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terça-feira, 17 de outubro de 2017




Centros de Energia de Baixo Carbono

Pesquisa colaborativa com a indústria e o governo em áreas-chave da tecnologia para lidar com as mudanças climáticas
Fonte: http://energy.mit.edu/lcec/

Nas próximas décadas, espera-se que a demanda global de energia aumente dramaticamente , impulsionada pelo crescimento populacional mundial e pelo aumento do padrão de vida no mundo em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) devem ser drasticamente reduzidas para evitar os piores efeitos das mudanças climáticas. Dirigir-se a este duplo desafio requer ação simultânea em múltiplas frentes de tecnologia e política, o que, por sua vez, exige uma colaboração ampla e sustentada entre as partes interessadas da academia, da indústria, do governo e das comunidades filantrópicas e de ONGs.
Reconhecendo isso, a iniciativa MIT Energy Initiative (MITEI) lançou uma série de centros de pesquisa focados em enfrentar os desafios energéticos mais urgentes do mundo de todos os ângulos possíveis. Os Centros de Energia de Baixo Carbonoempregam um modelo exclusivamente inclusivo que atrai parceiros de muitos setores para desenvolver soluções implantáveis ​​que possam atender às necessidades energéticas globais de forma sustentável. Cada Centro trabalha para avançar a pesquisa em uma área de tecnologia específica. Estas áreas são: captura, utilização e armazenamento de carbono; sistemas de energia elétrica; biosciência da energia; armazenamento de energia; materiais em energia e ambientes extremos; sistemas avançados de energia nuclear ; fusão nuclear; e energia solar.
Os Centros foram anunciados pela primeira vez em outubro de 2015 como um elemento central do Plano de Ação sobre Mudanças Climáticas do Instituto .
Coletivamente, o propósito dos Centros é:
  • Convocar membros de um conjunto diversificado de empresas globais, entidades governamentais e outras organizações para identificar as necessidades de pesquisa mais urgentes do mundo real em cada uma das suas áreas de energia com baixo carbono;
  • Promover a colaboração entre e entre os membros e os pesquisadores do MIT unidos por um desejo comum de avançar caminhos específicos de tecnologia de energia com baixa emissão de carbono;
  • Desenhe conexões entre e entre os pesquisadores do MIT de uma variedade de disciplinas cujo trabalho pode avançar na pesquisa ao longo desses caminhos;
  • Aproveitar os conhecimentos dos membros do Centro sobre questões de mercado e políticas e levar esses conhecimentos a conceitos e tecnologias desenvolvidas no laboratório;
  • Sintetizar o conhecimento dentro de cada Centro através do diálogo contínuo entre pesquisadores e membros;
  • Divulgar insights , descobertas e recomendações aos membros e à sociedade, informando orientações de P & D, bem como debates de políticas públicas e esforços de design; e, finalmente,
  • Acelerar o avanço de tecnologias e soluções em cada área de energia com baixa emissão de carbono - muito mais rapidamente do que poderia ser alcançado por qualquer entidade que trabalhasse sozinha.

VANTAGEM DO MIT

Ao longo da última década, o Instituto, através do MITEI, trabalhou lado a lado com um grupo diversificado de partes interessadas da indústria, do governo e dos setores filantrópico e de ONGs para enfrentar importantes desafios energéticos e climáticos. Graças às nossas colaborações estreitas com esses parceiros, o MIT desenvolveu uma profundidade incomparável e ampla experiência em uma ampla gama de disciplinas críticas para o avanço da inovação relacionada à energia.
Aproximadamente 30% da faculdade do MIT trabalha com o MITEI em temas de energia e clima, e o MITEI ajudou a canalizar mais de US $ 600 milhões em contribuições para pesquisa e educação relacionadas à energia - grande parte do que contribuiu para o desenvolvimento e implantação de energia de baixa emissão de carbono tecnologias e aumentar a eficiência dos sistemas de energia convencionais. Como resultado, o MIT está em posição única para impulsionar importantes iniciativas nessas áreas.
O MITEI também possui um histórico significativo de trabalho em países em desenvolvimento - nomeadamente através do seu Centro Tata de Tecnologia e Design, que se aproxima dos desafios das comunidades com recursos limitados. Como o crescimento absoluto e relativo do uso de energia e as emissões de GEE serão dominados pelo mundo em desenvolvimento nas próximas décadas, nossa capacidade de encontrar soluções que funcionem lá é crucial. O MIT oferece conhecimentos muito necessários para enfrentar os desafios únicos de energia e clima do mundo em desenvolvimento, caracterizados pelo rápido crescimento da demanda e pela sensibilidade ao custo severo, bem como pela liderança comprovada em forjar os tipos de parcerias de pesquisa internacionais necessárias para mover a agulha em uma base global escala.

