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quarta-feira, 30 de março de 2016
fonte: http://leonardo-energy.org.br/noticias/mudanca-de-habitos-para-garantir-beneficios-da-eficiencia-energetica/
Mudança de Hábitos para Garantir Benefícios da Eficiência Energética
Eficiência Energética. Cada vez mais esse conceito vem fazendo parte da vida das pessoas, porém muitos ainda desconhecem seu significado, bem como, seus benefícios. Toda e qualquer possibilidade do uso racional da energia elétrica pode ser considerada eficiência energética.
Aplicável em residências, a partir da mudança de hábitos comuns, em ambientes corporativos como escritórios, empresas de pequeno e médio porte, ou até em indústrias, seu conceito tem como aliado a conscientização pela melhoria do clima do planeta e os resultados se traduzem em conta de luz mais barata e combate ao desperdício de energia.
E na semana em que é comemorado o Dia Mundial da Eficiência Energética(5 de março), a EDP, distribuidora de energia elétrica para as regiões do Alto Tietê, Vale do Paraíba e Litoral Norte de São Paulo, orienta sobre como utilizar os equipamentos elétricos de forma racional, trazendo melhor resultado e economia.
“Economia financeira e produção otimizada são alguns dos principais resultados da eficiência energética em residências, ambientes empresariais e industriais”, diz Marcos Scarpa, relações institucionais da EDP.
“Algumas mudanças de hábito inclusive podem minimizar o desperdício e, consequentemente, auxiliam para o melhor uso das fontes de energia e para uma redução da conta de luz”, completa o executivo.
O ar-condicionado e a geladeira são equipamentos de maior potência na residência e consomem mais. Para obter um bom resultado com relação àeficiência energética, é importante verificar a categoria do selo PROCEL – Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica. Quando mais elevada a categoria, mais eficiente é o aparelho, por isso, sempre que possível, escolha o nível “A”.
“Vale lembrar que, equipamentos eficientes são mais exigentes em relação à rede elétrica que os abastece, por isso, manter a fiação interna em equilíbrio é essencial”, ressalta Marcos Scarpa, sobre a necessidade do dimensionamento correto de carga na rede elétrica interna da residência. O executivo lembra que o chuveiro também é um dos vilões do consumo e o ideal é deixá-lo no modo “verão”, posição em que o aparelho consome menos.
A fuga de corrente é uma das grandes causas de aumento elevado no consumo de energia. Emendas de fios feitas de forma incorreta, conexões frouxas, fios desencapados ou com isolamento comprometido pelo tempo podem ocasionar a fuga de corrente.
Outros cuidados também podem potencializar a eficiência energética dentro de casa:
Vale lembrar que algumas taxas da fatura de energia, como o ICMS*, são calculadas pela quantidade de consumo, quanto mais kW/h, maior o valor a ser pago de imposto.
*O Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do Estado de São Paulo muda de acordo com a faixa de consumo do cliente. Até 90 kWh/mês, o consumidor é isento; de 91 a 200 kWh/mês, acréscimo de 12%, e acima de 201 kWh/mês, acréscimo de 25% sobre o consumo.
Fonte: Portal R3
terça-feira, 29 de março de 2016
fonte: http://www.aneel.gov.br/informacoes-tecnicas
Micro e Minigeração Distribuídas
Desde 17 de abril de 2012, quando entrou em vigor a Resolução Normativa ANEEL nº 482/2012, o consumidor brasileiro pode gerar sua própria energia elétrica a partir de fontes renováveis ou cogeração qualificada e inclusive fornecer o excedente para a rede de distribuição de sua localidade. Trata-se da micro e da minigeração distribuídas de energia elétrica, inovações que podem aliar economia financeira, consciência socioambiental e autossustentabilidade. Veja aqui quantos consumidores já estão operando como micro e minigeradores no Brasil.
Os estímulos à geração distribuída se justificam pelos potenciais benefícios que tal modalidade pode proporcionar ao sistema elétrico. Entre eles, estão o adiamento de investimentos em expansão dos sistemas de transmissão e distribuição, o baixo impacto ambiental, a redução no carregamento das redes, a minimização das perdas e a diversificação da matriz energética.
Os estímulos à geração distribuída se justificam pelos potenciais benefícios que tal modalidade pode proporcionar ao sistema elétrico. Entre eles, estão o adiamento de investimentos em expansão dos sistemas de transmissão e distribuição, o baixo impacto ambiental, a redução no carregamento das redes, a minimização das perdas e a diversificação da matriz energética.
Perguntas e Respostas sobre a aplicação da Resolução Normativa nº 482/2012
http://www2.aneel.gov.br/arquivos/PDF/FAQ_GD_Atualizado.pdf
http://www.mme.gov.br/web/guest/secretarias/energia-eletrica
Eficiência Energética será tema de Comitê Técnico criado pelo governo federal
O Governo Federal publicou no Diário Oficial da União (DOU), nesta segunda-feira (01/02), a Resolução nº 4 do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), que cria o Comitê Técnico para Eficiência Energética (CTEE), com o objetivo de propor estratégias para promoção da eficiência energética no país.
O Comitê será responsável pelo estudo de programas e ações de eficiência energética e de Pesquisa & Desenvolvimento nessa área, centralizando essas ações em um foro especializado. O CTEE será composto por representantes dos ministérios de Minas e Energia, responsável pela coordenação do grupo; Ciência e Tecnologia e Inovação; Planejamento; Fazenda; Meio Ambiente; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e Transportes; além da Casa Civil da Presidência da República e do Fórum Nacional dos Secretários de Energia.
A criação do Comitê permite a reorientação de recursos já existentes para as ações de Eficiência Energética e a fixação de diretrizes de governo para tais programas.
