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quarta-feira, 31 de julho de 2019

Solar e eólica terão 51% da matriz elétrica brasileira em 2050

Projeção da Bloomberg New Energy Finance é que país saia de uma parque gerador de 159 GW para 325 GW no período



Por Lívia Neves



Hidrelétricas devem ter sua participação na matriz elétrica brasileira reduzida de 63% da capacidade total em 2018 para apenas 33% até 2050, projeta a Bloomberg New Energy Finanace. Por outro lado, solar deve sair de 2% em 2018 para 38% da capacidade instalada no Brasil em 2050. Eólica chegará a ter 15% da matriz em 2030, de 9% em 2018, e terá uma ligeira queda na participação para 13% em 2050. As fontes combinadas terão 51% da matriz no horizonte projetado pela empresa de pesquisa, adicionando em média 5,6 GW ao ano no período.

Ao todo, o parque gerador do país deve sair de 159 GW instalados para 325 GW instalados no período. A Bloomberg NEF projeta ainda que a demanda seguirá um ritmo de crescimento de 1,1% ao ano, em média, saindo de 606 TWh em 2018 para 861 TWh até meados do século.

Só de energia solar distribuída, o país deve acumular 24 GW em 2030, chegando a 70 GW até 2050 – mais de um terço dos novos 166 GW projetados. Altas tarifárias, recursos solares robustos, queda e custos dos sistemas fotovoltaicos e melhor acesso a capital, combinados, motivarão o rápido acesso dos consumidores à tecnologia.

O gás terá também um crescimento estável na matriz, pelo menos até meados da década de 2020, enxerga a Bloomberg NEF. Até lá, deve adicionar 6 GW ao ano, em média. Mas até 2050, a modelagem usada pela empresa de pesquisa aponta que cerca de 16 GW serão desligados. Para a companhia, fontes não renováveis de geração sairão de uma parcela de 17% da capacidade instalada em 2018 para apenas 2% em 2050.

Os dados do país, compartilhado com a Brasil Energia, fazem parte do New Energy Oulook 2019, um estudo mais amplo da companhia que compara o custo nivelado de energia (LCOE) de diferentes fontes. Neste ano, o relatório mostra que atualmente, em aproximadamente dois terços do mundo, solar e eólica representam as opções mais baratas para expandir a capacidade de geração de energia elétrica. A projeção é que solar e eólica tenham uma participação de 48% na matriz global de geração.


O vento e a energia solar são agora mais baratos em mais de dois terços do mundo. Em 2030, eles cortam carvão e gás em quase todos os lugares.