ESTRUTURA DOS CENTROS DE ENERGIA DE BAIXO CARBONO DO MIT ENERGY INITIATIVE

Os Centros de Energia de Baixo Carbono combinam a abordagem comprovada do consórcio do MIT com programas de pesquisa adaptados que equipam o corpo docente do MIT com membros do Centro. No campus, esses Centros buscam se concentrar e amplificar a pesquisa de energia inovadora do Instituto, promovendo a colaboração interdisciplinar e inspirando novas orientações de pesquisa em benefício da sociedade. MITEI traz professores e alunos juntos de todos os Centros sob um guarda-chuva administrativo compartilhado para garantir que os recursos sejam usados ​​de forma eficiente para o máximo de impacto do mundo real.
À medida que o MITEI desenvolveu um recorde de cultivo de colaborações entre a indústria, a academia e o governo para avançar a pesquisa, aprendemos que a incerteza é um dos maiores inibidores do progresso. Para abordar e mitigar as incertezas inerentes a um ambiente de mercado e regulamentar em constante mudança, cada Centro de Energia de Baixo Carbono é apoiado por uma equipe dedicada de pesquisa focada em monitoramento, rastreamento e relatórios sobre a evolução do desempenho e potencial econômico das tecnologias emergentes. Esta equipe fornece orientação e definição para o espaço de oportunidade que cada Centro está explorando.
Os co-diretores da Faculdade liderarão cada Centro com o apoio de um Comitê Diretor da Faculdade e um Comitê Consultivo dedicado, composto pelo comitê de direção e representantes de cada um dos membros do Centro. Com a contribuição desses comitês, os diretores estabelecem grandes temas de pesquisa, criam um portfólio de projetos - dos avanços necessários na ciência básica para inovações implantáveis ​​na engenharia - e avaliações de políticas e tecnologia de comissões focadas em mover sistemas de energia com baixa emissão de carbono para o uso diário.

Economia de Energia no Horário de Verão é Possível?


Fonte: http://leonardo-energy.org.br


Em 15 de outubro, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país adiantaram o relógio em uma hora devido ao horário de verão. Com esta ação, estima-se que nos 234 municípios da área de concessão da CPFL Paulista haja uma economia de energia aproximada de 41,3 mil MWh de energia elétrica, sendo o suficiente para abastecer 17,2 mil famílias por um ano com um consumo mensal de 200 kWh.
Um fator informado pela empresa é que além da economia no consumo de energia, outro ganho está na diminuição dos riscos de sobrecarga no sistema elétrico no horário de pico (entre 18h e 21h).
O horário de pico ainda é o mesmo?