O Comitê será responsável pelo estudo de programas e ações de eficiência energética e de Pesquisa & Desenvolvimento nessa área, centralizando essas ações em um foro especializado. O CTEE será composto por representantes dos ministérios de Minas e Energia, responsável pela coordenação do grupo; Ciência e Tecnologia e Inovação; Planejamento; Fazenda; Meio Ambiente; Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; e Transportes; além da Casa Civil da Presidência da República e do Fórum Nacional dos Secretários de Energia.
A criação do Comitê permite a reorientação de recursos já existentes para as ações de Eficiência Energética e a fixação de diretrizes de governo para tais programas.
Incentivo à eficiência energética
Fomentar ações de incentivo à eficiência energética é um dos desafios do Ministério de Minas e Energia. A criação do CTEE foi proposta pelo CNPE em sua 30º reunião (junho de 2015), para ser aprovado pelo colegiado na reunião seguinte. O CTEE é o primeiro dos Comitês técnicos dedicados a áreas específicas propostas pelo CNPE. Essas entidades poderão auxiliar o trabalho do CNPE, elaborando e propondo políticas e ações aos conselheiros.
Entre as ações de Eficiência Energética em estudo no MME está a definição de ação que reduza o consumo dos compressores de refrigeradores comerciais. Atualmente, há cerca de três milhões de expositores refrigerados em bares e outros estabelecimentos comerciais que consomem muita energia, e esse estoque é renovado a cada dez anos, e aumentar a eficiência desses equipamentos trará benefícios rápidos na racionalização do consumo no setor
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Entre as ações de Eficiência Energética em estudo no MME está a definição de ação que reduza o consumo dos compressores de refrigeradores comerciais. Atualmente, há cerca de três milhões de expositores refrigerados em bares e outros estabelecimentos comerciais que consomem muita energia, e esse estoque é renovado a cada dez anos, e aumentar a eficiência desses equipamentos trará benefícios rápidos na racionalização do consumo no setor
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sexta-feira, 25 de março de 2016
fonte: http://www.canalenergia.com.br/
Enio Fonseca, do FMASE: Aumento no uso das fontes renováveis de energia reduzem emissões de CO2
De acordo com a AIE, o setor energético emitiu cerca de 32 bilhões de toneladas de CO2 em 2015, o mesmo valor de 2014, mesmo com um crescimento da economia global da ordem de 3%
Enio Fonseca, do FMASE, Artigos e Entrevistas
23/03/2016
23/03/2016
De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE) os investimentos mundiais em energias renováveis em 2015 chegaram ao recorde de US$ 328,9 bilhões.
Mais de 90% da nova eletricidade gerada em 2015 veio de fontes renováveis, maior percentual desde 1974, sendo que metade do crescimento veio de usinas eólicas, de acordo com a organização de monitoração com sede em Paris.
Dados da Agência mostram que as emissões de dióxido de carbono (CO2) para geração de energia ficaram estabilizados pelo segundo ano seguido em 2015, ainda que se observe que houve um pequeno crescimento na economia global.
Isso significa que a nível mundial as iniciativas para reduzir as emissões dos gases efeito estufa com a finalidade de combater as mudanças climáticas começam a apresentar resultados positivos, principalmente nos EUA e na China, maiores economias mundiais.
De acordo com a Agência, foi a primeira vez em 40 anos que isso ocorreu na ausência de uma recessão mundial, o que significa um alento de melhoria nas condições ambientais do planeta.
No passado, a redução das emissões estava associada apenas a períodos de estagnação econômica.
No entanto, as emissões globais precisam ainda ser significativamente reduzidas conforme definido na COP 21, no Acordo de Mudanças Climáticas Internacionais assinado por 200 países, em dezembro em Paris.
O Acordo tem o objetivo de impedir que a temperatura da terra suba mais de 2°C em relação ao período pré-industrial. No entanto os dados disponíveis mostram que já houve um aquecimento de cerca de 1°C, sendo registrado que o ano passado foi o ano mais quente da série histórica recente, o que mostra que a união dos países na busca de um entendimento, e da implementação de ações concretas de abrangência global é uma medida certa.
No mundo, o carvão continua a ser a fonte de energia predominante, respondendo por 39% da geração em 2015, contra cerca de 24% atribuídos a fontes renováveis, onde temos hidroeletricidade, eólicas, fotovoltaicas.
De acordo com a AIE, o setor energético emitiu cerca de 32 bilhões de toneladas de CO2 em 2015, o mesmo valor de 2014, mesmo com um crescimento da economia global da ordem de 3%.
No entanto, caso persista uma tendência de redução na atividade econômica mundial, teremos uma redução mais forte da emissão de gases efeito estufa no ano de 2016.
O Brasil, por sua vez, possui uma matriz energética predominantemente renovável, com participação expressivas da energia hidráulica, e com taxas crescentes de oferta de energia eólica, solar e biomassa, o que nos coloca numa posição de liderança mundial sob esse aspecto. Hoje existe um consenso entre especialistas que nossa matriz não pode prescindir de nenhuma fonte geradora, inclusive térmicas a óleo, gás e carvão mineral, além de nucleares, pois todas elas são necessárias para garantir um modelo adequado de desenvolvimento para o País.
Embora fosse uma premissa da COP 21 de que a redução absoluta das emissões seria exigida apenas das economias desenvolvidas, o Brasil definiu uma iniciativa voluntária nesse sentido, com impacto em todos os setores da economia como pecuária, agricultura e indústria, tendo como compromisso reduzir em 37%, até 2025, e em 43%, até 2030, as emissões de gases do efeito estufa. Para alcançar esse objetivo o País pretende também zerar o desmatamento na Amazônia Legal e restaurar 12 milhões de hectares de florestas até 2030.
