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sexta-feira, 29 de março de 2019

FS Bioenergia investirá R$ 1 bi em usina de etanol de milho em MT

Empreendimento terá capacidade de produção de 680 milhões de litros por ano e será construída em Sorriso


Fonte: epocanegocios.globo.com

Por Roberto Samora




FS BIOENERGIA CONSTRUIRÁ USINA EM SORRISO (MT) PARA PRODUÇÃO ETANOL 
A PARTIR DO MILHO. EMPRESA JÁ HAVIA ANUNCIADO INVESTIMENTOS DE R$ 800 MILHÕES NA
 UNIDADE DE LUCAS DO RIO VERDE (MT) (FOTO: GETTY IMAGES)

A FS Bioenergia, que construiu a primeira usina de etanol 100% do milho do Brasil, anunciou nesta terça-feira (20/02) que implantará uma segunda unidade de produção do biocombustível a partir do cereal em Mato Grosso, que deverá receber investimentos de R$ 1 bilhão.
A usina, em fase de licenciamento, terá capacidade de produção de 680 milhões de litros de etanol por ano e será construída em Sorriso - município líder na produção de grãos do Brasil. O empreendimento deverá dar mais uma opção de comercialização para os agricultores locais.
"A região de Sorriso e o Estado do Mato Grosso, como um todo, são extremamente importantes e estratégicos para a FS Bioenergia... Além disso, queremos ser a oportunidade de compra de milho e biomassa confiável e de qualidade para esses produtores", disse o presidente-executivo da FS Bioenergia, Henrique Ubrig, em nota.
Prevista para ocupar uma área maior que a primeira unidade de etanol da FS Bioenergia, situada em Lucas do Rio Verde (MT), a usina de Sorriso poderá processar 1,8 milhão de toneladas do cereal por ano, produzindo também 500 mil toneladas de farelo de milho e 20 mil toneladas de óleo de milho.
Considerando as duas usinas combinadas (Lucas do Rio Verde após a expansão e Sorriso), a FS Bioenergia terá capacidade de produção de 1,2 bilhão de litros de etanol, 900 mil toneladas de farelo de milho e 35 mil toneladas de óleo de milho por ano.
A empresa já havia anunciado investimentos de R$ 800 milhões na unidade de Lucas do Rio Verde.
A capacidade combinada das unidades da FS Bioenergia, em Sorriso e Lucas do Rio Verde, deverá somar 3,1 milhões de toneladas, o que representa mais de 10% da produção atual de milho do Estado.
A nova fábrica terá ainda uma capacidade prevista de cogeração de energia de 170 mil MWh por ano, suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 70 mil habitantes, segundo a empresa.
A FS Bioenergia é resultado de uma associação entre a brasileira Tapajós Participações S/A a e Summit Agricultural Group, com sede nos Estados Unidos, e foi criada para produzir etanol e coprodutos do cereal em Lucas do Rio Verde.

quinta-feira, 28 de março de 2019

Investidores miram fontes renováveis do país

Fonte: www.valor.com.br




Frederico Saliba, da Shell: projetos nas áreas de energia eólica, solar e gás



De petroleiras a geradoras de energia elétrica, as fontes renováveis têm tornado o Brasil destino frequente de novos investimentos. A gigante global Shell, que atende 3% da demanda de energia mundial e quer, em 20 anos, ser a maior empresa de eletricidade do mundo, tem o país como uma prioridade de investimento. Uma das líderes em comercialização de energia elétrica na América do Norte, a Shell espera crescer no mercado brasileiro com investimentos em fontes renováveis, como a eólica e a solar.


quarta-feira, 27 de março de 2019

Atlas investe US$ 152 mi em energia solar no Nordeste brasileiro





Estima-se que os três projetos beneficiarão cerca de 470,000 famílias por ano com energia limpa e renovável e evitarão a emissão de 108,000 toneladas de CO2 por ano.

 A Atlas Renewable Energy, líder em energia limpa na América Latina, anunciou a conclusão do financiamento de longo prazo de três de suas usinas solares no Brasil por um total de US $152 milhões. O financiamento foi obtido através do Banco do Nordeste (BNB), com o respaldo de uma soma equivalente de garantias bancárias comerciais do BTG Pactual, do Banco ABC Brasil e do Banco Bradesco. 