Na verdade, o padrão de consumo do brasileiro se modificou nesses últimos anos, alterando também os antigos horários de pico.
De acordo com a pesquisadora da FGV Energia Mariana Weiss, devido à presença de aparelhos de ar condicionado nas casas brasileiras, houve uma alteração no horário de pico de gasto de energia ele´trica que passou a ser das 10h as 17h, momento em que a temperatura tende a ser mais elevada.
Ainda no ano de 2017 o horário diferenciado foi efetivado devido à situação critica nos reservatórios das usinas hidrelétricas, porém ainda existem controvérsias com relação à economia gerada por esta ação.
Conforme publicado na revista exame, para Celio Bermann, coordenador do programa de pós-graduação em energia da USP e presidente da Sociedade Brasileira de Planejamento Energético, o deslocamento de uma hora não traduz em uma economia de energia expressiva. “O horário de verão não resolve o problema dos dois horários de pico, e isso diminui a importância de sua adoção no Brasil”, diz.
O que deve ser feito
Para que o horário de verão seja realmente eficaz e tenha os resultados de economia de energia esperados, os cidadãos brasileiros devem rever os seus hábitos de consumo e incentivar os mais jovens a economizar energia, fazendo com que a redução do consumo não ficasse somente restrita ao horário de verão.



sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Célula solar orgânica gera corrente alternada diretamente



Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br/






O segredo da célula solar de corrente alternada está na ordenação dos spins dos elétrons. [Imagem: Luis Hueso]


Eletrodos magnéticos
Uma equipe da Alemanha, China e Espanha desenvolveu uma célula solar que usa materiais magnéticos como eletrodos para produzir a corrente elétrica de saída.
É uma técnica inédita que ajudou a elevar a eficiência da célula solar orgânica em 14% e ainda trouxe uma melhoria inesperada: a geração direta de corrente alternada.
"O dispositivo é simplesmente uma célula fotovoltaica fabricada de um material orgânico - fulereno C60 - equipada com eletrodos magnéticos de cobalto e níquel," detalhou o professor Luis Hueso, da Fundação Basca de Ciências.
Os eletrodos magnéticos produzem corrente com uma propriedade adicional conhecida como "corrente de spin", na qual os elétrons têm todos o mesmo momento angular.
fulereno C60, também conhecido como buckyball, é uma molécula oca em forma de bola com 60 átomos de carbono.
A combinação de ambos não é coincidência, uma vez que o fulereno é um material fotovoltaico que permite controlar a direção do spin, o que por sua vez aumenta a eficiência da célula solar porque a torna capaz de gerar uma corrente maior. Como Hueso explica, "os spins das células solares comuns são 'desordenados', mas graças ao magnetismo conseguimos ordená-los para que uma maior corrente possa ser coletada".
Estrutura da célula solar orgânica que gera corrente alternada. [Imagem: Xiangnan Sun et al. - 10.1126/science.aan5348]


A outra vantagem verificada na nova célula solar foi mais inesperada: ela é capaz de gerar corrente alternada diretamente. Hoje, os painéis solares geram corrente contínua, que deve ser transformada em corrente alternada para sua inserção na rede elétrica. Além de equipamentos adicionais, o processo consome uma parte da energia gerada.
"A reversão da corrente ocorre na própria célula solar quando os elétrons criados pela luz interagem com os contatos magnéticos, cujos spins foram ordenados," explicou Hueso.
Ainda há trabalho a fazer, sobretudo porque outros materiais orgânicos já demonstraram uma eficiência maior do que os fulerenos para fazer a ordenação de spins. É nisso que a equipe pretende trabalhar a seguir, de forma a conseguir células solares de corrente alternada com a maior eficiência possível.

Bibliografia:

A molecular spin-photovoltaic device
Xiangnan Sun, Saül Vélez, Ainhoa Atxabal, Amilcar Bedoya-Pinto, Subir Parui, Xiangwei Zhu, Roger Llopis, Fèlix Casanova, Luis E. Hueso
Science
Vol.: 357 (6352), 677-680
DOI: 10.1126/science.aan5348

Volks lança caminhão elétrico com participação da Eletra


fonte: www.eletrabus.com.br/2017/10/11/volks-lanca-caminhao-eletrico-na-alemanha-com-tecnologia-eletra/