Importante registrar que o atingimento dessas metas está diretamente vinculado ao desempenho das atividades econômicas, à existência de recursos destinados ao desenvolvimento e atualização do parque produtivo e tecnológico, ao investimento em tecnologias de baixo carbono e captura de CO2, à segurança jurídica que norteiam as relações comerciais, regulatórias e ambientais associadas.
Reduzir emissões pela diminuição da atividade econômica não é bom, e para obter esse mesmo resultado por melhoria tecnológica dos processos produtivos é preciso existir linhas de crédito adequadas.
Enio Fonseca é presidente do Fórum de Meio Ambiente do Setor Elétrico
terça-feira, 22 de março de 2016
http://www.procelinfo.com.br/
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Fonte: Fispal Tecnologia - 21.03.2016
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Uma alternativa de sucesso é a área responsável pela gestão de pessoal adotar um processo que contemple sensibilização para despertar o assunto, conscientização para mobilizar, ação para mudar e aperfeiçoamento para manter as medidas de eficiência energética. Outra possibilidade é abrir a conta de energia para o time de trabalho e mostrar a diferença de consumo. “O empresário pode informar que não tem receita extra para pagar o aumento e, por isso, vai precisar de ajudar para não afetar a estrutura. Isso sensibiliza, afinal ninguém quer perder”, argumenta Gerson Tiepolo, professor do curso de Engenharia Elétrica da UFTPR (Universidade Federal Tecnológica do Paraná).
A avaliação desse processo pode estar em metas de otimização e monitoramento pelo gestor. Premiar o setor que mais reduzir custo dentro de um período é uma saída para alcançar novos números, sugere o professor. Repensar o processo de trabalho para mostrar que é possível fazer mais por menos vai além de apagar todas as luzes do escritório ao final do expediente, é preciso também salientar a importância de seguir os padrões de funcionamento das máquinas e de não reprogramar as atividades de um setor à revelia. Por meio de cartilha ou seminário, a indicação é disseminar a mensagem de compreensão sobre a necessidade da redução de consumo de energia elétrica e seus benefícios e implementação de ferramentas para solução de problemas para todos sejam parceiros.
Números que impressionam
A indústria absorve 32,9% da energia consumida no Brasil, segundo o Balanço Energético Nacional 2015, ano base 2014, desenvolvido pela EPE (Empresa De Pesquisa Energética) do Ministério de Minas e Energia. No setor, a maior parte da demanda é puxada pela eletricidade (20,2%), seguida pelo bagaço de cana (18,5%) e pelo carvão mineral (13,5%).
Dados, percentuais e consumo: como todos esses números afetam seus negócios? A resposta é dada todo mês na conta de energia com tarifas cada vez mais altas que inflam a formação de preço, tiram dinheiro de investimentos em inovação e reduzem ganhos de produtividade. Para se ter uma ideia desse peso, em um ranking de 28 países com a energia mais cara para o setor industrial, compilado em 2015 pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio), nosso País está em primeiro lugar. O preço médio chegou a R$ 534,28/ MWh (megawatt-hora), contra R$ 504,1 da Índia e R$ 493,6 da Itália.
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fonte: http://eetd.lbl.gov/ee/ee-1.html
What is energy efficiency?
Energy efficiency is "using less energy to provide the same service".
There are other definitions, but this is a good operational one.
The best way to understand this idea is through examples:
When you replace a single pane window in your house with an energy-efficient one, the new window prevents heat from escaping in the winter, so you save energy by using your furnace or electric heater less while still staying comfortable. In the summer, efficient windows keep the heat out, so the air conditioner does not run as often and you save electricity.
When you replace an appliance, such as a refrigerator or clothes washer, or office equipment, such as a computer or printer, with a more energy-efficient model, the new equipment provides the same service, but uses less energy. This saves you money on your energy bill, and reduces the amount of greenhouse gases going into the atmosphere.
Energy efficiency is not energy conservation.
Energy conservation is reducing or going without a service to save energy.
For example: Turning off a light is energy conservation. Replacing an incandescent lamp with a compact fluorescent lamp (which uses much less energy to produce the same amount of light) is energy efficiency.
Both efficiency and conservation can reduce greenhouse gas emissions.
fonte: http://www.procelinfo.com.br/
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Fonte: Fluxo Consultoria - 21.03.2016
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Rio de Janeiro - Somos muito dependentes e espera-se que, pelo menos no curto prazo, o custo de produção no Brasil cresça. Mesmo assim, não há condições de voltar aos velhos tempos e deixar de usufruir do conforto de eletrodomésticos e outros meios, não é mesmo? Será que não existe nenhuma maneira de aproveitar o modelo atual de produção e fornecimento sem que seu bolso seja impactado? O conceito que vou apresentar no próximo tópico é muito debatido no Inee e nos traz um dos caminhos para solucionar esse problema. Seja eficiente, faça mais com menos
A Eficiência energética consiste na forma com que desempenhamos um serviço ou atividade utilizando a menor quantidade de energia possível, ou seja, consiste na relação entre a quantidade de energia empregada e aquela disponibilizada para sua realização.
Podemos observar essa economia em algumas atitudes, como, por exemplo, comprar uma lâmpada de LED, que chega a ter 90% de redução no consumo quando comparada a uma lâmpada incandescente de nível de iluminação equivalente.
O interessante é que este conceito não está preso exclusivamente à eletricidade. Qualquer processo ou atividade dependente de uma forma de energia gerada pelo ser humano pode se tornar mais eficiente, embora, segundo a Aneel as perdas sejam consideráveis.