Juntas, as usinas terão capacidade instalada combinada de mais de 300 MWps, um marco que quebra as barreiras às alianças financeiras, levando o setor energético brasileiro a novos patamares de capacidade solar. 
 Cada projeto tem um contrato de compra de energia (PPA) de 20 anos com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Estima-se que a energia combinada produzida de 672,8 GWh / ano irá fornecer energia limpa para um total de 470,000 famílias por ano. 
A Atlas Renewable Energy estima que a operação das usinas evitará a emissão de 108,000 toneladas de CO2 por ano. As usinas estão localizadas na região nordeste, a saber, as usinas de São Pedro e Juazeiro, no estado da Bahia, e a usina de Sol Do Futuro, no estado do Ceará. 
O complexo solar São Pedro é a primeira operação em funcionamento da Atlas Renewable Energy ​​no Brasil, com capacidade instalada de 67,1 MWp em duas plantas secundárias. Como parte do compromisso da empresa de trabalhar com comunidades locais e diretrizes ambientais durante as fases de construção, desenvolvimento e operação de suas usinas, o projeto São Pedro criou quase 700 empregos diretos e evitará a emissão de mais de 61 mil toneladas de dióxido carbono. As usinas de Juazeiro e Sol do Futuro estão atualmente em fase de comissionamento e estarão em plena operação nos próximos meses. O diretor de negócios do BNB, Antônio Rosendo Neto Júnior, destacou que “uma associação com a Atlas Renewable Energy ​​demonstra a sinergia do Banco do Nordeste com esse setor da economia. Os investimentos são essenciais para a evolução da matriz energética em todo o nordeste do Brasil, especialmente de fontes renováveis ​​e não contaminantes. 

Estamos cumprindo a missão do Banco, gerando emprego e renda em nossa região.” Carlos Barrera, CEO da Atlas Renewable Energy, explica: “O Brasil é o maior mercado de energia renovável da América Latina, e esses três projetos nos permitem consolidar uma forte presença neste mercado. Temos o prazer de fazer parceria com essas instituições financeiras fortes e de alto calibre, em parte graças ao sólido histórico e à experiência de desenvolvimento e execução da nossa equipe.” Ele acrescenta: “Como uma empresa de energia renovável, estamos apenas na superfície de quão poderoso o setor de energia renovável na América Latina pode ser quando se combina com PPPs de alta qualidade, financiamento de inovação e projetos de alto nível.” “Ao fechar nossas metas de investimento de US $ 170 milhões no Brasil, a Atlas Renewable Energy se une ao próspero setor de energia renovável do Brasil”, explica o gerente geral do Brasil, Luis Pita, que acrescentou: “Acreditamos que o mercado de energia renovável da América Latina é devido a uma abordagem inovadora para a tecnologia solar que pode fornecer decisões baseadas em dados em escala e estatísticas destinadas a aumentar a produção de energia através das fronteiras. A Atlas Renewable Energy está se tornando líder neste setor; esses projetos de energia solar estão alinhados com o compromisso da nossa empresa de investir em tecnologias de primeira linha, como a tecnologia TrueCapture da NEXTracker e a introdução da primeira subestação digital no Brasil, que, juntamente com nossa ética de trabalho, qualidade de produção e cultura da empresa, compreendem as prioridades estratégicas da empresa.” Esses três projetos devem ser complementados por um adicional de 1,5 GW que a Atlas Renewable Energy planeja adicionar ao seu portfólio de investimentos nos próximos três anos em toda a América Latina. As operações atuais no Chile, Uruguai, Brasil e México são evidências do compromisso da Atlas Renewable Energy com o desenvolvimento de energia alternativa na América Latina e um testemunho de sua trajetória como desenvolvedora e administradora de ativos na região. Sobre a Atlas Renewable Energy Atlas Renewable Energy, uma empresa de energia renovável que desenvolve, constrói e opera projetos de energia renovável com contratos de energia de longo prazo na América Latina. 
O atual portfólio da Atlas é de 1.2GW de projetos contratados em estágios de desenvolvimento, construção ou operação, e tem como objetivo crescer um adicional de 1.5GW na próxima década. Lançada no início de 2017, a Atlas Renewable Energy inclui uma equipe experiente com o mais longo histórico no setor de energia solar na América Latina. A empresa é reconhecida por seus altos padrões no desenvolvimento, construção e operação de projetos de grande escala. A Atlas Renewable Energy faz parte do Energy Fund IV, fundado pela Actis, um dos principais investidores em private equity no setor de energia de mercados emergentes. A Actis alocou mais de US $ 600 milhões de capital na Atlas Renewable Energy para investir em projetos de energia renovável de longo prazo. O crescimento da Atlas Renewable Energy está focado nos principais mercados emergentes e economias da América Latina, usando seu conhecimento comprovado de desenvolvimento, comercialização e estruturação para levar energia limpa à região. Ao participar ativamente da comunidade e das partes interessadas no centro da estratégia do seu projeto, a Atlas trabalha todos os dias para proporcionar ao mundo um futuro mais limpo.

