupo de Estudos do Setor Elétrico (Gesel). “Enquanto no resto do mundo é entre 17%, 18%, o Brasil tem 80% de energia renovável”, diz.

O professor procura desmistificar a ideia de que há grandes entraves para a expansão no país. Destacando o potencial de crescimento da energia eólica e solar, Castro comenta que isso acontecerá de acordo com a demanda. Na medida que o quadro econômico nacional melhorar, a tendência é que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) abra leilões para expansão da oferta no país. “O único entrave é a economia brasileira voltar a crescer”, explica.

Crescimento da energia eólica


O quadro brasileiro se diferencia da situação de outros países principalmente pela força das águas. As hidrelétricas, por exemplo, representam 60% do total do que é consumido no país. Essas usinas geram eletricidade pelo movimento da água de rios, seja por desníveis naturais ou por outros criados artificialmente. “No Brasil estamos bem, é uma das energias elétricas mais limpas do mundo”, comenta o coordenador do curso de especialização em Energias Renováveis, Geração Distribuída e Eficiência Energética da USP, José Roberto Simões Moreira.

A segunda principal fonte mais usada no país não é limpa, são as usinas termelétricas, que podem ser movidas por gás natural, bagaço de cana e combustíveis fósseis. Mas a tendência é que, nos próximos anos, ela seja ultrapassada pela eólica, outra fonte renovável. Ela funciona por grandes hélices que, ao serem movimentadas, captam a energia produzida pelo vento. “A eólica está estabelecida, mas vai continuar crescendo”, diz.

Uma das fontes renováveis que mais podem crescer no Brasil é a energia solar pois, segundo Moreira, o país tem um dos maiores potenciais para expandi-la no mundo. “As medidas mínimas de radiação solar brasileiras são maiores que as maiores médias da Alemanha”, exemplifica, citando um dos países mais importantes na produção solar no mundo.

A energia solar é produzida por painéis fotovoltaicos, que são grandes placas com células voltaicas que captam a energia do sol. Em regiões da Bahia e do Piauí, já existem grandes usinas. Uma das principais vantagens da energia solar é que ela pode ser instalada em casas. “Dentro do conceito de geração distribuída, os próprios consumidores podem gerar sua energia”, aponta.

quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Vestas terá fábrica de turbinas eólicas no Ceará


Fonte: www.usinagem-brasil.com.br/13535-vestas-tera-fabrica-de-turbinas-eolicas-no-ceara/pa-1/

















No final de outubro, o Governo do Ceará oficializou acordo com a Vestas, multinacional dinarmarquesa do ramo de Energias Renováveis, para construção de fábrica dedicada à construção de turbinas eólicas no Estado. A parceria foi selada por meio de um Memorando de Entendimento, assinado pelo governador Camilo Santana e pelo presidente da empresa no Brasil, Rogério Zampronha.
Trata-se da segunda fábrica da Vestas no Ceará. A nova unidade irá fabricar a turbina V150-4.2 MW, considerada uma das mais modernas do mundo e que já é produzida em outras unidades da empresa no mundo. O investimento total ainda não está definido, mas se estima que esteja em torno de R$ 100 milhões.
Para o governador Camilo Santana, o investimento representa mais um passo do Ceará na criação de um Estado mais desenvolvido e que abrange o campo das oportunidades para a população. “Agradeço ao presidente da Vestas pela oportunidade de trazer mais esse investimento para o Ceará. A empresa traz a fabricação de turbinas, o que gerará mais empregos para os cearenses e crescimento para todo o Estado”, disse Santana, acrescentando que o novo empreendimento deverá ser inaugurado no fim de 2019.
Para o presidente da Vestas, Rogério Zampronha, ter o Ceará como sede da mais nova fábrica da empresa foi escolha natural. "Será a primeira vez que o País produzirá uma turbina como essa, com 73 metros de comprimento e 110 metros de altura. São aerogeradores do novo modelo V150 com 4.2 MW de potência".

sexta-feira, 9 de novembro de 2018















Fonte:https://trilemma.worldenergy.org/


ferramenta Energy Trilemma Index do World Energy Council , produzida em parceria com a Oliver Wyman , classifica os países em sua capacidade de fornecer energia sustentável por meio de três dimensões::

  • segurança energética

  • equidade energética (acessibilidade) e, 

  • sustentabilidade ambiental. 


O ranking mede o desempenho geral na obtenção de uma combinação sustentável de políticas e a pontuação do balanço destaca o quão bem um país gerencia as compensações do Trilemma com "A" sendo o melhor. Use este Índice interativo para avaliar a sustentabilidade das políticas energéticas nacionais. 



Como o Brasil está classificado ???



A energia pode tornar-se segura, acessível e sustentável à medida que o setor se transforma?


