Seguidores

Pesquisar este blog

segunda-feira, 31 de julho de 2017

7 perguntas para entender o caminho da energia no Brasil

Conhecer o trajeto da eletricidade é importante para entender o que acontece de errado e como a tecnologia pode melhorar esse percurso

Fonte:http://exame.abril.com.br/tecnologia



Eletricidade: produção brasileira costuma acontecer longe dos principais centros de consumo (Jevgeni_Tr/Getty Images)


O trajeto percorrido pela energia elétrica, desde a sua geração até as residências e as empresas, ainda é um processo pouco conhecido pela população em geral. Antes de se transformar em eletricidade para ligar uma lâmpada ou um equipamento, a energia percorre um longo caminho, cruza centenas de quilômetros de linhas de transmissão pelo país e sofre mudanças a todo momento.
Embora seja considerada um recurso essencial para os cidadãos, a eletricidade ainda não é acessível a todos. Entender como funciona o caminho da energia é um dos primeiros passos para formar indivíduos bem informados, capazes de fazer um consumo consciente e aptos até a produzir sua própria eletricidade. Listamos perguntas e respostas comuns sobre como funciona a geração, transmissão e distribuição da energia no Brasil. Veja a seguir.

1. Como a eletricidade chega até a minha casa?

Podemos dividir esse processo em algumas partes. Confira, abaixo, o trajeto percorrido pela eletricidade desde o momento de sua geração:

(Estúdio ABC//Getty Images)

1_ A maior parte da energia é produzida em hidrelétricas distantes dos centros de consumo, o que exige longas linhas de transmissão e dificulta o acesso à energia em regiões remotas.
2_ A energia é transformada e passa a ter alta-tensão para percorrer distâncias extensas. Isso resulta em perdas que reduzem a qualidade da energia.
3_ As distâncias dos cabos aumentam o risco de imprevistos, causam perdas e podem tornar a rede instável em algumas regiões.
4_ A energia ganha o formato ideal de consumo. Para residências, ela sofrerá uma redução em sua tensão. Já para empresas e indústrias, é transformada, mas permanece com tensão elevada.
5_ É quando a energia chega aos locais de consumo. Se estiver instável, pode comprometer equipamentos mais sensíveis.

2. Por que acontecem apagões?

“No Brasil, a maior parte da energia é produzida longe dos principais centros de consumo. Toda vez que se percorrem longas distâncias, as chances de acontecerem imprevistos aumentam”, diz José Aquiles Baesso, da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP). Os apagões representam, portanto, a fragilidade no sistema de transmissão das redes elétricas e podem ser causados por falhas nos equipamentos de proteção dos cabos de transmissão ou até mesmo por um eventual pico de consumo.
Mas o principal motivo são os fenômenos naturais, como quedas de árvores e descargas elétricas. Todo o fornecimento é prejudicado quando tempestades provocam um desligamento na rede, por exemplo. Com o risco de o resto do sistema não suprir toda a demanda, o abastecimento é interrompido para proteger a rede de danos maiores.
“Dependendo de onde ocorrer a falha, ela criará uma reação em cadeia. É possível acontecer um apagão em um bairro, em uma cidade, em uma região inteira ou até mesmo em todo o sistema do país porque a rede está interligada”, explica Aquiles.
Para evitar esses problemas, existe no Brasil, desde 2013, a Rede de Gerenciamento de Energia (Reger). Trata-se de um sistema operacional inteligente que unifica os quatro centros de operação regional do país com o centro do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão responsável por coordenar a geração e a transmissão de energia elétrica em todo o Brasil.
Se um imprevisto acontece em uma região, o sistema é capaz de se reorganizar para suprir a demanda com a energia produzida em outro centro regional, o que ajuda a evitar interrupções indesejadas. Isso só é possível graças à gestão automática da energia elétrica que trafega no país realizada pela Reger.