domingo, 24 de março de 2019


Benban Solar Parque, no Egito – A maior central solar fotovoltaica do mundo




As centrais solares fotovoltaicas estão em pleno desenvolvimento a nível mundial, cada vez mais novas centrais solares entram em exploração, desta vez foi o Egito a inaugurar a maior central solar do mundo.

O Egito parece apostar em aumentar a sua capacidade de geração de energia elétrica a partir de fontes de energia renováveis.As últimas estimativas indicam que as emissões de carbono neste país vão diminuir cerca de 2 milhões de toneladas através da central solar de Benban, parque localizado na região leste do deserto do Saara.

Central Solar Benban – Egito

Com a inauguração da central solar fotovoltaica de Benban, o Egito vai conseguir reduzir as emissões de carbono em aproximadamente 2 milhões de toneladas.
Esta nova central solar encontra-se localizada na região leste do deserto do Saara, o nome escolhido para este parque solar foi Benban que representa uma cidade próxima da central solar e localizada nas proximidades do rio Nilo.

A central solar Benban iniciou parcialmente a sua operação em Dezembro de 2017 e prevê-se que com a energia produzida o Egito alcance a meta de 20% de energia limpa até 2022.

O projeto Benban Solar Parque incorpora um contrato de 25 anos com a empresa estatal do Egito – Egyptian Electricity Transmission Company (EETC), a uma taxa efetiva de 7.8 dólares por cada MWh produzido.

Este ambicioso projeto Benban Benban Solar Parque é composto por 41 parcelas que apesar de separadas são contínuas, a interligação à rede elétrica Egípcia será concretizada através de quarto subestações que por sua vez serão ligadas a uma linha de transmissão já existente de 220 KV.

Um dos objetivos do Benban Solar Parque será atingir entre 1.6 a 2.0 GW de energia solar até meados de 2019.

A localização da central solar de Benban não foi escolhida ao acaso, mas deve-se sim às condições climáticas muito favoráveis à produção de energia elétrica com fonte de energia solar. As temperaturas nesta zona do Egito alcançam os 50ºC que evidencia a vantagem na produção de energia solar, uma das desvantagens da localização do parque solar é o facto de ter sido necessário instalar proteções mecânicas contra as poeiras típicas do deserto.

O financiamento do Benban Solar Park foi garantido por um seguro de “risco político” num valor superior a 200 milhões de dólares através da Agência Multilateral de Garantia de Investimentos (MIGA), além disso, o International Finance Corporation e um consórcio de nove entidades bancárias internacionais vão fornecer um financiamento que ronda os 650 milhões de dólares de forma a financiar a construção de 13 centrais de energia solar fotovoltaicas.
Estas centrais solares irão unir-se a outros 19 parques solares para formar o projeto Benban Solar Park.
Os valores de financiamento do Benban Solar Park representam o maior pacote de financiamento do setor privado para uma central soar fotovoltaica ao nível do Médio Oriente e Norte de África.

Este mega projeto solar possui uma relevante importância para o setor das energias renováveis Egípcio e prevê-se que gere mais de quarto mil empregos diretos e os valores totais necessários para a construção serão na ordem dos 825 milhões de dólares.

quinta-feira, 21 de março de 2019


Energia solar cada vez mais competitiva

Esse tipo de energia atingiu a marca de 2.056 megawatts (MW) de potência instalada operacional, o equivalente a 1,2% da matriz elétrica do País