Fonte: https://www.greenbiz.com


Por: François Austin / Lucy Nottingham




A energia está na raiz das economias modernas e é vital para a Quarta Revolução Industrial e a Internet das coisasO desafio para os formuladores de políticas é elaborar estruturas de políticas que permitam os três objetivos críticos de segurança energética, sustentabilidade ambiental e acessibilidade e acesso, enquanto o setor de energia passa por uma transição fundamental.
Manter um equilíbrio entre esses três objetivos cria um "trilema", que está se tornando mais complexo para países e empresas de energia - especialmente devido ao ritmo incerto da transição para sistemas descentralizados, descarbonizados e digitais. Em outras palavras, estamos tentando construir uma ponte enquanto a cruzamos.
Os rankings comparativos e os perfis das 125 economias cobertas no World Energy Trilemma Index 2018 destacam como a aceleração exponencial das megatendências interconectadas que moldam o setor de energia global estão rapidamente evoluindo os meios para alcançar e equilibrar as metas trilemmas de energia.

Segurança energética

As fontes de energia em evolução estão mudando a definição e os meios para alcançar a segurança energética. Em um mundo movido a combustíveis fósseis, a segurança energética foi assegurada pela segurança do suprimento de energia. Mas a tecnologia levou a um aumento na oferta de gás natural e impulsionou um melhor desempenho e reduziu os custos das energias renováveis. A segurança energética de hoje implica cada vez mais a flexibilidade de uma rede diversificada, que é difícil de medir e ainda mais difícil de garantir.
Por exemplo, a geração de eletricidade a carvão nos países da OCDE está em declínio terminal. Inicialmente deslocada por gás natural mais limpo, tem perdido terreno para fontes renováveis ​​que continuam a crescer mais rápido do que o previsto: a parcela de geração renovável dobrou a cada 5,5 anos. Sob essas tendências, o poder do carvão e o nuclear não serão mais fontes viáveis ​​de energia nos países da OCDE até 2050 . Por exemplo,  nos Estados Unidos , a participação da eletricidade gerada pelo carvão caiu de 52,8% em 1997 para 45% em 2009 e para 30,1% em 2017. Enquanto isso, a participação de gás natural em 2017 era de 31,7% e a participação das renováveis ​​foi de 17,1 por cento.
Nessa trajetória, até 2050, até 90% da geração da OCDE será proveniente de fontes renováveis . A AIE prevê que a participação de todas as fontes renováveis ​​na geração global de energia será de 40% até 2040 [PDF] .
Olhando para fora da OCDE, o carvão como porcentagem da geração total de eletricidade deve permanecer alto no curto prazo. Por exemplo, o carvão está a caminho de crescer para 75% na Índia até 2027 e para 56% na Indonésia no curto prazo.
No entanto, a China pode ser indicativa de tendências futuras em outros países que esperam equilibrar a segurança energética, o aumento do acesso à energia e a sustentabilidade ambiental. O carvão está a caminho de cair para 56% da geração total de energia na China - de 80% em 2007, à medida que a China continua concentrada no aumento das energias renováveis.
Os combustíveis fósseis também são afetados pelo movimento de desovar de combustíveis fósseis [PDF] , que cresceu 11,900% de US $ 52 bilhões em ativos há quatro anos para mais de US $ 6 trilhões hoje, com quase 1.000 investidores institucionais prometendo se desfazer do carvão, petróleo e gás. Essa tendência provavelmente terá impactos crescentes além dos países da OCDE nos próximos anos .
Junto com isso, o investimento em energia limpa cresceu 14% CAGR nos últimos 10 anos.

Acesso e acessibilidade

A descentralização e a democratização do sistema energético mudarão a definição de acesso e acessibilidade de energia.
A adoção de geração renovável, recursos energéticos distribuídos (DER), implantação de redes inteligentes, soluções de armazenamento de energia e eletrificação de transporte são apenas algumas das tendências que transformam a geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. Suprimentos cada vez mais baratos de energia eólica e solar estão reduzindo os preços de eletricidade no atacado. A expansão das energias renováveis ​​deverá impulsionar ainda mais o crescimento da capacidade de armazenamento de baterias e, consequentemente, diminuir os custos de instalação, prejudicando ainda mais o modelo tradicional de geração e distribuição centralizada de energia. Muitas empresas de serviços públicos nos países ocidentais estão lutando para se adaptar, já que seus modelos de negócios são percebidos como em declínio. Eles logo podem ser substituídos por modelos de negócios potencialmente novos de empresas desafiadoras.
Sob essas forças, a Europa verá um sistema de energia altamente descentralizado e altamente democratizado até 2040. Em outros lugares, o DER está criando novas oportunidades para que economias de baixa renda forneçam energia segura, confiável e acessível por meio de micro ou pequenas redes .
O número de "prosumers" residenciais e industriais - aqueles que consomem e produzem eletricidade - em nível local já está aumentando. Eles logo desempenharão um papel muito mais ativo no sistema energético como um todo, à medida que procuram gerenciar os custos de energia e as fontes de energia , possibilitados pelas tecnologias em evolução , como blockchain .
Por exemplo, em setembro, Apple, Akamai, Etsy e Swiss Re alavancaram seu poder coletivo de compra em conjunto para comprar energia renovável no mercado de energia dos EUA PJM com a maior transação de energia renovável corporativa até hoje.