3. A qualidade da energia muda de acordo com as regiões do país?

A quantidade do recurso que é dissipada no caminho feito pela energia afeta diretamente a qualidade da eletricidade fornecida em algumas regiões. “Perdemos 17% de tudo que produzimos. Isso equivale a uma usina hidrelétrica de Itaipu e tem um custo muito grande para a sociedade porque cria a necessidade de gerar mais energia do que o necessário”, explica Agostinho Pascalicchio, professor de engenharia elétrica da Universidade Presbiteriana Mackenzie. “Nossa tarifa elétrica é uma das mais caras do mundo. Por isso a importância de projetos que produzam a energia próximo dos centros de consumo.”
A eletricidade é avaliada por meio da tensão com que chega à casa das pessoas e pelo número de interrupções que sofre mensalmente. Uma concessionária que deseja permanecer no mercado deve cumprir uma série de exigências da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que determina a qualidade da energia.
Para uma concessionária aumentar a tarifa e ter mais lucro, ela precisa apresentar relatórios que comprovem melhorias nos indicadores do fornecimento. “Existe um esforço em melhorar o serviço prestado. Mas as empresas das regiões Sul e Sudeste são as que têm melhores indicadores. E isso impacta na qualidade do fornecimento”, diz Aquiles, da Poli.

4. A energia que abastece residências é diferente da que vai para empresas?

Não há distinção na qualidade da energia que é entregue para companhias e casas de uma região. A diferença é a forma como ela é entregue. A tensão com a qual chega às indústrias é maior. Por isso, elas instalam equipamentos que controlam a energia em alta-tensão e a distribuem para as máquinas. Já em residências, as exigências de segurança são mais simples, pois elas recebem a energia em baixa tensão.
As empresas têm duas conexões com a rede. Se uma delas for rompida, o fornecimento não será cortado para não parar a linha de produção. Em residências, se os cabos se romperem, será preciso solicitar o reparo. “Se compararmos com uma indústria, não há grandes prejuízos para uma casa caso ela fique sem energia por um curto período”, diz Aquiles.
Além disso, segundo Pascalicchio, a energia precisa ser transmitida em alta-tensão para percorrer grandes distâncias, o que resulta em perdas que poderiam ser evitadas caso a produção fosse próxima da região de consumo. Matrizes renováveis de energia, como a solar e a eólica, geram eletricidade em baixa tensão e podem ser instaladas pelos consumidores, que ganham independência para produzir eletricidade.

5. Por que a energia em algumas casas é tão instável?

A falta de investimentos na proteção e substituição de cabos de transmissão é uma das razões que tornam o fornecimento de energia vulnerável à ação de chuvas e quedas de árvores. Mas nem sempre uma instabilidade na rede pode ser considerada uma falha. “A luz piscar de vez em quando, por exemplo, é um tipo de interrupção de milissegundos que pode acontecer por diversos motivos, como variações na frequência em que é gerada a energia. Isso é normal, desde que não sejam ultrapassados os limites estabelecidos pela Aneel”, explica Pascalicchio.
Caso exceda o tempo permitido, máquinas e equipamentos mais sensíveis podem ser afetados, o que reduz o tempo de vida útil dos aparelhos. A modernização das infraestruturas da rede para torná-la inteligente é a melhor solução para esse problema. Novas tecnologias de smart grid automatizam a distribuição e a transmissão de energia, além de serem capazes de monitorar os consumidores em tempo real, o que permite aos técnicos das concessionárias identificarem falhas no fornecimento.

6. Como tornar o caminho da energia mais seguro e eficiente?

Mesmo com soluções de grande porte para a rede nacional, como a Reger, os especialistas consideram que a energia mais segura e eficiente é aquela produzida o mais próximo possível do ponto de consumo. Com isso, as perdas no meio do caminho acabam e a energia ainda pode ser produzida na tensão de consumo, o que facilita a distribuição.
“Uma casa em um bairro residencial precisa que a energia chegue com tensão de 220 volts. Se já é produzida nessa tensão, ela é a mais segura que existe. As tecnologias têm caminhado para propor soluções nesse sentido, como a geração distribuída, que resulta em um caminho seguro para a energia, reduz muito as perdas e quase acaba com os riscos de apagões”, afirma Pascalicchio, do Mackenzie. Segundo o professor, o estímulo a uma energia segura, no Brasil, ainda está em fase inicial, mas existe uma tendência do mercado nessa direção.

7. Por que algumas áreas do país ainda não têm eletricidade?

Levantamento da Aneel divulgado este ano revela que há 1 milhão de residências sem luz no país, sendo que a maior parte está nas regiões Norte e Nordeste. Isso acontece porque considerava-se inviável economicamente construir quilômetros de cabos de transmissão para atender pequenas comunidades.
O cenário tende a mudar com a geração distribuída e por meio da instalação de painéis solares nas residências, por exemplo. “É uma questão humanitária. Mesmo se considerarmos a parte econômica, com as tecnologias que existem hoje no mercado, ficou mais barato implementar projetos de energia renovável que não dependem de baterias e nem de linhas de transmissão e distribuição. Não existem mais justificativas para comunidades ficarem sem acesso à energia”, diz Pascalicchio.


quinta-feira, 27 de julho de 2017




04/07/17 -  Brasil bateu o seu recorde na produção diária de energia eólica, quanto foram gerados exatos 6.704 MWh.