A Volkswagen fez nesta quarta-feira (11/10), na Alemanha, o lançamento mundial de seu primeiro caminhão totalmente elétrico, com participação do sistema de tração da Eletra.
O e-Delivery foi apresentado em Hamburgo pela Volkswagen Truck And Bus, durante o Innovation Day, evento de tecnologia de transportes promovido pela empresa.
“O e-Delivery representa um marco na história da Volkswagem Caminhões e Ônibus” – disse Roberto Cortes, CEO da Man Latin America, a divisão latino-americana da Volks para veículos pesados.
“É uma plataforma totalmente nova, desenvolvida no Brasil, na busca de alternativas de mobilidade nas cidades. O e-Delivery insere definitivamente a engenharia brasileira na rota global de tecnologia”.

ORGULHO

Iêda de Oliveira, gerente comercial e principal executiva da Eletra, afirmou que o lançamento marca um momento de afirmação e maturidade da tecnologia concebida na fábrica de São Bernardo do Campo.
“Desenvolver, em tempo recorde, o power train de tração elétrica para o novo modelo da Volkswagen Caminhões e Ônibus foi um desafio e uma grande satisfação”.
“Além do excelente resultado, houve total sintonia entre as engenharias, deixando as equipes envolvidas orgulhosas e empolgadas para novos desafios” – acrescentou Iêda.
A Eletra é uma empresa 100% nacional, especializada em fabricar ônibus elétricos puros, híbridos e trólebus, com diversas configurações.

MOTORES WEG

Além da tecnologia de tração da Eletra,  o e-Delivery foi produzido com o novo motor elétrico AL 160, da WEG, empresa brasileira que é referência mundial na fabricação de propulsores elétricos.
A opção pela tecnologia brasileira deveu-se à decisão da Volks Truck And Bus de desenvolver um produto compatível com as condições operacionais dos mercados emergentes.
O novo caminhão foi concebido como um veículo leve de carga (VUC), para uso nas grandes cidades, com autonomia de 200 km e duas opções de capacidade (nove e 11 toneladas).
O trem de força (power train) desenvolvido pela Eletra, com transmissão Allison, permite ao motor WEG AL 160 gerar até 109 cv de potência (80 kW).
O conjunto foi desenvolvido para possibilitar o trânsito do veículo em diferentes condições.
O e-Delivery pode, por exemplo, dar partidas em rampas com inclinação de até 25 graus e subir em ruas de até 30 graus.
O veículo foi produzido na fábrica da Man Latin America em Resende, no Rio de Janeiro, e enviado já pronto para Hamburgo.

FREIO REGENERATIVO

As baterias são de íon-lítio LiFePO4, que possibilitam recargas rápidas de até 30% da capacidade em 15 minutos, ao longo da rota do veículo, ou recargas longas de 100%, em três horas, com carregadores modelo CCS.
O e-Delivery incorpora também algumas das virtudes do sistema de tração Eletra já consagradas em seus modelos de ônibus elétricos.
Uma delas é o freio regenerativo, que possibilita uma recuperação de até 30% da energia da bateria, antes mesmo do acionamento do freio mecânico das rodas.
Ao mesmo tempo, o sistema Eco Drive Mode permite economizar energia por meio da modulação do consumo das baterias de acordo com o peso e as condições da carga.
Os sistema de ar condicionado e as bombas de água e direção também funcionam com motores elétricos, porém independentes do sistema de tração.
O resultado, segundo a Volks, é um veículo leve, versátil, silencioso e com emissão zero de gases do efeito estufa.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) - 2026





O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE) é um documento informativo voltado para toda a sociedade, bem como aos agentes e investidores, com uma indicação, e não determinação, das perspectivas de expansão futura do setor de energia sob a ótica do Governo. Tal expansão é analisada a partir de uma visão integrada para os diversos energéticos, além da energia elétrica, no horizonte de 10 anos. Para agentes e investidores, o PDE facilita o acesso à informação relevante para a tomada de decisões.
O PDE também é instrumento de comunicação e apoio ao planejamento do setor de energia para identificar e investigar as estratégias indicativas para a expansão da oferta de energia nos próximos anos e as sinergias entre os setores, com benefícios em termos de aumento de confiabilidade, redução de custos de produção e redução de impactos ambientais.

