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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Empresa lança consórcio para microgeração solar em Pernambuco

Blue Sun aposta na modalidade de cotas em usinas de microgeração, buscando ganho de escala

Fonte:http://brasilenergia.editorabrasilenergia.com

Por Lívia Neves






A empresa pernambucana Blue Sun Brasil lançou nesta semana o programa Bandeira Azul, com objetivo de comercializar 100 MW até meados de 2018. A ideia é explorar a opção de microgeração remota de energia e as modalidades criadas a partir da resolução 687 de 2015, como a formação de consórcios, em modelos semelhantes a participações societárias, para investimento em usinas de até 5 MW. 
O plano é ter já no primeiro trimestre de 2018 três usinas em funcionamento. As primeiras usinas serão implantadas nos municípios de Arcoverde, Gravatá e Floresta, localizadas no interior de Pernambuco. Já as cidades de Itaíba e Santa Cruz receberão a segunda parte do projeto.
Cada cidade deve receber, no mínimo, cinco usinas solares. O investimento inicial será de R$ 200 milhões da Blue Sun, aplicado em infraestrutura, tecnologia e mão de obra, e R$ 400 milhões de fundos de financiamento e banco, para equipamentos.
O programa tem apoio do projeto PE Solar do Governo de Pernambuco com articulações internacionais do Programa Noronha Carbono Neutro da Secretaria de Meio Ambiente do Estado.
Como funciona
Os consumidores interessados em aderir ao programa devem adquirir uma cota nas usinas, pagando a partir de R$ 2 mil, se tornando um dos proprietários do empreendimento. A empresa aposta no ganho de escala conquistado com a construção de usinas maiores, que atenderão múltiplos clientes. Este modelo também pode ser conhecido como condomínio solar, nos moldes do que fez a Prátil (atual Enel X).
Os consumidores pagarão, no lugar da conta de energia, valores mensais para arcar com o parcelamento da usina, que deverá gerar o suficiente para compensar o consumo das unidades. Isso deve proteger os consumidores de aumentos nas tarifas de energia, inclusive aqueles ocasionados pelo acionamento de bandeiras tarifárias.
Na assinatura do contrato, o cliente pagará uma adesão que já irá custear o projeto da usina no terreno arrendado, equivalente ao valor que será pago nas parcelas seguintes. As mensalidades, no entanto, devem começar a ser pagas apenas após o início do fornecimento da energia contratada.
Portabilidade
O programa  prevê a possibilidade de que o consumidor retire sua parte na usina, após o fim do contrato assinado, desde que o novo local de instalação fique na mesma área de concessão da distribuidora, no caso, a Celpe. Outra opção é permanecer com a usina no local e pagar apenas a taxa administrativa, equivalente a 5% da energia produzida.
De acordo com o presidente da companhia, Leonardo Leão, a ideia é expandir o modelo para alem de Pernambuco. “Já estamos em negociação em outras regiões. Vamos levar esse modelo de negócio para todo o país”, afirma.