Fonte: Estado de São Paulo


Embora pudesse ter avançado mais, não fosse o cancelamento de leilões em 2016, a energia solar fotovoltaica tem crescido no Brasil, tornando-se hoje um dos setores mais atraentes para investimentos. Como informa a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), esse tipo de energia atingiu há pouco a marca de 2.056 megawatts (MW) de potência instalada operacional, o equivalente a 1,2% da matriz elétrica do País, superando a energia nuclear (1.990 MW), suprida pelas usinas de Angra I e Angra II.
O País possui atualmente 73 usinas solares fotovoltaicas de grande porte, que carrearam investimentos de mais de R$ 10 bilhões, hoje em operação em nove Estados das Regiões Nordeste, Sudeste e Norte do País. Os investimentos podem crescer muito mais com o manifesto interesse de empresas nacionais e internacionais em participar dos seis leilões de energia nova a serem realizados entre 2019 e 2021, segundo foi divulgado pelo Ministério de Minas e Energia.
Independentemente desses certames, pequenas empresas e particulares se movimentam para investir nesta área com vistas a poupar gastos com energia. Uma startup japonesa, em parceria com uma empresa nacional, por exemplo, anunciou, no final do mês passado, a construção de uma pequena unidade solar, com capacidade de 1,1 MW, em Brasília. Iniciativas como esta já são bastante comuns também no agronegócio.
Na realidade, avanços tecnológicos têm favorecido a competitividade de usinas solares fotovoltaicas de grande porte, permitindo fortes reduções de preços, e não só em relação a combustíveis fósseis. As usinas solares, afirma a Absolar, estão em condições de ofertar energia elétrica a preços médios inferiores aos praticados por outras fontes renováveis, como biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
As maiores queixas dos empreendedores estão ligadas às altas tarifas alfandegárias para importação de matéria-prima necessária para produção de módulos fotovoltaicos, o que onera demasiado os custos de construção de usinas. Segundo empresários, isso acaba prejudicando a indústria nacional, já habilitada a fabricar todos os equipamentos utilizados.
Espera-se que, com a abertura comercial, que consta do programa econômico do atual governo, distorções como esta sejam eliminadas.

quarta-feira, 20 de março de 2019


Aumenta produção de biogás no Brasil em 2018


Segundo cadastro do CIBiogás, plantas desse tipo de combustível produziram 3,1 milhões de m³/dia; número de unidades também subiu no ano passado







As plantas de biogás no país produziram 3,1 milhões de m³/dia em 2018, segundo dados do Panorama do Biogás no Brasil, realizado pelo Centro Internacional de Energias Renováveis-Biogás (CIBiogás) e divulgado nesta terça-feira (19/3). O total produzido foi 138% maior do que o registrado no último dado disponível, que é de 2015.
O extenso trabalho, que detalha as plantas existentes no Brasil com fins energéticos, concluiu que há 276 plantas em operação no país, número 117% maior do que o mapeado na pesquisa anterior, quando foram identificadas 127 unidades, que produziam 1,3 milhão de m³/dia.
Ainda segundo o levantamento, em 2018, 82 plantas estavam em instalação, o que deve agregar mais 1,6 milhão de m³/dia ao parque produtivo de biogás. Além disso, foram constatadas mais oito plantas em reformulação ou reforma, que, juntas, poderão gerar mais 50,4 mil m³/dia. Com essas unidades, a produção total deve alcançar 4,7 milhões de m³/dia.
O estudo detectou ainda aumento na produção de biogás por meio de plantas de médio e grande portes. Grande parte das unidades de maior porte se concentram em São Paulo, enquanto que as menores, em maior número, estão localizadas em Minas Gerais. em relação à origem do substrato, 65% das plantas são provenientes do setor agropecuário, 23% da indústria e 12% em resíduos sólidos urbanos e esgoto.
Entretanto, considerando a produção média de biogás, o setor de resíduos sólidos urbanos e esgoto lidera a produção, com 2,4 milhões de m³/dia; seguido pela indústria, com 489 mil m³/dia. A produção da agropecuária alcançou 255,3 mil m³/dia. Esses dados também revelam que as plantas de maior porte são responsáveis pela maior parte da produção, com 82% do volume total de biogás produzido. Já as de médio e de pequeno porte respondem por 13% e 5% da produção, respectivamente.
Outro dado importante é o fato de que 69% das plantas geraram energia elétrica, o que representa 73% do volume de biogás produzido em 2018. Por outro lado, 26,1% das usinas produziram apenas energia térmica, o que corresponde a 16,5% do biogás produzido. Apenas 2,9% das plantas purificam o biogás para biometano ou gás natural renovável veicular, o equivalente a 9,7% do volume total do biogás.
A pesquisa identificou ainda a operação de oito projetos de biometano e a expectativa é que novos projetos devem surgir, com as mudanças na regulação que passaram a permitir a injeção em gasodutos de biometano proveniente de estações de tratamento de esgoto e de aterros. “Isso incentivou investimentos e, além disso, o RenovaBio também terá papel importante para o crescimento desse mercado”, observa Monique Riscado Stilpen, economista do CBiogás e uma das responsáveis pelo levantamento.
Segundo a Associação Brasileira de Biogás e Biometano (Abiogás), a estimativa é que o Brasil possa produzir 32 milhões de m³/dia de biometano em 2030, por conta da nova Política Nacional de Biocombustíveis e também das iniciativas em desenvolvimento nos setores interessados. A associação estima ainda que o potencial brasileiro de biogás é de 82 bilhões de m³/ano (43 bilhões m³/ano de biometano).