Fonte:http://www.ceisebr.com/conteudo/geracao-por-fontes-limpas-cresce-e-bate-recorde







O Brasil registrou recorde de produção diária de energia eólica, 04/07/17, com um total gerado de 6.704 megawatts (MW) médios. O volume superou a marca anterior, ocorrida na segunda-feira, de 6.280 MW médios, que, por sua vez, tinha ultrapassado o recorde obtido em 6 de novembro de 2016, de 5.817 MW médios. 
 
O total de energia eólica produzido na terça-feira equivale a 11,42% do total gerado pelo país no mesmo dia. De acordo com cálculos do consultor Humberto Viana Guimarães, o montante produzido por parques eólicos na terça-feira, se fosse destinado somente para consumidores residenciais, teria sido suficiente para abastecer mais de 20 milhões de residências por um mês.
 
Segundo a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, Elbia Gannoum, a expectativa é que novos recordes diários sejam registrados até o fim do ano. "De julho para a frente, a tendência é de novos recordes, porque estamos no período da 'safra' de ventos somada à entrada de novos projetos", afirmou a executiva.
 
Dos 6.704 MW médios de energia eólica produzidos na terça-feira, 5.274 MW médios (78,7%) foram gerados no Nordeste e 1.424 MW médios (21,2%) no Sul. Também foram produzidos 6 MW médios no Norte. Com relação ao Nordeste, a produção eólica representou 57% de toda a carga (consumo mais perdas elétricas) da região naquele dia.
 
De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), estão operando no Brasil 440 parques eólicos, totalizando 10,7 mil MW de capacidade nominal instalada. Outros 153 projetos do tipo, somando 3,5 mil MW de capacidade, estão em construção. Existem ainda 166 parques, com 3,77 MW, com aprovação da agência, com obras ainda não iniciadas.
 
O Brasil deve receber investimentos de R$ 12,5 bilhões em geração solar até o fim de 2018, projeta a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), considera os parques de geração solar contratados em leilões nos últimos anos e que deverão entrar em operação até o fim de 2018.
 
Segundo a Absolar, a capacidade instalada de energia solar deverá atingir 3 mil MW no fim de 2018. Hoje são 235 MW. Este ano, investimentos de R$ 5 bilhões devem levar a capacidade para 1 mil MW.
Maior Usina De Energia Solar Do Mundo Já Está Conectada À Rede Elétrica

fonte:somosverdes.com.br/maior-usina-de-energia-solar-do-mundo-ja-esta-conectada-a-rede-eletrica/







A maior usina de energia solar flutuante do mundo foi recentemente conectada à rede elétrica em Huainan, na China. A instalação de 40 megawatts foi feita por uma grande empresa de energias chinesa, a Sungrow Power Supply.
Segundo wricidades.org, a China é o primeiro colocado no ranking de países que mais emitem poluentes do mundo. O tamanho e o rápido crescimento econômico tornam a China uma importante potência econômica. Mas o desempenho que o país teve até aqui traz desafios enormes, especialmente pelo crescimento populacional. Ela é casa para 20% da população, com 1,3 bilhão de habitantes, e é também o país mais emissor do mundo. Suas emissões, como mostra o infográfico do WRI, vêm principalmente do setor de energia, assim como na maioria dos países da lista. A China emite 8649.8 Mt CO₂ e em energia, equivalente a 20% das emissões globais desse setor. O compromisso do país asiático é começar a declinar a curva de emissões a partir de 2030.
Além de grande emissora de CO₂ a China também é o país que mais gera energia solar. Tem capacidade instalada para gerar 77 gigawatts e pretende instalar mais 110 gigawatts até 2020.
O fato curioso é que a cidade de Huainan sempre foi muito conhecida por suas reservas de carvão, porém esta área de mineração foi permanentemente inundada pelas chuvas, tornando a área inativa para extração. Então a usina de energia solar foi construída sob esta área.