O PDE é construído com base nas dimensões mais importantes associadas ao planejamento energético: econômica, estratégica e social.
Na dimensão econômica, o PDE visa apresentar a visão das necessidades energéticas sob a ótica do planejamento para permitir o desenvolvimento da economia nacional e, por conseguinte, a competitividade do País. Na dimensão estratégica, os estudos do PDE destacam o melhor aproveitamento dos recursos energéticos nacionais, dentro de uma visão de médio e longo prazo e encorajando a integração regional. Por fim, na dimensão social, a expansão da oferta de energia deve ser feita com acesso a toda população brasileira, e considerando seriamente os aspectos socioambientais.

Nesse sentido, são elementos típicos do PDE:

 Análise da segurança energética do sistema;
 Balanço de oferta e demanda de garantia física;
 Disponibilidade de combustíveis, em particular do gás natural;
 Cronograma dos estudos de inventário de novas bacias hidrográficas; e
 Recursos e necessidades identificados pelo planejador para o atendimento à demanda.

O PDE é construído sob hipóteses pré-definidas e os desafios envolvidos na construção dessas são muitos e complexos. Adicionalmente, o plano precisa ser ancorado em critérios coerentes para a elaboração de uma estratégia de expansão, mantendo-se a compatibilidade com o marco regulatório vigente .

Reconhece-se a incerteza envolvida em qualquer visão de futuro, especialmente no atual momento da quadro nacional. Dessa forma, o PDE não deve ser lido como um plano estático que determina o que vai acontecer, justamente pelas incertezas envolvidas no processo de planejamento.

Mantidas todas as hipóteses descritas nas premissas, a expansão resultante considerando o Cenário de Mercado Alternativo leva a um aumento na capacidade instalada do SIN de 14.000 MW aproximadamente no fim do horizonte decenal, em relação ao Cenário de Referência. O Gráfico 39 (abaixo)  apresenta a respectiva expansão da oferta indicativa.Essa expansão requer investimentos estimados em geração da ordem de R$ 231,8 bilhões no período de 2020 a 2026, para a parcela indicativa.



Análise Socioambiental

A análise socioambiental do PDE 2026 é orientada pelo conceito de sustentabilidade, considerando questões associadas à minimização dos impactos socioambientais na produção, geração e transmissão de energia e às discussões em âmbito nacional e internacional sobre mudança do clima.
Com base na expansão prevista no PDE 2026 é feita uma análise socioambiental integrada, que visa uma avaliação qualitativa das principais interferências da expansão sobre as sensibilidades socioambientais mais representativas das regiões brasileiras, por meio de temas socioambientais.
Como resultado, a análise indica quais desses temas são os temas prioritários para a gestão ambiental do setor. Essa abordagem permite antecipar questões socioambientais importantes e que podem representar riscos para a expansão, inclusive no processo de licenciamento ambiental, bem como vislumbrar oportunidades relacionadas à expansão prevista.
É também elaborada uma análise das emissões de gases de efeito estufa (GEE), decorrentes da oferta de energia adotada, cuja apreciação dos resultados toma por referência as negociações internacionais sobre mudança do clima e os compromissos assumidos pelo país.
Destaca-se que, como subsídio à análise socioambiental integrada, é feita uma análise socioambiental de cada fonte energética, cujo resultado pode ser visto na Nota Técnica “Análise socioambiental das fontes energéticas do PDE 2026”.





sábado, 7 de outubro de 2017

As implicações dos direitos humanos da transição de energia renovável



Fonte:www.bsr.org/en/our-insights/blog-view/human-rights-implications-of-the-renewable-energy-transition

Resultado de imagem para logo bsr

P/: Roberta Pinamonti  Gerente, BSR lidera o engajamento com  empresas de energia e serviços públicos na Europa através de sua experiência e liderança de pensamento sobre os desafios e tendências de sustentabilidade em toda a cadeia de valor do setor.