O CIBiogás (Centro Internacional de Energias Renováveis–Biogás) é uma instituição científica, tecnológica e de inovação, em forma de pessoa jurídica de direito privado, constituído como associação sem fins lucrativos, autonomia administrativa e financeira, regida por um estatuto. O Centro é formado por 27 instituições que desenvolvem e/ou apoiam projetos relacionados às energias renováveis. Sua estrutura conta com um laboratório de biogás, no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu, e com 11 unidades de produção de biogás no Brasil.









sexta-feira, 15 de março de 2019

FONTE SOLAR FOTOVOLTAICA ASSUME 7ª POSIÇÃO NA MATRIZ ELÉTRICA BRASILEIRA E ULTRAPASSA NUCLEARES

O Brasil acaba de superar a marca de 2.000 megawatts (MW) de potência operacional em sistemas de geração centralizada solar fotovoltaica, ou seja, usinas de grande porte, conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN).


























                                            Fonte: ANEEL / ABSOLAR 2019


Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a fonte solar fotovoltaica, baseada na conversão direta da radiação solar em energia elétrica de forma renovável, limpa, sustentável e cada vez mais competitiva, atingiu um total de 2.056 MW de potência instalada operacional, o equivalente a 1,2% da matriz elétrica do País. Com isso, passa a ocupar a posição de 7ª maior fonte do Brasil, ultrapassando a nuclear, com 1.990 MW (1,2%) provenientes das usinas de Angra I e Angra II, localizadas no Rio de Janeiro.

Para o Presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, a energia solar fotovoltaica agrega inúmeros benefícios para o progresso do Brasil. “A fonte contribui para a redução de gastos com energia elétrica, atração de novos investimentos privados, geração de empregos locais de qualidade, redução de impactos ao meio ambiente, redução de perdas elétricas na rede nacional, postergação de investimentos em transmissão e distribuição e alívio do sistema elétrico em horários de alta demanda diurna, como nos meses de verão”, destaca Koloszuk.

O Brasil possui hoje usinas solares fotovoltaicas de grande porte operando em 9 estados nas regiões Nordeste, Sudeste e Norte do País, com destaque para Bahia, Minas Gerais e Piauí.


     Fonte: CCEE/ABSOLAR 2019


Segundo o CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o Brasil possui atualmente 73 projetos de geração centralizada solar fotovoltaica em operação, contratados por meio de leilões de energia elétrica do Governo Federal. “Desde o primeiro leilão federal realizado em 2014, o setor solar fotovoltaico trouxe ao Brasil mais de R$ 10 bilhões em novos investimentos privados e dezenas de milhares de empregos locais de qualidade. O Brasil tem um dos melhores recursos solares do mundo e estamos apenas começando a aproveitá-lo”, projeta Sauaia.
 
Competitividade em ascensão
 
A fonte solar fotovoltaica tem apresentado forte queda de preços, o que permitiu que a tecnologia atingisse um novo patamar de competitividade a partir do leilão de energia nova A-4 de 2017. Desde então, a fonte tem ofertado energia elétrica a preços médios inferiores aos praticados por outras renováveis, como a biomassa e as pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).


























                                               Fonte: CCEE/ABSOLAR 2018

Segundo o presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o Governo Federal anunciou recentemente por meio de uma portaria do Ministério de Minas e Energia que fará seis novos leilões de energia nova nos anos de 2019, 2020 e 2021. “O setor solar fotovoltaico está preparado e a postos para participar de todos estes leilões, contribuindo para a expansão renovável da matriz elétrica brasileira a preços baixos. Já somos a segunda fonte renovável mais barata do Brasil e estamos prontos para ajudar o País a crescer com competitividade e sustentabilidade”, destaca Sauaia.
 