“Estes aparelhos flutuantes liberam terras em áreas mais populosas e também reduzem a evaporação da água”; Enquanto o “ar mais frio na superfície também ajuda a minimizar o risco de atrofia do desempenho das células solares, o que geralmente está relacionado à exposição prolongada a temperaturas mais quentes”, diz a Digital Trends.
O mundo está mudando, porém infelizmente as mudanças ainda não estão no ritmo esperado para que o aquecimento global seja freado. 

quarta-feira, 26 de julho de 2017


Motores diesel já poluem menos que motores a gasolina


Fonte:www.inovacaotecnologica.com.br



Os testes envolveram todo o material particulado e aerossóis liberados pelo escapamento dos carros a diesel e a gasolina. [Imagem: S. M. Platt et al. - 10.1038/s41598-017-03714-9]


Diesel melhor que gasolina
Os carros a diesel mais modernos emitem menos poluição do que os carros a gasolina igualmente novos, garante um novo estudo realizado por especialistas de seis países.
E, escrevem eles, como o diesel hoje se tornou muito mais limpo do que antes, os reguladores ambientais devem concentrar cada vez mais o foco de sua atenção nos carros mais poluentes a gasolina e em outras fontes de poluição do ar.
A conclusão não vale para a maioria dos veículos a diesel mais antigos, que ainda não contavam com os avanços tecnológicos atuais e não se submetiam às novas legislações.
"O diesel tem uma má reputação porque você pode ver a poluição, mas na verdade é a poluição invisível que vem da dos carros a gasolina que é pior. O próximo passo deve ser focar na gasolina ou retirar de circulação os veículos a diesel mais antigos.
"Os veículos a diesel modernos adotaram novos padrões e agora estão muito limpos, de forma que a atenção precisa agora se voltar mais para a regulamentação dos motores a gasolina veiculares e não-veiculares. Esse é realmente o próximo alvo," disse o professor Patrick Hayes, da Universidade de Montreal, no Canadá, um dos coordenadores do estudo.

Material particulado carbonoso
A análise, feita por pesquisadores do Canadá, EUA, França, Itália, Suíça e Noruega, foi realizada a partir do chamado material particulado carbonoso emitido pelos canos de escapamento dos carros.
Essas partículas de carbono são compostas por carbono negro, aerossol orgânico primário e, especialmente, aerossol orgânico secundário, que é conhecido por conter espécies perigosas de oxigênio reativo e pode danificar o tecido pulmonar.
Nos últimos anos, os carros a diesel novos na Europa e na América do Norte foram obrigados a vir equipados com filtros de partículas diesel, que reduzem significativamente a poluição que eles emitem.
Nos laboratórios do Instituto Paul Scherrer, na Suíça, a equipe verificou que "os carros a gasolina emitiram em média 10 vezes mais material particulado carbonáceo a 22° C e 62 vezes mais a -7° C em comparação com os carros a diesel."
"O aumento das emissões a temperaturas mais baixas está relacionado ao efeito mais pronunciado da partida a frio," diz o relatório, quando um motor a gasolina é menos eficiente porque ainda não esquentou e seu conversor catalítico ainda não está operando.
Segundo Hayes, "esses resultados desafiam o paradigma existente de que os carros a diesel estão associados, em geral, com taxas de emissão de material particulado muito maiores, refletindo a eficácia" dos complementos dos motores, como os filtros de partículas diesel, na redução da poluição."

Veja matérias relacionadas:



Bibliografia:

Gasoline cars produce more carbonaceous particulate matter than modern filter-equipped diesel cars
S. M. Platt, I. El Haddad, S. M. Pieber, A. A. Zardini, R. Suarez-Bertoa, M. Clairotte, K. R. Daellenbach, R.-J. Huang, J. G. Slowik, S. Hellebust, B. Temime-Roussel, N. Marchand, J. de Gouw, J. L. Jimenez, P. L. Hayes, A. L. Robinson, U. Baltensperger, C. Astorga, A. S. H. Prévôt
Nature Scientific Reports
Vol.: 7, Article number: 4926
DOI: 10.1038/s41598-017-03714-9