Em 2015, a Amnesty International e o Greenpeace lançaram uma declaração conjunta convidando os governos das reuniões da UNFCCC a mudar urgentemente a eliminação de combustíveis fósseis através de uma transição para 100% de energia renovável em todo o mundo até 2050. O que considero notável e especial sobre esse anúncio em torno do global as negociações sobre o clima são o fato de que ele enquadra a transição de energia como um passo necessário para a proteção dos direitos humanos.
Já começamos a experimentar os efeitos negativos das mudanças climáticas, que afetam desproporcionalmente as comunidades vulneráveis . Para as pessoas em todo o mundo, mas esses grupos em particular, as mudanças climáticas podem afetar uma ampla gama de direitos humanos, incluindo saúde, acesso a água limpa, alimentos, saneamento e outras necessidades humanas básicas. Do ponto de vista dos direitos humanos, o movimento das energias renováveis ​​não poderia ser mais bem-vindo - ou mais urgente.
A transformação liderada por renováveis ​​que a Agência Internacional de Energia descreve no último lançamento do World Energy Outlook nos dá uma esperança cautelosa de que estamos no caminho certo para mudar opções de energia mais limpas. Especificamente, sugere que a transição de energia renovável está em andamento, como evidenciado por um aumento projetado na participação das energias renováveis ​​no mix global de geração de eletricidade de mais de 23% em 2015 para quase 28% em 2021. Além disso, os investimentos em energia eólica e solar terrestre , que representam tecnologias rápidas e rápidas de energia renovável, parecem consistentes com o objetivo global de limitar o aumento de temperatura para 2 ° C.
Essa "corrida de renováveis" também é exemplificada por promessas e anúncios negativos de nações do mundo desenvolvido e em desenvolvimento:
  • A Alemanha conseguiu atender a 78 por cento da demanda diária de eletricidade de fontes renováveis.
  • A Dinamarca obteve 42 por cento de sua eletricidade a partir de turbinas eólicas em 2015 e pretende ser 100% livre de combustível fóssil até 2050.
  • As energias renováveis ​​forneceram 99% da eletricidade da Costa Rica em 2015.
  • A Nicarágua visa 90% de energia renovável até 2020.
  • A China anunciou a intenção de gastar mais de US $ 360 bilhões até 2020 em fontes de energia renováveis, como a energia solar e o vento.
  • A Nigéria atinge 30% de energia renovável até 2030.
No entanto, enquanto mantemos o ritmo dessa transição limpa, consideramos adequadamente as implicações sociais e de direitos humanos?
Por exemplo, as depossessions de terras de povos indígenas continuam sendo uma questão importante para projetos de energia renovável em territórios com comunidades indígenas, independentemente da escala do projeto. Por exemplo, se um parque eólico fosse colocado em terras indígenas sem o consentimento apropriado, isso poderia prejudicar os meios de subsistência, inclusive, por exemplo, bloqueando o acesso aos alimentos, se a terra fosse usada anteriormente para a agricultura local.
Se os cenários recentes do World Energy Outlook devem ser acreditados, podemos esperar que a interseção entre direitos humanos e energia renovável se torne cada vez mais relevante em nosso futuro próximo. Como disse o ex-Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Mary Robinson , "é importante ter consciência de que nem todas as ações que são boas para o planeta são automaticamente boas para as pessoas. Exigimos uma transição justa em que os direitos humanos informem todas as ações climáticas ".
Isto significa que, a nível macro, as políticas energéticas devem ser concebidas de forma a que os compromissos, os co-benefícios e as prioridades concorrentes sejam considerados no contexto da segurança energética, dos objectivos climáticos e dos direitos humanos das partes interessadas, incluindo comunidades locais e trabalhadores.
Em um nível micro, os projetos de energia renovável precisam ser projetados, financiados, construídos e integrados em sistemas de energia com especial atenção aos direitos humanos em contextos frágeis onde comunidades vulneráveis ​​estão presentes.
Felizmente, os desenvolvedores do projeto renováveis, que tendem a ser pequenos e dinâmica roupas empresa, nos fornecer alguns exemplos positivos de efetivo envolvimento da comunidade e de consulta e os programas de investimento na comunidade , incluindo a propriedade comunitária de projetos . Os atores globais da energia que investem em energias renováveis ​​também estão prestando atenção aos direitos humanos, por exemplo, através do estabelecimento de políticas de direitos humanos e de cada vez mais integrando considerações sociais e ambientais nas decisões de investimento em energia.
Se olharmos para além disso, por exemplo, no setor de engenharia e construção , podemos encontrar exemplos de ação da empresa em direitos humanos que mostram que o setor de infra-estrutura está buscando abordar seus desafios de direitos humanos de forma colaborativa. Essas tendências - e um apelo à inclusão dos direitos humanos na agenda das energias renováveis ​​- são bem capturados em um estudo recente do Centro de Recursos Empresariais e de Direitos Humanos.  
Gostaríamos de convidá-lo, as empresas envolvidas neste bem-vindo "corrida de renováveis", para fazer parte dessa tendência integrando a agenda de direitos humanos em suas práticas comerciais.
Para ajudá-lo a determinar quais os direitos humanos são particularmente relevantes para você e sua empresa, produzimos um guia de direitos humanos e de negócios para o setor de energia e serviços públicos que aborda os dez principais desafios de direitos humanos do setor, bem como idéias para impactos positivos em direitos humanos e riscos emergentes que você deveria estar ciente. Nós encorajamos você a lê-lo, e gostaríamos de ouvir seus pensamentos sobre o que a incorporação de direitos humanos na transição para a energia renovável será semelhante.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017