Se o corte e campanhas de conscientização são ações pontuais usadas em momentos de crise, como o apagão de 2001, qual o caminho para tornar o Brasil um país eficiente… apagar todas as luzes e viver no escuro?
Desperdício: Mudanças de comportamento são suficientes?
Uma pesquisa recente sobre eficiência energética mostrou o Brasil como o 15º entre 16 países analisados, enquanto o primeiro lugar coube à Alemanha, país reconhecido pela política educacional de qualidade, o bom uso de recursos e a reciclagem. Dessa forma, parece fazer sentido atribuir nosso péssimo resultado aos consumidores residenciais e ao desperdício. Mas será só isso?
“Economize energia”: a diferença entre Eficiência energética e Conservação
Muita coisa no Brasil pode ser corrigida com educação, mas dessa vez convido você a pensar melhor e questionar essa panaceia. Se eficiência é fazer mais com menos, ao apagar a luz, fechar a geladeira, ou tomar banho frio, na verdade, você está poupando energia. Embora o resultado final pareça o mesmo (redução da conta), a confusão entre os conceitos deve ser desfeita para entendermos o resultado da pesquisa. Afinal, uma lâmpada apagada não é mais eficiente que uma acesa. Entenda melhor a diferença nesse artigo em inglês da Universidade de Berkeley .
Será que não produzimos energia suficiente?
Uma conclusão lógica seria que ainda não investimos o suficiente em geração, mas a análise da demanda fornece informações interessantes.
Anualmente, estima-se que 10% da energia gerada no Brasil seja desperdiçada. Na maior parte dos casos, a culpa não é nossa e sim dos aparelhos que utilizamos, que acabam “desperdiçando” energia na forma de calor (Efeito Joule) e não realizam a sua função original.
Embora nos isentemos do desperdício do aparelho, ainda sim temos uma parcela de culpa. Será que na hora de comprar o seu eletrodoméstico você se importou em pagar um pouco mais naquela geladeira que contém um selo Procel, garantindo que o produto consume menos energia, ou então na hora de comprar seu carro verificou se ele tinha o selo Conpet, para que estivesse economizando no futuro?
Qual é, afinal, o impacto da eficiência energética?
Segundo um relatório da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o uso de equipamentos mais eficientes e instalações elétricas dimensionadas geraria uma economia de 8,8% no consumo de energia elétrica.
Hoje uma empresa pode receber um selo verde - selo que atesta que sua empresa se preocupa com o meio ambiente- e isso a torna bem vista no mercado. Além disso, bancos como Itaú e BNDES oferecem linhas de credito especiais para empresas certificadas. Assim, além da economia real, elas ganham um diferencial competitivo e uma ferramenta de marketing para obter um melhor relacionamento com a comunidade na qual está inserida.
Compro esses aparelhos com selos e continuo gastando muito com energia
Olhando por outro lado, vemos que a produção energética também tem aumentado seu preço e estamos pagando cada vez mais. Então, como usar técnicas que realmente alteram a eficiência e geram ganhos no médio prazo?
Considere essas soluções e comece a economizar
Já existem diversas maneiras de diminuir os gastos com energia em casa ou na sua empresa a partir de instalações sustentáveis. Por exemplo, além de utilizar dispositivos de iluminação mais eficientes, como lâmpadas de LED, diversas empresas fazem estudos de viabilidade para avaliar a troca do chuveiro elétrico ou a gás por aquecimento por painéis solares ou captar águas pluviais para reutilização.
Além disso, equilibrar as cargas no planejamento da construção, cogeração e geração distribuída, transformar processos de aquecimento de ar em insumo para aquecimento de água são medidas de longo prazo que reduzem muito os custos e podem ser feitos por indústrias e consumidores de média tensão.
Eficiência energética Industrial : cenários no Brasil e no Mundo
Agora que você sabe que eficiência vai muito além de apagar as luzes durante o dia (economia), podemos voltar a pesquisa para as causas dos bons resultados germânicos.
Os alemães não gastam menos energia que brasileiros, boa parte do bom resultado do país (e da Europa como um todo) vêm de políticas públicas que estimulam que indústrias produzam energia e, além disso, gastem o mínimo possível. De acordo com a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), a maior parte do consumo de energia nacional é feito por indústrias.
Corrigir o consumo, não a produção
Segundo o relatório, “a política energética no Brasil enfatiza basicamente a produção de energia renovável, deixando uma grande quantidade de eficiência energética intocada”.
Além disso, o ACEEE lembrou em 2014 que não existem padrões obrigatórios para instalações elétricas em prédios e residências. Embora dotado de corpo técnico capacitado nas universidades, as exigências sobre eficiência energética só se aplicam a poucos equipamentos eletroeletrônicos.
Próximos passos para o Brasil sair do 7X1
No início de fevereiro, o governo criou um comitê especial para estudar as melhores formas de aplicar a eficiência energética diretamente onde somos mais vulneráveis. O objetivo é desenvolver tecnologias que reduzam o consumo industrial e comercial a partir de parcerias com centros de pesquisa de ponta de universidades do país. Da UFRJ, universidade da qual a Fluxo faz parte, participarão o Lafae e o Cepel (Centro de Pesquisas da Eletrobras).
Ainda que atrasada, a adoção de uma postura pró-eficiência corrigirá uma das principais deficiências abordadas no relatório (desenvolvimento de tecnologias e padronização da regulação). Como sugestão adicional, o Brasil se beneficiaria de acordos voluntários entre os setores público e privado para melhorar a eficiência energética na indústria, que incluiriam a criação de cargos específicos para cuidar dessa questão ou o estabelecimento de auditorias periódicas.
