MINAS TEM PRIMEIRA FAZENDA DE ENERGIA
SOLAR
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Por enquanto, iniciativa só está disponível para o comércio
Energia no campo. Cliente “aluga” lote de coletores solares e recebe
a energia no seu estabelecimento, por meio da rede da Cemig
Conforme o
diretor, a primeira usina de 1 megawatt (MW) já foi finalizada e aguarda
autorização da Cemig, o que deve acontecer no próximo mês. O investimento feito
pelos acionistas foi de R$ 5,5 milhões.
A usina ocupa
uma área de 2,5 hectares e tem capacidade para produzir 2.100 megawatts/hora
(MWh) de energia por ano. Segundo Molinari, a unidade deve atender de cem a 150
clientes comerciais, de pequeno e médio portes.
Projeto maior.
O próximo passo será a viabilização de uma segunda usina na mesma fazenda, com
previsão de funcionamento em dezembro deste ano. Entretanto, os planos são mais
ambiciosos. O diretor conta que, num prazo de três anos, devem ser viabilizadas
cem usinas de 5 MW, com investimentos de R$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões. “Como
serão usinas maiores, poderemos atender de 500 a 750 comerciantes”, diz.
Molinari diz
que a ideia é que a maior parte das cem usinas seja em Minas Gerais. “É um
Estado bem propício para isso, com boa luminosidade, em especial nas regiões
Noroeste e Norte”, observa.
As placas
solares na fazenda são divididas em lotes. Para saber quantos lotes o
comerciante tem que alugar para que a energia atenda sua empresa, é necessário
uma cotação, que é feita com base na conta de luz. “Traçamos o perfil com base
no histórico dos últimos 12 meses da empresa. Caso num determinado mês haja
sobra, ela se torna crédito”, diz. Uma das forma de fazer a cotação é pelo site
www.fazendasolar.com.
Pesquisa
mostra que 80% dos brasileiros acham a conta cara
A energia
elétrica é considerada cara por 80% dos consumidores brasileiros. É o que
mostra pesquisa do Ibope encomendada pela Associação Brasileira dos
Comercializadores de Energia (Abraceel).
Foram
entrevistadas 2.002 pessoas em 142 municípios no país, no último mês. Conforme
o levantamento, 69% dos brasileiros querem ter o direito de escolher seu
fornecedor de energia elétrica, como hoje ocorre na área de telecomunicações, e
acham que isso ajudaria a baixar as tarifas. “Já existem projetos de lei no
Congresso que preveem a portabilidade da conta de luz”, observa o presidente da
Abraceel, Reginaldo Medeiros.
O governo
planeja abrir uma consulta pública para discutir mudanças no modelo regulatório
do setor elétrico ainda neste mês. A ideia é lançar uma discussão com a
sociedade sobre sugestões de aperfeiçoamentos das regras.