O Monitor Mundial:
Questões Energéticas
O Monitor Mundial de Questões Energéticas é baseado em uma pesquisa anual, compreendendo 41 questões em quatro categorias:
Riscos macroeconômicos, geopolítica, ambiente de negócios e visão e tecnologia energética.
A pesquisa é completada por ministros, executivos-chefe e principais especialistas em quase 90 países que fazem parte da rede do Conselho Mundial de Energia. O monitor 2017 é baseado em insights de mais de 1300 líderes energéticos de 90 países.
Os dados para o 2017 World Energy Issues Monitor são introduzidos e normalizados utilizando software estatístico A fim de permitir comparações directas entre regiões e para diferentes anos. Os dados são normalizados
Pela média para dar uma ponderação central e desvios padrão para dar a propagação. O resultado
Monitores são então mais contextualizados pelas análises do Conselho Gerentes, comitês nacionais e suas redes nacionais mais amplas. O produto resultante é utilizado Como um relatório, um monitor interativo (www.worldenergy.org/data) para resultados personalizados e para Apresentações em reuniões e eventos.
Capítulo dedicado ao Brasil
Em 2016, as incertezas existentes nas agendas
dos líderes de energia:
1) Riscos com eventos Climáticos Extremos motivados por 'El
Niño',
2) O crescimento das Energias Renováveis,
3) Continuação dos baixos preços de commodities
4) Alta dos preços da eletricidade
com geração da hidrelétrica em queda,
5) Eficiência Energética com baixo desempenho e
6) Corrupção destacada pelo avanço das Investigações e resultados da operação Lava Jato.
A demanda total de energia para 2016 deverá diminuir em
1,5-2,5% em relação a 2015, como conseqüência do declínio da atividade económica (previsão de -3,4% do
PIB em 2016). O setor industrial (-4,1%) e comercial (-1,6%) apresentaram queda no consumo de
eletricidade no ano corrente.
Em Setembro / 2016 registou-se igualmente uma quebra de
produtos petrolíferos, com -1,9% no consumo total, -2,1% Diesel e + 2,9% na
gasolina, devido a redução da atividade
industriais e de transporte. Entretanto, a produção de petróleo bruto
aumentou em média 1,7% nos últimos 12 meses (novembro / 15 a outubro / 16), o
que é esperado para reduzir a dependência externa do Brasil da energia.
A previsão de crescimento econômico para 2017 é de 0,8%, de
acordo com uma pesquisa do Banco Central (Focus Report), o que deverá conduzir
a um aumento do consumo de energia
Para o ano em curso, não se espera que problemas críticos
impeçam este crescimento, uma vez que novas fontes deverão entrar em operação,
na ordem de 17,8 GW, com 89% de renováveis de acordo com as previsões da ANEEL
(Agência Nacional de Energia Elétrica).
Em relação às perspectivas de investimento, a orientação
governamental do presidente Temer é melhorar o ambiente no sector da energia,
aumentando a atratividade dos investidores do setor privado.
Tanto a Petrobras no setor de petróleo como as empresas de
energia elétrica estão altamente endividadas. Portanto, um revisão das carteiras corporativas está em andamento, com
possibilidades de muitas fusões e aquisições de operações. Nesse sentido, algumas iniciativas têm sido
desenvolvidas nos últimos meses,como a mudança no marco regulatório para a exploração e produção
de petróleo e gás natural,Pre-Sal, que foi sancionado pelo Presidente Temer em 29 de
novembro de 2016. De acordo com esta modificação, a Petrobras deixará de ser a única
empresa operacional no Pré-sal. Em cada lance, a Petrobras terá a opção de participar ou não, dependendo de
sua avaliação e de acordo com seus Interesses comerciais. No quadro normativo anterior, a
Petrobras foi obrigada a participar de todas as operações do Pré-sal com uma participação mínima de 30%
.
Eventos meteorológicos extremos
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) antecipa a
recuperação de reservatórios hidrelétricos em 2017, de acordo com informações
de seu diretor-geral Luiz Eduardo Barata, divulgado pela Reuters em 27 de
outubro, o que significa que o Brasil estará mais preparado para enfrentar as
condições climáticas extremas nos próximos meses. As hidrelétricas do Sudeste,
que concentram os maiores reservatórios, deverão ser 40-50% em novembro de
2017, o que seria quase o dobro dos 27% esperados para o mesmo período deste
ano. De acordo com o diretor-geral do ONS, espera-se que as barragens se
recuperem de um período úmido próximo da média histórica no Sudeste e no Sul,
embora sinais sejam que a severa seca no Nordeste deve continuar.
