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quinta-feira, 22 de junho de 2017

REFLORESTAR TODO O TERRITÓRIO BRASILEIRO ATUALMENTE DESMATADO CUSTARIA R$ 3,7 BI /ANO

Fonte: thegreenestpost.bol.uol.com.br/






Apenas na Mata Atlântica, entre 2015 e 2016, o desmatamento cresceu 57,7% e o bioma perdeu o equivalente a uma área de mais de 29 mil campos de futebol. Com esse tipo de informação, é difícil imaginar, mas quais seriam os impactos econômicos, sociais e ambientais de um cenário de desmatamento zero no Brasil?
É isso que o Instituto Escolhas, em parceria com o Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola), pretende responder em um estudo inédito envolvendo especialistas de diferentes competências. A pesquisa está em fase de desenvolvimento e deve calcular o possível efeito que essa utopia acarretaria no PIB do Brasil, tanto em escala nacional quanto regional. O trabalho também deve abrir espaço para a discussão acerca de temas como governança, políticas públicas compensatórias e alternativas para minimizar tais efeitos.
De acordo com Sergio Leitão, diretor de Relacionamento com a Sociedade do Instituto Escolhas, o estudo pode comprovar, por exemplo, que a área desmatada no país já é suficiente para a execução das atividades agropecuárias. “Já existe uma leitura muito forte dos especialistas de que o Brasil já tem condições de equilibrar duas questões que são muito fundamentais: não continuar desmatando e preservar as florestas“, explica.
Para entender o que o desmatamento zero significa para a economia, os especialistas definiram uma série de cenários para calcular o que aconteceria com a adoção de diferentes estratégias, desde o mais extremo – zerar todo o desflorestamento hoje, ilegal e legal – até o proposto pelo governo brasileiro em 2015 para o Acordo de Paris, se comprometendo a zerar o desmatamento ilegal até 2030, além de reflorestar 12 milhões de hectares de florestas.
Nos mesmos moldes, o Instituto Escolhas publicou no ano passado um estudo sobre quanto custaria aos cofres públicos reflorestar os 12 milhões de hectares. O resultado apontou que o país precisa investir R$ 52 bilhões até 2030 para alcançar a meta, com investimento anual de R$ 3,7 bilhões durante 14 anos. Um investimento aceitável para o tamanho dos benefícios, não?