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sexta-feira, 27 de julho de 2018

Microgeração ultrapassa 400 MW no Brasil



Fonte:www.brasilenergia.editorabrasilenergia.com.br

Se ritmo for mantido, segmento pode ultrapassar os 500 MW até o final do ano; modalidades fora da unidade consumidora podem sofrer com nova regulação





As usinas de micro e minigeração distribuída instaladas no Brasil ultrapassaram os 400 MW de capacidade, o equivalente a 0,25% da capacidade total de geração atualmente em operação no país. De acordo com dados da Aneel consultados nesta quarta-feira (25/07), são 400,923 MW, de 33,179 mil usinas que geram créditos para 46,665 mil unidades consumidoras
Dessa capacidade total, 35% foi instalada apenas em 2018 – 143,7 MW. O ritmo é de aproximadamente 20,5 MW por mês. Se mantido ao longo dos próximos meses, a geração distribuída de pequeno porte pode superar 500 MW até dezembro.
Vale lembrar que o segundo semestre tende a ter volume maior de instalações: em 2017, do total de 172 MW instalados (correspondentes a 43% da capacidade atual), 111 MW foram registrados na Aneel no segundo semestre. Em 2016, durante a segunda metade do ano foram conectados 41,3 MW, de 68 MW instalados no total.
Por fonte
A modalidade, que permite que consumidores do mercado regulado invistam em usinas de até 5 MW para gerar créditos nas contas de energia, foi regulamentada em 2012, tem atraído investimentos principalmente na fonte solar e começou a deslanchar a partir do ano passado. Veja detalhamento por fonte:

Por classe de consumo
Desde 2017, a classe comercial se tornou o segmento com a maior capacidade instalada de geração distribuída de pequeno porte. Atualmente, corresponde a 46% de toda a capacidade instalada. O residencial, que ainda lidera em número de sistemas, consideravelmente menores, corresponde a 29%:


Revisão
A instalação na própria unidade consumidora ainda é a modalidade mais comum, correspondendo a 90% dos sistemas instalados e a 69% de toda a capacidade. O autoconsumo remoto, uma das modalidades introduzidas pela revisão da norma, de 2015, já representa 9,5% dos sistemas e 26,9% da capacidade total. Essas novas modalidades devem ser as principais afetadas pela próxima revisão da regulação da microgeração, prevista para 2019, caso o que é proposto pela Aneel seja mantido. O entendimento é o de que sistemas que não estão localizados na própria unidade consumidora demandam mais da rede e deveriam pagar mais pelo seu uso. Por outro lado, o setor defende que há benefícios para a rede com a instalação, que também deveriam ser remunerados.