BASF e bse Engineering assinam acordo de desenvolvimento para transformar o CO2 e a corrente em excesso em metanol



Fonte:www.maxpress.com.br










Novo processo, economicamente viável, de unidades de produção descentralizadas e de pequena escala, permite a transformação em energia química armazenável

• BASF fornecerá à bse Engineering catalisadores feitos sob medida e adaptados para este novo processo


• Parceria ajudará a introduzir um processo sustentável de uso do CO2 e da sobrecorrente
A BASF e a bse Engineering celebraram um acordo exclusivo de desenvolvimento conjunto para que a BASF forneça catalisadores, feitos sob medida, para um novo processo de armazenamento de energia química. Este processo, economicamente viável, permitirá a transformação da corrente em excesso e do CO2 off gas em metanol para armazenamento de energia química em unidades de produção de pequena escala descentralizadas.
A geração de corrente a partir de fontes de energia renovável, como usinas eólicas ou de energia solar, gera uma sobrecorrente em períodos que os clientes não necessitam. Normalmente, é difícil conseguir utilizar a corrente em excesso no momento em que ela é gerada. Seu uso efetivo é essencial para que a produção de energia a partir de fontes renováveis seja economicamente viável.
Algumas plantas de produção industrial, como metalúrgicas, incineradoras ou usinas a carvão, geram CO2. A redução deste gás, promotor do efeito estufa, é um dos principais objetivos definidos no Acordo de Paris sobre Mudança do Clima de 2015.
O novo processo, desenvolvido pela bse Engineering, permite o uso sustentável da sobrecorrente e do CO2, por meio de unidades de pequena escala, descentralizadas, construídas nos locais onde os dois componentes são gerados, ou seja, perto de centrais elétricas que usam fontes renováveis de energia e grandes fábricas industriais que produzem CO2. A corrente em excesso será usada para produzir hidrogênio por meio de eletrólise descontínua. Em um segundo passo, acontece a produção do metanol, a partir do CO2 e do hidrogênio, o que valoriza a corrente em excesso e o CO2 da corrente off gas.