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segunda-feira, 21 de março de 2016
http://www.procelinfo.com.br/
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Fonte: O Globo - 17.03.2016
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Leo Martins / Agência O Globo
Rio de Janeiro - Como parte das ações da Semana Mundial do Consumidor, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) lança uma cartilha que explora em detalhes as lâmpadas LED. O guia ensina como tirar todo proveito da nova tecnologia, opção com maior durabilidade, qualidade de iluminação, consumo de energia até 85% menor do que as já existentes no mercado e descarte sustentável.
Regulamentadas pelo Inmetro desde 2015, de acordo com o instituto, as lâmpadas LED estão revolucionando o mercado de iluminação. No entanto, o instituto ressalta que saber comprar o produto adequado para cada cômodo faz toda a diferença, já que há uma grande variedade de modelos no comércio. De forma didática e de fácil entendimento, o guia lista as principais dicas e informações para o consumidor.
As lâmpadas LED passarão a ser comercializadas com a Etiqueta Nacional de Conservação de Energia, na qual o consumidor encontrará informações de capacidade de iluminação e eficiência energética, e um comparativo de consumo com a incandescente e fluorescente compacta.
“A troca das lâmpadas antigas por outras mais eficientes traz resultados que compensam o investimento inicial. Sem falar que o preço das LED já está caindo, com a grande procura”, destaca Alfredo Lobo, diretor de Avaliação da Conformidade.
A cartilha está disponível para download neste link .
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fonte: http://www.procelinfo.com.br/
Assunto: Panorama Nacional
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Rio de Janeiro – Seminário discutiu os resultados alcançados pela COP 21. Participação brasileira durante as negociações foi destacada
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Divulgação
Tiago Reis, para o Procel Info
Rio de Janeiro – Celebrado como histórico, o Acordo de Paris, resultado final da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 21), quebrou uma série de paradigmas e mostrou um caminho a ser seguido para evitar que o aumento da temperatura provoque grandes mudanças climáticas no planeta. Essa foi a conclusão do seminário “O Acordo de Paris”, realizado no último dia quatro de março, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Mediado pela jornalista, Sônia Bridi, o evento contou com a participação de representantes de diversos segmentos da sociedade e do governo, que em dois painéis, avaliaram o resultado da conferência e discutiram propostas que podem ser adotadas nos próximos anos para a ampliação de uma economia de baixo carbono.
A participação brasileira durante as negociações da COP 21 foi destacada como fundamental para que o acordo fosse firmado. Para o embaixador, José Antônio Marcondes de Carvalho, Subsecretário-Geral de Meio Ambiente, Energia, Ciência e Tecnologia do Ministério das Relações Exteriores, e que foi integrante da delegação brasileira que esteve em Paris, a diplomacia brasileira defendeu durante toda a conferência um acordo amplo e equilibrado em que todos os 195 países tivessem o mesmo peso durante as discussões.
“Agora cada país tem um voto igual ao do outro. O que os Estados Unidos decidem terá que ser igual ao que uma pequena ilha no Caribe decide. Cada país terá um papel importante nessa nova agenda do clima, sem a transferência de ônus para os países em desenvolvimento e pequenas nações”, afirmou Marcondes durante o painel "O fim do impasse: a COP21 e um novo momento para o combate à mudança climática". Esse ponto foi destacado pela jornalista Sônia Bridi que afirmou que “quem quebrou o paradigma da participação dos países emergentes nas discussões foi o Brasil”
A COP 21 deixou de buscar problemas para discutir soluções
Presente no mesmo debate, a Ministra do Meio Ambiente, Isabella Teixeira, destacou em sua primeira intervenção que “discutir o clima é trazer o futuro para o presente”. Para ela, o sucesso da participação brasileira na conferência foi possível devido a credibilidade que o país conquistou na área ambiental. Durante a COP 21, o Brasil estabeleceu uma meta considerada ousada de reduzir 37% das emissões de gases de efeito estufa até 2025 e 43%, até 2030. Segundo Teixeira, a agricultura e o setor de energia terão um papel fundamental na redução das emissões. Ela destacou também que pela primeira vez o empresariado, de maneira geral, se mostrou engajado em reduzir as emissões. “Paris deixou de buscar problemas para discutir soluções”, disse a ministra.
Embaixador da França no Brasil, Laurent Bili, agradeceu a atuação dos dois países na busca pelo consenso e ressaltou que Paris reconheceu o protagonismo brasileiro nas questões ambientais.
“A COP 21 inseriu novos atores na definição da agenda do clima. Agora não temos apenas governos, mas também empresas e organizações em busca de uma solução para reduzir o aquecimento global. Podemos dizer que o Acordo de Paris foi a única boa notícia no âmbito internacional no ano de 2015”, destacou Laurent Bili, embaixador da França no Brasil.
Um dos organizadores do evento, o secretário-executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, comemorou o resultado da COP 21. Ele pondera, que mesmo tendo sido decidido que todos os países vão trabalhar para limitar o aquecimento global em no máximo 1,5ºC, essa elevação ainda tem um potencial para causar grandes mudanças climáticas e provocar prejuízos incalculáveis. Entretanto, ele pondera que com o acordo, o mundo agora tem um novo caminho a seguir. “O Acordo de Paris salvou a chance de salvar o Planeta”.
Agricultura e energia
O setor de energia juntamente com a agropecuária são os maiores responsáveis pelas emissões de CO2 no Brasil. Juntos, esses dois setores, são responsáveis por mais de 60% dos gases de efeito estufa no Brasil. Por isso, a estratégia governamental para reduzir as emissões passa por esses dois segmentos. As “Implicações do Acordo de Paris para o Brasil" foi o tema do segundo painel do seminário O Acordo de Paris.