A ABSOLAR projeta que a tendência de redução de preços da fonte solar fotovoltaica deverá continuar pelos próximos anos, fazendo com que a fonte passe a assumir um papel de destaque cada vez maior na expansão da matriz elétrica nacional.


O Brasil ingressou na IEA como um país da Associação em outubro de 2017. 




Depois de permanecer estável por três anos, o primeiro Relatório Global de Status de Energia e CO2 da IEA - lançado em março 2018 - relatou que as emissões globais de CO2 relacionadas à energia aumentaram novamente em 2017, atingindo um recorde histórico.

Isto enviou um forte aviso de que os esforços atuais para combater as mudanças climáticas são insuficientes para atender ao Acordo de Paris. É claro que qualquer esforço para reduzir as emissões e cumprir os objetivos climáticos deve fundamentalmente incluem o sector da energia, uma vez que a energia representa mais de dois terços do total das emissões de gases 80% das emissões de CO2.

Para o setor de energia, o aumento das emissões em 2017 sublinhou a importância crítica de rastrear CO2 emissões de combustão de combustível; dados precisos é, em última análise, a base da análise e da política que moldará o setor de energia nas próximas décadas. Para garantir que esses dados sejam disponibilizados para os formuladores de políticas e analistas,

A IEA trabalha com países em todo o mundo para melhorar a geração de relatórios de dados de energia, resultando em estimativas de emissões de CO2. Baseado em dados oficiais de energia para mais de 150 países em todo o mundo e metodologias IPCC acordadas internacionalmente, esta publicação representa o conjunto mais abrangente de estimativas de Emissões de CO2 da combustão de combustíveis em todo o mundo e em todos os setores da economia.

.Através de publicações como esta, a AIE continuará a fornecer dados precisos para informar a política debater e promover recomendações de políticas baseadas em evidências sobre o relacionamento complexo, mas criticamente importante, entre energia e mudança climática.

Dr. Fatih Birol

Diretor executivo


Esta publicação anual contém, para mais de 150 países e regiões:
  • estimativas de emissões de CO 2 ;
  • indicadores selecionados como CO 2 / PIB, CO 2 / capita e CO 2 / TPES;
  • uma decomposição de emissões de CO 2 em fatores de acionamento;
As emissões são calculadas usando bancos de dados de energia da IEA e os métodos e fatores de emissão padrão das Diretrizes do IPCC de 2006 para Inventários Nacionais de Gases de Efeito Estufa .

quinta-feira, 14 de março de 2019


Revisão de regras para geração distribuída foi discutida em São Paulo



Fonte: http://www.aneel.gov.br



Foi realizada nesta quinta-feira (14/3), no Espaço Club Homs, em São Paulo, sessão presencial da audiência pública Nº 001/2019, cujo objetivo é discutir a Análise de Impacto Regulatório (AIR) da revisão da Resolução Normativa 482/2012 que trata das regras para micro e minigeração distribuída. O evento contará com a presença do diretor da ANEEL, Rodrigo Limp. 
A Resolução Nº 482 foi aprovada em abril de 2012 e desde então o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada e, inclusive, fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade. A proposta que está em audiência tem como objetivo analisar diferentes alternativas para o sistema de compensação de energia elétrica, tendo em vista a necessidade de definir uma forma de valoração da energia injetada na rede que permita o crescimento sustentável da geração distribuída no Brasil.
Pelas regras atuais, a energia excedente gerada em uma unidade consumidora com micro ou minigeração pode ser injetada na rede da distribuidora e depois utilizada para abater  integralmente o mesmo montante de energia consumida. Assim, a energia injetada na rede pelo micro ou minigerador acaba sendo valorada pela tarifa de energia elétrica estabelecida para os consumidores.
Os estudos, porém, indicam que a manutenção das regras atuais indefinidamente pode levar a custos elevados para os demais usuários da rede, que não instalaram geração própria.  Nesse sentido, seria necessária uma modificação nas regras após uma maior consolidação do mercado de geração distribuída.
Assim, na AIR a alternativa apresentada para a alteração normativa propõe que a forma de compensação atual seja mantida até que a potência de micro e minigeração distribuída (GD) instalada em cada distribuidora alcance determinado nível, tanto para sistemas remotos como locais (quando a compensação ocorre no mesmo endereço onde a energia é gerada). 