sábado, 22 de julho de 2017


Eficiência energética e fontes renováveis são opção para energia brasileira


Fonte:http://exame.abril.com.br/negocios



As preocupações com o meio ambiente e sustentabilidade crescem em todo mundo. Diante de um futuro incerto com a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, os problemas com aquecimento global, desmatamento e desperdícios só aumentam e tornam o momento ideal para lembrar a importância de ações como a maior eficiência no uso da energia e todos os seus benefícios. O uso desenfreado e descontrolado de energia causa diversas complicações ambientais. Levando apenas a poluição do ar em conta, 99% dos elementos nocivos são consequência da forma como e do quanto que consumimos de energia. Dióxidos de enxofre, óxidos de nitrogênio, partículas sólidas, monóxido de carbono, substâncias tóxicas, etc. são responsáveis pela morte de milhões de crianças e adultos por todo o planeta. E a forma mais rápida de iniciar uma transformação e limpeza é a eficiência energética.
Dois terços da energia elétrica é produzida a partir de hidroelétricas, uma matriz limpa, porém as mudanças climáticas afetam diretamente a sua produção e em épocas de seca, o país se vê obrigado a utilizar as termelétricas que geram uma energia mais cara e poluidora. Outro ponto problemático é que a demanda por energia deve dobrar até 2050, estas fontes não suportarão a busca pelos recursos e os transtornos causados aumentarão. Além disso, estima que o Brasil desperdiça todo ano o equivalente à produção de meia usina de Itaipu e em um dos países com a energia mais caras do mundo isso significa prejuízos incalculáveis. A única solução para esta complicação, de acordo com especialistas, é o Brasil apostar em energias mais limpas e em eficiência.
O aumento das opções de fontes renováveis de energia é muito importante, principalmente a energia solar, visto que no Brasil durante quase todos os dias do ano temos este recurso disponível. Porém é preciso levar em conta os custos ambientais envolvidos na implantação de sistemas de energia solar, pois instalar um sistema como este para unidades consumidoras ineficientes não é indicado, já que se utiliza muita energia e materiais para produzir os equipamentos e a cadeia produtiva é tão poluidora como de outras indústrias. Inserir um sistema de energia renovável em uma unidade ineficiente é como encher um balde furado com água da chuva, desperdiçando recursos naturais. Por isto, deve-se primeiro aumentar a eficiência da unidade consumidora, cortar desperdícios e mudar hábitos. Estima-se que em residências, uma simples mudança de comportamento reduz de 15% a 20% o gasto com energia. Em prédios comerciais varia, podendo ser reduzido 10%, 15% até 20%. Em indústria, é possível atingir uma redução de 10%.
Mesmo em meio à crise econômica, os investimentos no setor energético continuam, porém a falta de políticas públicas que estimulem a eficiência energética faz com que o dinheiro seja exclusivamente investido em expansão de redes e fontes de energias, esquecendo todo o desperdício que acontece no país. Além das perdas, o investimento errado pode causar problemas no futuro, já que a maioria destes recursos são destinados a hidrelétricas, um sistema vulnerável às mudanças climáticas e ambientais. A matriz energética brasileira depende da eficiência para avançar sendo mais limpa e eficiente, e a única forma de diminuir estas perdas é investindo em tecnologia.
De acordo com a Armstrong , empresa especializada em soluções para redução e economia de energia , o maior problema é que a eficiência energética não é prioridade nem do empreendedor nem do governo. “No Brasil, continuamos investindo apenas na expansão da oferta de energia. É incompreensível que não entendam que pode haver uma redução significativa do consumo de energia através de políticas robustas de eficiência (EE), reduzindo assim o aumento da oferta e os preços. A EE gera também mudanças na forma como produzimos bens e serviços e no próprio hábito de consumo da população”, explica.

terça-feira, 18 de julho de 2017


PLANO DECENAL BRASILEIRO DE EXPANSÃO DE ENERGIA 
(2026)

FOCO NA SUSTENTABILIDADE ?!












O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) é um documento informativo voltado par toda a sociedade, bem como aos agentes e investidores, com uma indicação, e não determinação, das perspectivas de expansão futura do setor de energia sob a ótica do Governo. Tal expansão é analisada a partir de uma visão integrada para os diversos energéticos, além da energia
elétrica, no horizonte de 10 anos. Para agentes e investidores, o PDE facilita o acesso à informação

relevante para a tomada de decisões.

ANÁLISE SOCIOAMBIENTAL

1. INTRODUÇÃO As premissas e os critérios utilizados na análise socioambiental do PDE 2026 foram orientados pelo conceito de sustentabilidade, como nos ciclos de planejamento anteriores. Dessa forma, os estudos socioambientais foram desenvolvidos de modo a considerar questões associadas:

 à redução dos impactos locais e globais na utilização das fontes de energia;
 ao uso de fontes renováveis
 à minimização dos impactos sobre a população e o meio ambiente; 
 às discussões em âmbito nacional e internacional sobre mudança do clima.