No setor agrícola, o avanço tecnológico e a redução do desmatamento serão duas áreas que terão atenção especial. Para a ministra Isabella Teixeira, a modernização dos processos de produção e a entrada da economia florestal (reflorestamento) no Produto Interno Bruto (PIB) vai servir como grande incentivo para o desenvolvimento da economia de baixo carbono no Brasil. “Logística diferenciada para a produção de alimentos gera uma infraestrutura de baixo carbono”, disse a ministra. Presidente da Sociedade Rural Brasileira, Gustavo Junqueira, acompanha o pensamento da ministra. Junqueira revelou que o agronegócio brasileiro reduziu consideravelmente nos últimos anos a quantidade de emissões de CO2. Entretanto, a pecuária ainda está devendo. Atualmente o setor agrícola é responsável por 37% de todas as emissões do país.
Mas a grande contribuição para o Brasil alcançar a meta definida na COP 21 virá do setor de energia. A redução da utilização dos combustíveis fósseis e o aumento das fontes renováveis serão o foco do governo brasileiro. “Está na nossa INDC (Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas). Além de focar no desmatamento e agricultura, a energia terá uma papel fundamental nessa meta. Nossa matriz energética ficará mais balanceada, com o fóssil, não fóssil, com mais renovável, nuclear e smart grid”, revelou a ministra.
A INDC brasileira prevê aumentar para 24%, até 2030, a participação das fontes das novas renováveis (energia eólica, solar e biomassa) na matriz energética brasileira. Atualmente, essa participação é de 9%, sendo a grande maioria composta pela geração eólica. Para o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, apesar de ousada, essa meta é factível, mesmo no curto prazo. “Temos condições de criar, como no caso da eólica, um parque nacional de produção de painéis solares, que certamente vai reduzir os custos e afastar as incertezas provocadas pela variação cambial. Com isso, teremos um grande estímulo a energia solar nos próximos anos”, disse Tolmasquim, que no mesmo evento confirmou a realização de novos leilões de geração eólica e solar para o segundo semestre de 2016.
Meta brasileira prevê aumentar para 24% a participação das fontes renováveis na matriz energética
A ministra do Meio Ambiente também revelou que durante as reuniões em Paris foram celebradas parcerias com a China, Alemanha e Estados Unidos para investimentos e cooperação tecnológica nas área de energia fotovoltaica e demais fontes renováveis.
Carlos Rittl considera que o setor de renovável, além de reduzir as emissões tem grande potencial de gerar oportunidades de empregos e renda para as populações beneficiadas.
“Brasil tem grandes oportunidades de mitigar CO2. Setor de eólica com 172 parques e a energia solar, com 70 mil empregos estão mostrando isso”, disse Rittl.
O aumento da eficiência energética e elétrica também constam na meta brasileira. O presidente da EPE afirmou que até 2030 o país pretende aumentar em 10% a eficiência do setor elétrico, principalmente com a repotenciação das usinas hidrelétricas. Tolmasquim também revela que as ações de eficiência energética nesse período também vão ajudar o Brasil a reduzir suas emissões, contribuindo para o país ter uma das matrizes mais limpas do mundo. Para ele, a redução do consumo proveniente de ações de combate ao desperdício, vão reduzir a necessidade de aumentar a geração de energia nos próximos anos.
“O Brasil possui uma grande iniciativa na área da eficiência energética, que é o Procel, que vai nos ajudar muito a alcançar a meta de redução das emissões. Essa atuação é muito importante, principalmente com a certificação de equipamentos com alta eficiência, e os programas educacionais, que conscientizam as crianças, que serão os futuros usuários da energia a consumirem que forma mais racional”, ressaltou Tolmasquim.
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sexta-feira, 18 de março de 2016
fonte http://www.greenpeace.org/brasil/pt/Blog/um-vero-global-est-s-no-comeo/blog/55883/
Um verão global está só no começo
Fevereiro bateu novo recorde de temperatura, mostrando que o aquecimento global avança mais rápido do que esperávamos. O Acordo de Paris se faz urgente, mais do que nunca
Este ano teve o fevereiro mais quente já registrado pela humanidade. Vivemos em um planeta 1,35°C mais quente do que a média histórica para esse mês. O último janeiro também foi o mais quente – 1,15°C acima da média histórica para o primeiro mês do ano. Isso não é uma coincidência. Nos últimos anos, recordes de temperatura vêm sendo quebrados sistematicamente. E tudo indica que 2016 será o ano mais quente da História – repetindo o que foi observado em 2014 e 2015.O período que a Nasa utiliza para comparar o crescimento das temperaturas são os anos entre 1951 e 1980. E eles já são 0,3°C mais quente do que o período pré-Revolução Industrial. Ou seja, estamos falando de um planeta que está ficando mais quente e, a própria média de referêcia já é mais quente do que a temperatura por aqui séculos atrás.No final do ano passado, mais de 190 países assinaram o Acordo de Paris e firmaram o compromisso de barrar em 1,5°C o aquecimento global, sendo esse um teto minimamente seguro. Ao que tudo indica, estamos próximos de romper essa barreira, o que nos coloca em uma zona de alto risco.Hoje, 16 de março, é o Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças Climáticas. E é um bom momento para lembrar que, quando falamos em aumento de temperatura, estamos falando de mudanças drásticas no ambiente em que vivemos e direitos humanos para as pessoas que serão afetadas. O derretimento das geleiras e o aumento no nível dos oceanos, que impactarão várias cidades litorâneas – podendo até sumir com algumas delas – são só dois dos muitos efeitos colaterais previstos.No Brasil, o número de desastres naturais relacionados às mudanças climáticas só aumenta. As pesadas chuvas, seguidas de inundação e deslizamentos, que têm atingido diversas cidades são apenas um exemplo dos eventos extremos que veremos se agravarem por aqui com o aquecimento global. Outras consequências graves serão secas mais longas e intensas, e uma ampliação da área de risco para doenças transmitidas por mosquitos como dengue e zika.No próximo dia 22 de abril, os países que estavam na COP 21 devem assinar o Acordo de Paris, em um evento da ONU em Nova York. Assinaturas em papéis, no entanto, não são suficientes para alterar a realidade do nosso planeta. Esses governantes precisam também agir rapidamente para transformar o Acordo em leis e, assim, acelerar a implementação das medidas previstas no documento. O aquecimento do planeta já é um problema urgente, e precisamos agir com mais intensidade para minimizar os impactos que serão sentidos por nós e por outros seres vivos ao redor do mundo.