No segundo processo, os catalisadores da BASF serão usados para a síntese de metanol. Os catalisadores foram calibrados e adaptados para este processo específico, para uma produção mais eficiente de metanol. O metanol é um dos produtos químicos básicos mais importantes usados em diversas aplicações industriais. Por exemplo, em alguns países ele é misturado ao diesel ou à gasolina.
“Estamos felizes por participar deste empolgante empreendimento, contribuindo de maneira relevante para uma solução concreta utilizando a sobrecorrente e CO2 como matérias-primas”, afirma Adrian Steinmetz, vice-presidente de Catalisadores Químicos da BASF. “Aproveitaremos nosso know-how e expertise sobre catalisadores para desenvolver uma resposta sustentável utilizando novas fontes de energia e CO2 como material”.

“A cooperação entre a BASF e a bse Engineering é outro exemplo de nossa colaboração frutífera com empresas de engenharia e manufaturas. Assim, contribuímos com nosso know-how único, como líder mundial na produção de catalisadores, para facilitar os novos processos e as tecnologias inovadoras de amanhã”, considera Detlef Ruff, vice-presidente sênior de Catalisadores de Processo da BASF.
“Depois de passar quatro anos desenvolvendo o conceito global do processo, estamos prontos para entrar na fase de licenciamento e logo começaremos a construção das primeiras usinas”, afirma Christian Schweitzer, diretor executivo da Bse Engineering. “A implantação desse processo tem a garantia de marcas líderes internacionais das respectivas unidades de serviço e peças, por meio de um consórcio composto pela Aker Solutions ASA, Sulzer Chemtech AG, InfraServ GmbH & Co. Knapsack KG, sob a liderança da bse Engineering. Temos muito orgulho de trabalhar com uma empresa líder, experiente e inovadora como a BASF no aperfeiçoamento dos catalisadores de alta tecnologia, transformando nossa visão em realidade”.
Sobre a bse Engineering
Segundo o lema de “Mais Soluções - Menos Construções”, a BSE ENGINEERING LEIPZIG GMBH incrementa o benefício de seus clientes com medidas organizacionais, logísticas, econômicas, normativas e - não só - de construção, alinhadas individualmente. Visamos uma parceria duradoura com nossos clientes, como organizadora de fábricas. E com a cooperação com freelancers e parceiros comerciais, podemos ajustar nossas competências e capacidades para atender às demandas de nossos clientes. www.bse-engineering.eu.

Sobre a Divisão de Catalisadores da BASF
A divisão de Catalisadores da BASF é a fornecedora líder mundial de catalisadores ambientais e de processo. O grupo oferece expertise excepcional no desenvolvimento de tecnologias que protegem o ar que respiramos, produz os combustíveis que alimentam o mundo e garante a produção eficiente de uma grande variedade de químicos, plásticos e outros produtos, inclusive materiais avançados de bateria. Aproveitando a nossa liderança na indústria nas plataformas P&D, a paixão pela inovação e conhecimento profundo de metais preciosos e de base, a divisão de Catalisadores da BASF desenvolve soluções únicas e proprietárias que impulsionam o sucesso do cliente. Informações sobre a divisão de Catalisadores da BASF disponíveis em www.catalysts.basf.com.
Sobre a BASF
Na BASF nós transformamos a química para um futuro sustentável. Nós combinamos o sucesso econômico com proteção ambiental e responsabilidade social. O Grupo BASF conta com aproximadamente 114 mil colaboradores que trabalham para contribuir com o sucesso de nossos clientes em quase todos os setores e países do mundo. Nosso portfólio é organizado em cinco segmentos: Químicos, Produtos de Performance, Materiais e Soluções Funcionais, Soluções para Agricultura e Petróleo e Gás. A BASF gerou vendas de cerca de € 58 bilhões em 2016. As ações da BASF são comercializadas no mercado de ações de Frankfurt (BAS), Londres (BFA) e Zurich (BAS). Para mais informações, acesse: www.basf.com.