A análise socioambiental do PDE 2026 compreende:

1. a análise de cada fonte energética, com o objetivo de avaliar as condições em que as interferências dos projetos previstos poderiam ocorrer sobre o meio natural e a sociedade;

2. a análise integrada, que, com subsídios da etapa anterior, identifica as interferências potenciais de cada fonte sobre as sensibilidades socioambientais mais significativas de cada região brasileira, permitindo compor uma visão de conjunto da expansão da oferta de energia. Como resultado, apresenta os temas prioritários para a gestão ambiental no âmbito do setor e os desafios socioambientais importantes a serem enfrentados no horizonte de planejamento;

3. a análise das emissões de gases de efeito estufa (GEE), decorrentes da oferta de energia adotada no PDE 2026.

A apreciação dos resultados toma por referência as negociações internacionais sobre mudança do clima e os compromissos assumidos pelo país.

Esta Nota Técnica trata do primeiro ponto, a análise socioambiental de cada fonte energética, que compreende a análise socioambiental da oferta de energia elétrica (hidrelétricas, pequenas centrais hidrelétricas, termelétricas, termelétricas a biomassa, eólicas, solar e transmissão de energia elétrica) e a análise socioambiental da oferta de petróleo, gás natural e biocombustíveis (produção e oferta de petróleo, gás natural, e derivados; etanol; e biodiesel). A análise integrada e a análise das emissões de gases de efeito estufa são apresentadas no documento do PDE 2026.

quinta-feira, 13 de julho de 2017

O mundo deve a Trump uma carta de agradecimento?



Fonte:www.greenbiz.com/article

Por:James Murray -  editor da BusinessGreen.com .


A Cúpula do G20 terminou com 19 nações (exceto os EUA) em solidariedade para perseguir o acordo climático de Paris

