Energia solar cada vez mais
competitiva
Esse tipo de energia atingiu a
marca de 2.056 megawatts (MW) de potência instalada operacional, o equivalente
a 1,2% da matriz elétrica do País
Fonte: Estado de São Paulo
Embora pudesse ter avançado mais,
não fosse o cancelamento de leilões em 2016, a energia solar fotovoltaica tem
crescido no Brasil, tornando-se hoje um dos setores mais atraentes para
investimentos. Como informa a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
(Absolar), esse tipo de energia atingiu há pouco a marca de 2.056 megawatts
(MW) de potência instalada operacional, o equivalente a 1,2% da matriz elétrica
do País, superando a energia nuclear (1.990 MW), suprida pelas usinas de Angra
I e Angra II.
O País possui atualmente 73 usinas
solares fotovoltaicas de grande porte, que carrearam investimentos de mais de
R$ 10 bilhões, hoje em operação em nove Estados das Regiões Nordeste, Sudeste e
Norte do País. Os investimentos podem crescer muito mais com o manifesto
interesse de empresas nacionais e internacionais em participar dos seis leilões
de energia nova a serem realizados entre 2019 e 2021, segundo foi divulgado
pelo Ministério de Minas e Energia.
Independentemente desses certames,
pequenas empresas e particulares se movimentam para investir nesta área com
vistas a poupar gastos com energia. Uma startup japonesa, em parceria com uma
empresa nacional, por exemplo, anunciou, no final do mês passado, a construção
de uma pequena unidade solar, com capacidade de 1,1 MW, em Brasília.
Iniciativas como esta já são bastante comuns também no agronegócio.
Na realidade, avanços tecnológicos
têm favorecido a competitividade de usinas solares fotovoltaicas de grande
porte, permitindo fortes reduções de preços, e não só em relação a combustíveis
fósseis. As usinas solares, afirma a Absolar, estão em condições de ofertar
energia elétrica a preços médios inferiores aos praticados por outras fontes
renováveis, como biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
As maiores queixas dos
empreendedores estão ligadas às altas tarifas alfandegárias para importação de
matéria-prima necessária para produção de módulos fotovoltaicos, o que onera
demasiado os custos de construção de usinas. Segundo empresários, isso acaba
prejudicando a indústria nacional, já habilitada a fabricar todos os
equipamentos utilizados.
Espera-se que, com a abertura
comercial, que consta do programa econômico do atual governo, distorções como
esta sejam eliminadas.