Economia de Energia no Horário de Verão é Possível?
Fonte: http://leonardo-energy.org.br
Em 15 de outubro, as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país adiantaram o relógio em uma hora devido ao horário de verão. Com esta ação, estima-se que nos 234 municípios da área de concessão da CPFL Paulista haja uma economia de energia aproximada de 41,3 mil MWh de energia elétrica, sendo o suficiente para abastecer 17,2 mil famílias por um ano com um consumo mensal de 200 kWh.
Um fator informado pela empresa é que além da economia no consumo de energia, outro ganho está na diminuição dos riscos de sobrecarga no sistema elétrico no horário de pico (entre 18h e 21h).
O horário de pico ainda é o mesmo?
Na verdade, o padrão de consumo do brasileiro se modificou nesses últimos anos, alterando também os antigos horários de pico.
De acordo com a pesquisadora da FGV Energia Mariana Weiss, devido à presença de aparelhos de ar condicionado nas casas brasileiras, houve uma alteração no horário de pico de gasto de energia ele´trica que passou a ser das 10h as 17h, momento em que a temperatura tende a ser mais elevada.
Ainda no ano de 2017 o horário diferenciado foi efetivado devido à situação critica nos reservatórios das usinas hidrelétricas, porém ainda existem controvérsias com relação à economia gerada por esta ação.
Conforme publicado na revista exame, para Celio Bermann, coordenador do programa de pós-graduação em energia da USP e presidente da Sociedade Brasileira de Planejamento Energético, o deslocamento de uma hora não traduz em uma economia de energia expressiva. “O horário de verão não resolve o problema dos dois horários de pico, e isso diminui a importância de sua adoção no Brasil”, diz.
O que deve ser feito
Para que o horário de verão seja realmente eficaz e tenha os resultados de economia de energia esperados, os cidadãos brasileiros devem rever os seus hábitos de consumo e incentivar os mais jovens a economizar energia, fazendo com que a redução do consumo não ficasse somente restrita ao horário de verão.