Era fácil ser cético sobre o argumento de que a retirada dos EUA do Acordo de Paris serviria apenas para fortalecer a economia verde. Afinal, se o acordo internacional foi um grande passo em frente no enfrentamento do risco existencial apresentado pela mudança climática, como a saída da economia maior e mais poderosa do mundo poderia ser outra coisa senão um golpe para sua credibilidade?
Mas, em 8 de junho, o argumento  apresentado pelo ex-chefe de clima da ONU, Christiana Figueres  e outros -  que o presidente Donald Trump  fez o favor do mundo  ao reforçar o compromisso com a ação climática entre seus colegas líderes mundiais e muitas críticas domésticas -  teve seu primeiro compromisso Com a realidade geopolítica. Passou  com cores voadoras . Diante de uma ofensiva diplomática dos EUA (ênfase na ofensiva), o resto do G20 manteve firme e inequivocamente declarou que o  Acordo de Paris era "irreversível".
Com um nível de sofisticação diplomática que envergonharia o modelo UN da escola secundária, a abordagem naïve e defeituosa da Casa Branca, desde que a explicação de Rose Garden sem lógica de Trump de seu plano para sair do Acordo de Paris realmente serviu para fortalecer o tratado e encorajar os esforços globais para Reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Não cometer erros, os EUA quiseram um acordo sobre mudanças climáticas em Hamburgo. Trump e sua equipe repetidamente afirmaram seu desejo de renegociar o Acordo de Paris. Eles podem não se importar muito com a realidade científica, mas não podem deixar de estar conscientes da realidade política. Estes presidentes mais sensíveis terão visto como suas classificações de aprovação já subterrânea levaram mais um dente na sequência da decisão de sair do acordo de Paris. Como negociador de gabinete de autodenominação, ele queria que um acordo de salvação fosse feito, que fosse compatível com sua crença de que o acordo de Paris era um mau negócio para os EUA.
Você pode ver este pensamento em jogo na seção do  comunicado (PDF)  sobre energia e clima e o parágrafo controverso em que o resto do G20 se recusou a se inscrever.
Os EUA concordaram com a afirmação geral do grupo de que "uma economia forte e um planeta saudável se reforçam mutuamente" e reconheceu as "oportunidades de inovação, crescimento sustentável, competitividade e criação de emprego de investimentos maiores em fontes de energia sustentáveis ​​e tecnologias e infra-estrutura de energia limpa. " Também pareceu não ter nenhum problema com a seção que reafirma o compromisso do G20 com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que, como não esqueçamos, incluindo seus próprios compromissos fortes em relação às mudanças climáticas.
As tentativas de linguagem conciliadora até se estenderam ao parágrafo crítico que o Trump sozinho endossou, enfatizando que os EUA trabalham com outros países para ajudá-los a "acessar e usar combustíveis fósseis" que se aplicaria apenas para ajudá-los a usar esses combustíveis "de forma mais limpa e eficiente". Ele também disse que isso seria acompanhado por tentativas de ajudar os países a "implementar fontes renováveis ​​e outras fontes de energia limpa". Esta estratégia "todo o" acima "foi justificada pela" importância do acesso à energia e da segurança em suas contribuições determinadas nacionalmente ", concluiu o parágrafo.
Apenas alguns anos atrás, a natureza vaga e contraditória desse compromisso quase certamente teria sido suficiente para garantir um acordo. Afinal, o argumento de que os combustíveis fósseis "limpos e eficientes" devem ser usados ​​em apoio ao "acesso e segurança da energia" foi implementado há muitos anos pelos muitos bancos de desenvolvimento do mundo. 
É uma manobra direto do playbook da Exxon e Peabody Energy e repetidamente tem trabalhado no passado. As nações que se classificam como os falcões do clima poderiam comprometer-se a "limpar" os combustíveis fósseis, abrange apenas o CCS e um curto período de aumento do uso de gás, e Trump e Co. poderiam retornar ao país do carvão que triunfa uma vitória. Todos ficariam felizes, com exceção dos estados pobres que suportarão o peso das mudanças climáticas, que não foram convidados de qualquer maneira.
Indo para a cimeira, era possível até mesmo imaginar como uma administração americana que não se tornara um rótulo de alerta para incompetência narcisista poderia ter conseguido esse resultado. Trump poderia ter alcançado as nações cuja dependência das reservas de combustíveis fósseis sempre fez seu compromisso com o Acordo de Paris se sentir um pouco suave: Rússia, Arábia Saudita, Turquia, Austrália, Indonésia, estamos olhando para você. E, no entanto, apesar do seu amor com o presidente turco Recep Erdogan e seu convívio tete-a-tete com o presidente russo, Vladimir Putin, Trump não conseguiu fazer uma cunha entre o recém formado G19.
Um compromisso que, seriamente, teria testado a resolução do G19 pelo menos tentando abordar suas preocupações sobre as emissões de combustíveis fósseis nem sequer foi tentado. Uma proposta de que os combustíveis fósseis "limpos", mais claramente definidos, como incorporando o CCS ou fixar um prazo para o uso de gás como um "combustível para ponte", teria acrescentado alguma coisa ao debate internacional. Também teria sido difícil para a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Emmanuel Macron, rejeitar fora de mão, e ainda poderia ter sido apresentado como uma vitória para a indústria de combustíveis fósseis dos EUA. Mas nenhuma proposta desse tipo veio.
Em vez disso, os EUA concordaram com o compromisso auto-satírico de "limpar" os combustíveis fósseis e, ao fazê-lo, apenas serviram para enviar uma mensagem a empresas e investidores em todo o mundo, o resto do mundo considera o Acordo de Paris como "irreversível" e realmente vê "Limpa" os combustíveis fósseis como um oxímoro.
No final de uma semana, quando um dos gigantes de automóveis de origem chinesa disse que estava mudando praticamente atacado para tecnologia de veículos elétricos e o governo francês declarou que a venda de motores de combustão interna será eliminada em 2040, o G19 enviou O sinal mais claro ainda que o Acordo de Paris realmente anunciou o início do fim da era dos combustíveis fósseis.
Enquanto isso, os planos de Macron para uma segunda grande cimeira do clima neste inverno para marcar o segundo aniversário da Cúpula de Paris servirão para criar um impulso adicional por trás do impulso de descarbonização global, à medida que mais governos avançarem para fortalecer seus planos nacionais de ação climática.
Claro, ainda há espaço suficiente para que as coisas dêem errado. O time de Trump finalmente pode começar a desenvolver alguma competência diplomática básica na busca de um esforço para dividir e governar o G19. Os ambientalistas do Reino Unido serão extremamente cautelosos de que a promessa de um "muito, muito" rápido acordo de negociação entre os EUA e o Reino Unido pode se tornar um penhor neste jogo, abrindo o Reino Unido aos produtos desenvolvidos com os padrões ambientais mais baixos possíveis. 
Como comandante-em-chefe do país mais poderoso do mundo, Trump ainda tem o potencial de causar danos ambientais imensos, abrindo areias betuminosas, zonas petrolíferas offshore e costuras de carvão. Muitos estados estão prometendo desafiar suas tendências "poluitrácticas", mas outros estão dispostos a ajudar e abarcar os padrões ambientais e a minar as tecnologias limpas.
Mas, embora esses riscos existam, eles estão sendo impostos em uma direção geral de viagem para a comunidade empresarial global que agora está mais firmemente casada do que nunca com o desenvolvimento de uma economia de carbono zero. O G19 deixou absolutamente claro qual o lado do debate em que está, e que indica que quer enviar para investidores e desenvolvedores de infra-estrutura.
Enquanto isso, os especialistas em clima e refúgios de combustíveis fósseis que hoje celebram a postura dos EUA podem ser sábios para se perguntar como parece quando o único líder mundial que desencadeia seus argumentos e abraça sua visão de mundo está atolada em inúmeros escândalos de nepotismo e corrupção. Quão sustentável é realmente para o seu maior líder de torcida ser o presidente dos EUA menos popular na história?
Quando a reação contra o ceticismo do clima republicano eventualmente chega - e a lógica demográfica e econômica significa que ele vai - os EUA poderão se juntar a um acordo de Paris que tenha sido turbulento nos anos intermediários, tanto pelo custo em queda da energia limpa quanto pela liderança política da G19.