Sustentabilidade ambiental

Mudanças na geração de eletricidade e combustíveis de transporte ajudarão a cumprir as metas de sustentabilidade energética,  e a transição energética mudará a economia da indústria de petróleo e gás. Por exemplo, recentemente,  cerca de 400 empresas, cidades, estados e regiões globais definiram metas de 100% de energia renovável e / ou zero, incluindo a Califórnia, a quinta maior economia do mundo , e empresas com receita anual coletiva de mais de US $ 2,75 trilhões. .
Empresas de energia e reguladores terão que se adaptar e desenvolver mecanismos inovadores para responder a essas metas. A mudança para a eletrificação da mobilidade afetará a demanda por combustíveis líquidos e criará novos concorrentes e colaboradores. Considere a iniciativa de infra-estrutura de carregamento de veículos elétricos na Califórnia apoiada pelas três empresas estatais de propriedade de investidores . As linhas estão se confundindo entre as empresas de serviços públicos, as grandes empresas de O & G e os investidores como impulsionadores da ruptura que desafiam as estruturas existentes.
Tal como acontece com outras áreas da transição energética, o ritmo de eletrificação é incerto, mas pode-se esperar que cresça rapidamente. Os regulamentos, incluindo a pressão para a desativação dos veículos com motor de combustão interna, estão empurrando a mudança para os VEs, com previsões de crescimento mundial de e-veículos em 11 milhões em 2025 e com a China respondendo por quase 50% do mercado global de veículos  elétricos. Países e empresas estão lutando por posições competitivas no setor de mobilidade em  mutação . O Reino Unido, por exemplo, estabeleceu recentemente  um plano para se tornar o líder mundial em caminhões e caminhões elétricos e  de emissão zero.

Olhando para frente

O aproveitamento de oportunidades tecnológicas em evolução para enfocar simultaneamente os três aspectos do trilema de energia - segurança, eqüidade e sustentabilidade ambiental - não apenas pode fazer crescer economias, mas também pode transformar sociedades. No entanto, a complexidade dos problemas enfrentados pela indústria de energia globalizada torna impossível que os países lidem isoladamente.
Navegar pela evolução das políticas e estruturas regulatórias entre os estados, juntamente com a inovação no campo da geração de energia, é fundamental para alcançar o progresso e manter o equilíbrio. Neste contexto em mudança, os formuladores de políticas em todos os níveis e aqueles no setor energético, tanto legados quanto novos atores, devem se engajar para garantir que as estruturas políticas e regulatórias permitam que as economias e sociedades aproveitem totalmente as novas oportunidades para atender o trilema energético.

"TRILEMA" ENERGÉTICO

O setor elétrico global está sendo transformado por três tendências : 
  1. descarbonização;
  2.  digitalização; 
  3.  descentralização. 

Enquanto isso, os consumidores de energia capacitados estão surgindo com novas opções em como consomem e gerenciam seu uso de energia.
A descentralização, marcada pelo aumento do uso de geração distribuída, como a eletricidade gerada no local de um usuário através de painéis solares, e recursos energéticos distribuídos, como o armazenamento, está tendo um enorme impacto na dinâmica da demanda e da oferta.
O impacto da geração distribuída é examinado em um novo relatório , "Dinâmica de Mudança do World Energy Trilemma 2017 - Usando Recursos de Energia Distribuída para Atender ao Desafio Trilemma". O "Energy Trilemma" - o desafio de equilibrar segurança energética, acessibilidade energética e sustentabilidade ambiental - fornece uma estrutura para entender as rupturas e oportunidades de maior descentralização no sistema energético.
As pressões de consumo e tecnológicas para aumentar a geração distribuída exigirão mudanças fundamentais nos regulamentos e quem poderá participar do mercado de energia. A descentralização não apenas adiciona novos recursos ao sistema, mas também cria novos atores nos mercados de energia. Participantes do mercado, como os grandes "prosumers" industriais que usam energias renováveis ​​no local para atender às demandas de energia, o crescente número de recursos energéticos distribuídos, como veículos elétricos, agregadores de serviços de energia e empreendedores de energia rural - especialmente em países com acesso limitado a energia. fontes de geração, oferta e demanda.

Líderes de energia em todo o mundo pesquisados ​​e entrevistados para o relatório estão céticos sobre se as atuais estruturas regulatórias podem acomodar a mudança na estrutura de fornecimento de energia. No entanto, os reguladores precisarão se adaptar rapidamente. Os países que não adotarem as medidas necessárias para integrar os recursos de energia distribuída enfrentarão riscos maiores de segurança energética, possíveis redundâncias de infraestrutura e desafios de investimento que afetarão adversamente seu desempenho no Trilemma de Energia.