"Os sinais que o clima está dando é que nós devemos ter
um verão (com chuvas) em torno d a média no Sudeste e no Sul. Para o Nordeste
não deveríamos ter mudanças ", disse Barata. E se espera a
recuperação dos reservatórios do
Sudeste, o ONS poderá optar por termoelétricas, que têm uma geração mais cara
"Isso. O que queremos são tarifas mais baratas com segurança energética
", disse ele.
As usinas hidrelétricas do Sudeste representam atualmente
35% da capacidade. As usinas fecharam Novembro de 2015 com 27,5%, enquanto em
2014 o mês terminou com 16% de armazenamento nas barragens da região.
Energia renovável
Hidrelétricas, apresentam expectativa positiva para 2017:
crescimento da geração instalada
e aumento dos níveis de reservatório das plantas na região
Sudeste, o que deve resultar em um aumento da geração em 2017, quando comparado
com os níveis alcançados em 2015 e 2016.
Com relação à expansão da energia eólica, o Brasil acaba de
chegar aos 10 GW distribuídos em 400 parques e mais de 5.200 aerogeradores. Em termos comparativos , a hidrelétrica de Belo Monte tem uma capacidade de pouco mais de 11 GW. Em
2015, a energia eólica foi a que mais cresceu na matriz elétrica brasileira,
representando 39,3% da expansão, seguida de hidrelétricas (35,1%) e energia termoelétrica (25,6%).
Em termos mundiais, o Brasil tem se destacado. De acordo com
o GWEC - Conselho Global de Energia Mundial, o Brasil foi o quarto maior país de energia eólica do mundo em 2015,
considerando a capacidade instalada da China, Estados Unidos e Alemanha. Em termos percentuais, foi
o maior país em crescimento no mundo. De acordo com o "Brasil e
Boletim Mundial de Energia Eólica - Base 2015", Divulgado pelo Ministério de Minas e Energia em agosto de
2016, o Brasil subiu sete posições no últimos dois anos, ocupando o oitavo lugar na geração.
Atualmente, a energia eólica representa 7% da matriz de
geração de capacidade instalada no Brasil.
Considerando contratos já assinados, o país atingirá 2020
com mais de 18 GW e
com potencial de crescer ainda mais. Para um país como o
Brasil, com tantos recursos naturais abundantes e um dos melhores ventos do mundo (fator de capacidade médio
de 38%, contra a média mundial Indicador de 24%), este é um caminho não só natural, mas
também estratégico, para investir para expandir a energia eólica.
A energia eólica tem um papel muito importante para ajudar a
alcançar os objetivos do Brasil na COP21,
O impacto ambiental é muito baixo e a operação é praticamente
nula.
A situação favorável da indústria eólica pode ser explicada
pela excelente qualidade do ventos brasileiros e também pelo forte investimento das
empresas que nos últimos cinco anos
Foi montada uma cadeia produtiva nacional para sustentar os
compromissos assumidos e o enorme crescimento potencial desta fonte de energia.
Os principais fabricantes de turbinas eólicas, lâminas, torres grandes
componentes são instalados no Brasil, produzindo e contratando. Além disso,
dezenas de empresas brasileiras foram criadas ou começaram a se dedicar a
oferecer componentes para cadeia produtiva.
Energia solar
Quanto à expansão das usinas de energia solar no Brasil, ela
ainda está em fase de incentivos. A redução da carga tributária do setor de
energia solar está sendo discutida a nível governamental.em diversos fóruns.
Outro ponto para alavancar as plantas da área fotovoltaica,
de acordo com o presidente da
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica
(ABSOLAR), Rodrigo Lopes Sauaia, seria pelo menos dois leilões por ano de energia de reserva
específica para a energia fotovoltaica
E que esses contratos passem dos atuais 20 anos para 25 ou
30 anos, o que ajudaria a reduzir o preço da energia solar fornecida ao
governo.
Preços de combustível
Em 2016, a Petrobras iniciou uma nova política de preços
para os produtos derivados do petróleo, visando. A nova política de preços previu ajustes pelo menos
uma vez por mês, a partir de outubro até dezembro de 2016 em alguns produtos petrolíferos, como o
diesel, gasolina e gás de petróleo liquefeito,
Preços alterados para baixo ou para cima, devido à taxa de
câmbio.
Preços combustíveis
Esta nova política de preços de combustíveis no Brasil
representa uma mudança de paradigma em relação à adotada nos últimos anos. Quando os preços domésticos dos produtos petrolíferos e do
gás natural não estavam alinhados com os preços
Mercado, geravam enormes subsídios e perdas de receita para
a Petrobras, especialmente quando os preços ultrapassaram US $ 100,00 / barril.