(*Pedro Telles é da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil)
quinta-feira, 17 de março de 2016
www.procelinfo.com.br/
Fonte: Procel Info - 16.03.2016
Energias Renováveis: O imenso potencial Brasileiro!
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Minas Gerais - O imenso potencial brasileiro para energias renováveis complementares pode ser constatado através dos excelentes níveis de irradiação solar, no caso da energia elétrica fotovoltaica – centralizada ou distribuída -, nas características predominantes dos nossos ventos – constantes e unidirecionais – ao quais proporcionam elevados fatores de produtividade, superiores as médias globais, além da geração de energia associada a biomassa de cana de açúcar, reflorestamentos e resíduos de madeira, bem como dos vários empreendimentos de geração de energia hidráulica de pequeno porte – pequenas centrais hidrelétricas -, distribuídos pelo território brasileiro.
Acrescenta-se todo esse potencial descrito acima, a complementariedade nas mais diversas formas de sazonalidade, entre as múltiplas fontes de geração de energia elétrica e, desde que respeitado os principais básicos de planejamento e as boas práticas de gestão, tem-se um cenário próspero para o sucesso do desenvolvimento de uma matriz elétrica, fundamentado nas fontes de geração de energia renovável, sem esquecer é claro das chamadas fontes de geração convencional, necessária a segurança energética.
Diante deste cenário, torna-se inevitável o progresso das fontes renováveis de energia, aumentando assim a sua participação ao longo do tempo na matriz elétrica, além de ser desejável, pelos seus maiores incentivadores, em função dos inúmeros benefícios auferidos, a favor do desenvolvimento socioeconômico sustentável, dentre os quais se destacam a redução da emissão de gases do efeito estufa, bem como a possibilidade de impedir a remoção de povoados e redução dos possíveis impactos no uso do solo.
As fontes convencionais de geração de energia, na sua média geral, ainda apresentam menores custos que a maioria dos tipos de energias renováveis. Além disso, acrescenta-se o fato do aumento da complexidade na operação do sistema elétrico brasileiro e as mudanças necessárias no modelo de negócios vigente, incluindo o marco regulatório. Em síntese, existem alguns obstáculos a serem superados para que ocorra, com harmonia, uma relevante inserção das fontes renováveis de energia na matriz elétrica brasileira.
Cabe salientar que as fontes convencionais de energia apresentam um ótimo nível competitivo, em função do conhecimento, capacitação e tecnologia desenvolvida ao longo do tempo. Grandes empreendimentos de geração de energia hidráulica e térmica convencional foram realizados, permitindo assim uma relevante evolução tecnológica e econômica na implantação dos mesmos.
Entretanto, a valorização nos tempos atuais, da sustentabilidade com viés socioeconômico, alinhada as questões ambientais, somado a segurança energética em prol da independência de cada país, aliando ainda as novas tecnologias visando o desenvolvimento e inserção das fontes renováveis de energia na matriz elétrica, visualiza-se um cenário propício à quebra do paradigma da economia baseada no carbono e combustíveis fósseis.
Uma característica, intrínseca e comum nas fontes renováveis de energia, merece especial atenção. Todas, sem exceção, não dispõem do seu precioso recurso energético, em tempo integral, ocorrendo uma oscilação na potência e energia fornecida. A falta de garantia, quanto ao fornecimento de energia para o sistema elétrico, cria a necessidade de planejamento para o suprimento através de outra fonte de geração.
Isto exposto, considera-se as fontes eólica e solar, como de alta variabilidade, visto que, de forma brusca, pode ocorrer uma falha deste tipo de fornecimento. Quanto à energia renovável de baixa variabilidade, cuja disponibilidade do recurso energético é mais constante, encontra-se a geração hidráulica de pequeno porte (chamada de PCH) e biomassa. Outra característica da energia renovável consiste no fato de que ela não pode se despachada, pois somente entra em operação quando há disponibilidade do recurso energético.
Entretanto, o baixo nível de emissão de gás do efeito estufa e a menor geração de resíduos, tornam as fontes renováveis de energia em projetos de baixo impacto ambiental e também colaboram na diminuição da dependência externa de um país em relação a necessidade de combustível.
Os impactos causados, no sistema elétrico, pelas fontes de geração de energia renovável, especificamente as consideradas de alta variabilidade – eólica e solar – podem ser reduzidos através do armazenamento de energia, sendo que a tecnologia mais conhecida e econômica consiste na construção de reservatórios de hidrelétricas. Cria-se assim uma relevante dependência do desenvolvimento da fonte eólica e solar com as já conhecidas, principalmente das ONG ambientais, hidrelétricas com reservatórios. Existe outra tecnologia, de menor escala para utilização em pequeno espaço de tempo, chamada de usina hidrelétrica reversível. Além disso, existe outro tipo de armazenamento, em fase preliminar de testes, obtido através de baterias, cujo custo, inevitavelmente, será maior do que as outras duas hipóteses citadas.