ANEEL QUER NOVA REGRA DE GERAÇÃO DISTRIBUÍDA CONCLUÍDA NO 2º SEMESTRE


O plano da agência é ter uma nova resolução ainda neste ano.


“A grande participação dos agentes neste processo demonstra a importância do tema para a sociedade e contribui ativamente para o aprimoramento da regulamentação”, afirmou o diretor.

Além da sessão presencial em São Paulo, a Aneel planeja um outro evento em Fortaleza. 

A seguir, as contribuições serão analisadas e a intenção é preparar a minuta da nova resolução para a fase final de consulta no início do segundo semestre. 

A transição para os consumidores que estão nas regras atuais para a nova resolução é até agora o ponto de maior divergência com os agentes de mercado. A regra prevê um período de 25 anos para quem estiver no sistema até a nova data. Há proposta para que não haja transição.

“Um dos pilares de atuação da agência é a previsibilidade, que contribui para uma maior estabilidade regulatória e segurança jurídica. Neste sentido, é importante garantir um período de transição para aqueles que instalaram a geração antes da aprovação da nova regra”, defendeu o diretor. 

Pela resolução em vigor, a 482/2012, os consumidores que têm sistema de geração próprio não pagam pela rede de distribuição. O foco principal da mudança é que eles passem a pagar com parte da energia excedente produzida. As alternativas variam entre uma taxa de 28% a 63% do que for injetado, em média.

Ou seja, de cada 100 kW injetados pelo consumidor na rede, ele receberia de volta ou poderia colocar em outra unidade na mesma região 72 kW na menor alternativa. 

Outro ponto em debate é o tempo para a introdução das novas regras. A ideia é que a nova regra passe a valer a partir de um gatilho de geração distribuída. 

No caso da geração local, a ideia é que esse gatilho (somando todo o Brasil) seja quando se atingir 3,4 GW de produção. Para a geração remota, o gatilho seria em 1,25 GW para iniciar a cobrança que seria aumentada quando chegasse a 2,13 GW. Atualmente, o consumo está em 0,57 GW.

Limp explicou que cada distribuidora terá seu próprio gatilho para que o país possa ter um crescimento mais uniforme desse tipo de produção. A estimativa é que o país possa gerar 21 GW de energia por esses sistemas até 2035. 

quarta-feira, 13 de março de 2019

Poluição de Manaus altera funcionamento do ecossistema amazônico

Poluentes geram partículas que alteram incidência da radiação solar, fotossíntese e formação de chuva




Gases emitidos pelas fontes de poluição existentes na cidade de Manaus (na foto acima), como por exemplo os óxidos de nitrogênio (NOx), oxidam na atmosfera da floresta, condensam e dão origem aos aerossóis secundários, que alteram incidência de luz solar e formação de chuvas  – Foto: Agência Fapesp via Fapeam

O impacto da poluição emitida na cidade de Manaus sobre a floresta amazônica é revelado em pesquisa internacional com a participação do Instituto de Física (IF) da USP. Os poluentes urbanos de Manaus, levados pelos ventos, possuem substâncias que reagem com a composição da atmosfera amazônica e geram partículas conhecidas como aerossóis secundários. As medidas feitas no estudo mostram que na região de floresta houve um aumento de até 400% na produção de aerossóis secundários, que modificam a incidência da radiação solar sobre a mata e alteram a taxa de fotossíntese e os mecanismos de formação de chuva, entre outros efeitos. A pesquisa é descrita em artigo publicado na revista Nature Communications.
De acordo com o professor Paulo Artaxo, do Instituto de Física (IF) da USP, um dos autores do artigo, o aumento da produção de aerossóis secundários na floresta é causado principalmente pelas altas emissões de óxidos de nitrogênio (NOx) em Manaus. “A interação dos NOx com radicais livres produz também altas concentrações de ozônio (O3), um forte poluente fitotóxico, que afeta os estômatos das folhas e reduz a absorção de carbono da floresta amazônica”, acrescenta.
Professor Paulo Artaxo: aumento de produção de aerossóis secundários na floresta amazônica é causado principalmente pelas altas emissões de óxidos de nitrogênio (NOx) em Manaus – Foto: Marcos Santos/USP Imagens