Preços da eletricidade
Os preços da eletricidade em 2016 estão aumentando perto dos
níveis de inflação. Até setembro, em comparação com o mesmo período de 2015. as tarifas no setor residencial
aumentaram em média 9,6% e no no setor industrial, 9,4%.
Em 2017, com maior participação da geração hidrelétrica no
fornecimento de energia, a necessidade de termo-geração de gás
natural será menor, fatores que fazem com que os preços se comportem
ao nível da inflação em 2017, ou mesmo com uma pequena diminuição.
Comentário CO2Energia:
A adversidade climática está alterando esse planejamento. Por segurança energética , o governo brasileiro deu início a operação das térmicas, fato que já propiciou o acionamento das bandeiras tarifárias em março ( amarela ) e abril ( vermelha). A perspectiva é que até outubro, a bandeira seja vermelha
.
Comentário CO2Energia:
A adversidade climática está alterando esse planejamento. Por segurança energética , o governo brasileiro deu início a operação das térmicas, fato que já propiciou o acionamento das bandeiras tarifárias em março ( amarela ) e abril ( vermelha). A perspectiva é que até outubro, a bandeira seja vermelha
.
Eficiência energética
As iniciativas de eficiência energética no Brasil são
coordenadas por dois programas institucionais: PROCEL (Programa Nacional de Conservação de Energia
Elétrica) e CONPET: Programa de Racionalização do Uso dos derivados de petróleo e do gás natural). Ambos são gerenciados pelo O Ministério de Minas e Energia.
O PROCEL visa promover a eficiência energética através de
ações de combate ao desperdício de energia elétrica, além de incentivar ações de redução do consumo.Criado há mais de 30 anos, o PROCEL
obteve resultados significativos.
Em 2015, foi responsável por economizar mais de 11 bilhões
de kWh, ou aproximadamente 2,5% consumo elétrico.
Em 03 de maio de 2016, foi aprovada a Lei 13.280, reforçando
a alocação de recursos ao PROCEL, que passou a beneficiar em 20% os recursos que os
distribuidores de electricidade devem investir em Eficiência Energética. Com base nos recursos alocados pelos
distribuidores nos últimos anos, a lei pode direcionar ao PROCEL para aproximadamente R $ 100
milhões por ano. A nova lei também cria a Comitê de Gestão de Eficiência (CGEE) e atribui à Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) a competência para definir o cronograma de coleta e
a forma de pagamento dos recursos que devem ser investido no PROCEL.
Em relação ao CONPET, atua na eficiência energética da
rotulagem de equipamentos (fogões e aquecedores) e veículos leves, qualidade de combustível, educação através
de publicações em escolas e transporte.. Quanto aos veículos pesados, tem como objetivo
promover maior eficiência no uso de óleo diesel em ônibus e caminhões. Além da economia de combustível, há uma redução na fumaça preta e nos gases associados ao aquecimento
global. As ações do programa são desenvolvidas através de parcerias com sindicatos e federações de
transportadores, estadual e municipal, secretarias de ambiente, refinarias, terminais de abastecimento, postos de combustível e área de
engenharia da Petrobras. Como o PROCEL, estes parceiros são cruciais para assegurar o cumprimento dos objetivos do CONPET,
Corrupção
As investigações e resultados da operação Lava Jato
começaram em 2014 e já resultaram em detenção de vários executivos de empresas de serviços, da
Petrobras e de políticos importantes. Infelizmente, as incertezas políticas
relacionadas com a corrupção continuam
e podem ter impactos negativos em 2017, à medida que
novas revelações são avaliadas e julgadas pela operação Lava Jato. A expectativa da sociedade civil brasileira é
que as instituições continuem a exercer o seu pleno desempenho e que a operação Lava Jato consiga êxito no combate a corrupção.
Comentário CO2Energia
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte, determinou a abertura de inquéritos contra oito ministros do governo do presidente Michel Temer, além de 24 senadores e 39 deputados federais.
Os inquéritos foram abertos mediante pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base nas delações dos 78 executivos e ex-executivos do grupo Odebrecht. Também serão investigados no Supremo um ministro do Tribunal de Contas da União, três governadores e 23 outros políticos e autoridades que, apesar de não terem direito ao chamado foro privilegiado, estão relacionadas aos fatos narrados pelos colaboradores.
Comentário CO2Energia
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte, determinou a abertura de inquéritos contra oito ministros do governo do presidente Michel Temer, além de 24 senadores e 39 deputados federais.
Os inquéritos foram abertos mediante pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, com base nas delações dos 78 executivos e ex-executivos do grupo Odebrecht. Também serão investigados no Supremo um ministro do Tribunal de Contas da União, três governadores e 23 outros políticos e autoridades que, apesar de não terem direito ao chamado foro privilegiado, estão relacionadas aos fatos narrados pelos colaboradores.