terça-feira, 11 de julho de 2017

Nordeste puxa a produção de energia eólica no Brasil, que bate recordes


São 457 parques eólicos que, juntos, têm produção igual à de Belo Monte

Até 2020, mais 287 parques vão operar e gerar mais 7 gigawatts de energia.


Fonte:http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/07/nordeste-puxa-producao-de-energia-eolica-no-brasil-que-bate-recordes.html



A produção de energia eólica no Brasil está batendo recorde atrás de recorde, principalmente no Nordeste.Os bons ventos nunca foram tão bem aproveitados. 
Na terça-feira (4), o Brasil produziu 6.704 megawatts de energia eólica. Mais do que o recorde anterior, de um dia antes (6.280) e o que o registrado no dia 13 de setembro de 2016 (6.059).A energia gerada na terça é suficiente para abastecer 3 milhões de consumidores por um mês inteiro. E significou 11,42% de toda a eletricidade produzida no dia, no país.
O Brasil tem 457 parques eólicos, 80% deles estão no Nordeste. Juntos, eles têm capacidade de produzir 11,4 gigawatts de energia eólica. É o equivalente a uma usina de Belo Monte.Esses recordes seguidos de produção de energia a partir dos ventos têm duas explicações. Primeiro, porque novos parques eólicos estão sendo colocados em operação. Além, disso, nós estamos apenas entrando no período de safra.No Brasil, os ventos vão ficando mais fortes de meados de junho até dezembro. Os melhores meses são setembro e outubro. Por isso, o setor aposta que muitos recordes vão ser quebrados até o fim de 2017.
Até 2020, outros 287 parques vão entrar em operação e vão gerar mais 7 gigawatts de eletricidade. O potencial de crescimento da produção desse tipo de energia é imenso. Uma conta, feita pela Associação Brasileira de Energia Eólica, deixa isso claro.Todas as usinas do país, de todas as fontes - hidrelétrica, termoelétrica, eólica, solar - têm capacidade de produzir juntas 160 gigawatts de energia. Mas se tivéssemos parques eólicos em todos os lugares do Brasil já mapeados, a produção poderia chegar a 500 gigawatts, mais do que o triplo do que produzimos hoje.Em 2016, o Brasil ficou em nono lugar no ranking mundial de produção de energia eólica. A primeira da lista é a China.
Segundo Elbia Gannoum, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, o setor tem R$ 20 bilhões para investir em novos parques a cada ano. Mas os investimentos só serão feitos quando houver necessidade de geração de mais energia.“Semana passada a gente já teve um dado do ONS que a carga, a demanda por energia no Brasil cresceu 2,5. Este é um sinal de que nós vamos precisar contratar mais energia e nós vamos colocar mais parques eólicos com uma energia limpa, renovável e competitiva e que traz benefícios pra sociedade”, explicou Elbia Gannoum.