Em relação ao sistema distribuído de energia, cujo recurso energético se encontra nos conjuntos residenciais, edifícios comerciais, fábricas e indústrias, o armazenamento de energia constitui em fator de quebra de paradigma no setor elétrico. Neste caso, a energia solar fotovoltaica apresenta um relevante potencial para se tornar viável como uma opção para geração distribuída, reduzindo os respectivos custos de transmissão de energia. Acredita-se que uma intensa reestruturação do setor elétrico no mundo ocorrerá em função do aparecimento de novas tecnologias, que consequentemente reduzirão os custos de implantação.
Políticas regulatórias têm sido homologadas, pelo mundo afora, visando impulsionar os empreendimentos de geração de energia renovável, incentivando assim o seu crescimento e a inserção da matriz elétrica, principalmente, neste momento, em que temas como gestão de mudanças climáticas, redução da dependência de insumos energéticos, segurança energética e crescimento socioeconômico sustentável, adquiriram grande importância global.
O Brasil, com 37% da capacidade instalada da América Latina, destaca-se como líder na geração de energia renovável.
O potencial hidráulico brasileiro é um dos maiores do mundo, chegando a 260 GW, dos quais somente 35% está sendo aproveitado, principalmente na região Sudeste. A geração eólica também se mostra promissora, com um potencial total de 143 GW para torres a uma altura de 50 metros, principalmente nas regiões Nordeste e Sul do Brasil. Se a medição ocorrer a alturas maiores, esse potencial pode chegar a 500 MW, considerando os últimos avanços tecnológicos e a qualidade dos ventos brasileiros [FVG Energia].
O tão conhecimento potencial hidráulico brasileiro é considerado um dos maiores do mundo – cerca de 260 GW – sendo que, até o presente momento, apenas cerca de um terço foi desenvolvido. Embora já se saiba que o país terá enormes dificuldades na viabilização dos empreendimentos hidrelétricos, principalmente na região amazônica, não se pode, simplesmente, descartar os números apresentados. O Brasil se encontra localizado no chamado “cinturão solar do planeta”, onde a pior irradiação apresenta índices superiores às médias mundiais. O potencial atual de geração de energia eólica, no Brasil, já apresenta números bem interessantes – 143 GW com torres de 50 metros de altura –, lembrando que uma previsão para maiores alturas projetam valores da ordem de 500 GW.
Quando o assunto é a geração de energia procedente da biomassa, notadamente através do bagaço da cana-de-açúcar, cabe salientar que o seu potencial é dependente da dinâmica do mercado do açúcar e etanol, a chamada indústria sucroalcooleira, a qual se constitui em fator primordial para o desenvolvimento deste tipo de fonte. O aumento da produção do etanol ocasiona o acréscimo da geração de eletricidade, a partir deste tipo de fonte de energia, estando concentrada a sua produção na região Sudeste e Nordeste.
No tocante ao potencial de geração de energia solar, conforme já relatado, o território nacional, em sua totalidade, apresenta índices de irradiação solar superiores a média mundial. Além disso, o Brasil possui uma série de pequenas centrais hidrelétricas, porém, igualmente as usinas de médio e grande porte, para a viabilização destes empreendimentos precisam ser superados inúmeros obstáculos relativos as questões ambientais.
Outro aspecto fundamental para o desenvolvimento das fontes de geração de energia renovável constitui no desenvolvimento de sua cadeia de produção, sendo que, atualmente, este segmento apresenta o seguinte cenário.
Em relação à indústria eólica, existem no Brasil dois grandes polos produtivos para componentes na região Nordeste e Sul/Sudeste, sendo que boa parte dos componentes utilizados são produzidos no país. A indústria de componentes de termoelétricas a biomassa é quase 100% nacional. A indústria nacional possui fabricantes qualificados a atender, integralmente, todo o mercado interno de PCH. Apenas em relação à energia solar, existe um debate intenso sobre se o Brasil deveria ou não desenvolver a indústria nacional de painéis fotovoltaicos, visto que o Brasil possui uma das maiores reservas mundiais de silício, ou se deveria focar unicamente na montagem e instalação dos módulos. No entanto a produção deste tipo de célula é um processo intensivo em tecnologia, podendo assim não ter vantagem comparativa ou condições de realizar essa etapa [FVG Energia].
Apesar do cenário promissor, têm-se pela frente algumas relevantes pendências que precisam ser equacionadas, da melhor forma possível, para que essa promessa se torne realidade. A primeira consiste no planejamento setorial, cujo cenário é de baixa assertividade em relação ao cumprimento dos prazos de viabilização e execução dos projetos de geração e transmissão de energia. Na sequência, destaca-se o possível esgotamento do modelo de financiamento via BNDES. E por último, o consequente aumento dos custos de geração de energia elétrica, em função das dificuldades de se obter um financiamento com condições e taxas atrativas.
Finalmente, nesta mensagem final se vislumbra, independente do cenário atual macroeconômico e político, a continuidade da viabilização de novos projetos de geração de energia elétrica - renovável ou convencional - em maior ou menor velocidade, seja pelas virtudes já constatadas, através do potencial existente no país, ou pelas deficiências que acompanham o setor elétrico brasileiro, ao longo do tempo, aliado ao longo prazo de maturação ou viabilização deste tipo de empreendimento.
* Arnaldo Feitosa, Doutorando com Mestrado Internacional em Gestão Empresarial ISCTE Business School. Graduado em Engenharia Civil; 20 anos de experiência em Gestão Empresarial, Planejamento Estratégico e Mercados de Energia.
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