O trabalho é um dos resultados do experimento científico GoAmazon 2014/15, que reúne pesquisadores do Brasil, Estados Unidos e Alemanha, e conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Fapeam (Fundação de Amparo à Pesquisa do Amazonas), DoE (Departamento de Energia) dos Estados Unidos e Instituto Max Planck, da Alemanha. “O objetivo é entender como as mudanças promovidas pelo homem podem afetar a atmosfera limpa da região amazônica, uma das poucas regiões continentais que ainda tem situações pré-industriais”, conta o professor Henrique Barbosa, do IF, que também assina o artigo. “Durante a estação das chuvas, não há queimadas e a atmosfera fica muito limpa, sem comparação com o ar que se respira nos grandes centros urbanos.”
Professor Henrique Barbosa, do IF: objetivo da pesquisa é entender como as mudanças promovidas pelo homem podem afetar a atmosfera limpa da região amazônica – Foto: Cecília Bastos/USP Imagens
Segundo o professor Barbosa, os aerossóis na atmosfera podem ser primários ou secundários. “Os primários são emitidos como partículas, casos da poeira, do pólen e da fuligem. Os secundários são produzidos a partir de gases que sofrem reações químicas na atmosfera, condensam e dão origem a novas partículas, entre os quais estão os compostos orgânicos voláteis (COVs)”, relata. “Na Amazônia existem COVs que são emitidos pela vegetação de maneira natural, como os isoprenos e os terpenos. Porém, os gases emitidos pelas fontes de poluição (NOx, por exemplo), oxidam na atmosfera, condensam e dão origem aos aerossóis secundários.”
Trabalhos anteriores do experimento GoAmazon 2014/15 mostraram o impacto de partículas de aerossol muito finas nos mecanismos de formação e desenvolvimento de nuvens. “As gotículas que compõem as nuvens são formadas pelo vapor de água que se depositam nas partículas de aerossol em suspensão na atmosfera”, explica Barbosa. “Os estudos mostraram que a pluma de poluição de Manaus tem altas concentrações de partículas ultrafinas que modificam muito as propriedades das nuvens. Este novo estudo conseguiu modelar os processos de formação destas partículas nanométricas, e estudos algum dos efeitos destas partículas sobre o ecossistema”.
Na amazônia, a poluição de Manaus, levada pelos ventos, causou um aumento de 60% a 200% na produção de aerossóis, em alguns casos atingindo 400%. “Os mecanismos responsáveis por este aumento foram modelados e desvendados. O aumento da quantidade de aerossóis produzidos por oxidantes antropogênicos (gerados pela atividade humana), além de modificar as nuvens, também altera o modo com que a radiação solar chega ao solo”, relata Artaxo. “Mais aerossóis espalham a radiação direta e diminuem a quantidade de energia disponível para as plantas fazerem fotossíntese e absorverem carbono. Ao mesmo tempo, há um aumento da radiação difusa, que penetra mais no interior da mata e favorece a fotossíntese, mas isso só ocorre até um certo nível de quantidade de aerossóis.”
Em grandes quantidades, o bloqueio da radiação solar direta é maior e prejudica a fotossíntese da floresta, impedindo a fixação de carbono, destaca o professor Artaxo. “Novos estudos serão desenvolvidos para detalhar os efeitos dessa grande produção de aerossóis secundários”, aponta. “Isso será realizado com experimentos em avião em 2020, o Chemistry of the Atmosphere: Field Experiment in Brazil (o CAFÉ-Brasil) e em medidas que estão sendo feitas na torre ATTO (Amazon Tall Tower Observatory), uma torre de 320 metros no meio da floresta.” Todos esses experimentos contam com apoio de projetos temáticos da Fapesp.
O artigo Urban pollution greatly enhances formation of natural aerosols over the Amazon rainforest é assinado por 36 autores, dos quais nove são brasileiros: Paulo Artaxo, Henrique Barbosa, Joel e Rita Ynoue, da USP, Eliane Gomes Alves e Rodrigo Souza, da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Helber Gomes, da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Adan Medeiros, da UEA e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), e Suzane S. de Sá, da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. O artigo é de livre acesso na revista Nature Communications.
Mais informações: e-mails artaxo@if.usp.br, com o professor Paulo Artaxo, e hbarbosa@if.usp.br, com o professor Henrique Barbosa
Emissões de poluentes em Manaus, levadas pelos ventos até a floresta amazônica, afetam a produção de aerossóis e alteram processos críticos para a floresta, incluindo fotossíntese, produção e desenvolvimento de nuvens, chuvas, entre outros – Imagem: cedida pelos pesquisadores