ENERGIA LIMPA ESTÁ EM MOMENTO IRREVERSÍVEL, DIZ OBAMA
Fonte:http://www.procelinfo.com.br/
Estados Unidos - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que elegeu o combate às mudanças climáticas como uma prioridade, especialmente em seu segundo mandato, publicou nesta segunda-feira (9) um artigo defendendo o “momento irreversível da energia limpa”.
O tema foi central na política climática de Obama, que estabeleceu metas para a redução de gases de efeito estufa nas usinas termoelétricas ao mesmo tempo em que trouxe incentivos para a geração de energia limpa, como eólica e solar. Mas Plano de Energia Limpa está na lista de políticas do democrata que podem ser desmontadas pelo presidente eleito Donald Trump, que assume no próximo dia 20.
Em seu artigo na revista Science, Obama pede que as questões políticas sejam colocadas de lado e que evidências econômicas e científicas sejam levadas em consideração. Ele, então, enumera quatro razões, recheadas de números, pelas quais ele diz acreditar que a economia em torno da energia limpa vai continuar e que as oportunidades para aproveitar essa tendência só vão crescer.
* Economia cresce, emissões caem
“Os Estados Unidos estão mostrando que a necessária mitigação de gases de efeito estufa não entram em conflito com o crescimento econômico. Ao contrário, pode impulsionar eficiência, produtividade e inovação”, escreve Obama.
Segundo o democrata, as emissões de CO2 do setor de energia caíram 9,5% de 2008 a 2015, enquanto a economia cresceu 10% no período. Ele destacou também avanços em eficiência energética. A quantidade de energia consumida para a produção de US$ 1 do Produto Interno Bruto caiu quase 11% no período, diz, ao passo que a quantidade de CO2 emitido por unidade de energia consumida caiu 8% e a quantidade do gás de efeito estufa emitido por dólar do PIB reduziu 18%.
“Esta ‘dissociação’ das emissões do setor energético e do crescimento econômico deveria pôr fim ao argumento de que o combate às alterações climáticas exige a aceitação de um menor crescimento ou de um nível de vida mais baixo”, afirma, rebatendo o principal argumento de Trump para não lidar com a questão.
Por outro lado, lembra, “qualquer estratégia econômica que ignore a poluição por carbono irá impor grandes custos à economia global e resultará em menos empregos e menor crescimento econômico a longo prazo”. O democrata cita estimativas de que um aquecimento de 4°C sobre os níveis pré-industriais pode levar a danos econômicos equivalentes a 1% a 5% do PIB global por ano até 2100, de US $ 340 bilhões a US$ 690 bilhões anualmente.
* Redução das emissões no setor privado
“Além do caso macroeconômico, as empresas estão chegando à conclusão de que a redução de emissões não é apenas boa para o meio ambiente, mas também pode aumentar os lucros, reduzir os custos para os consumidores e oferecer retornos para os acionistas”, continua Obama.
Ele destaca várias empresas americanas que reduziram o desperdício de energia para economizar dinheiro e investir em outras áreas de seus negócios. Esforços que, em última instância, contribuem para a criação de empregos.
* Forças de mercado no setor elétrico
A terceira razão listada por Obama é a mudança que ocorreu no setor de energia elétrica, que começou em 2008 a substituir o carvão por gás natural em grande parte por conta das forças do mercado. Em 2008, o gás respondia por 21% da geração de energia, hoje por 33%. O combustível, apesar de também ser fóssil e emitir gases de efeito estufa, tem bem menos carbono que o carvão e é mais barato.
“Como o custo da nova geração de eletricidade usando gás natural deverá permanecer baixo em relação ao carvão, é improvável que as concessionárias mudem de rumos e optem por construir usinas de carvão, o que seria mais caro do que as usinas de gás natural, independentemente de mudanças de longo prazo na política federal”, escreve, em referência à promessa de Trump de desmantelar o Plano de Energia Limpa.
O presidente lembra também que os custos de eletricidade renovável tiveram uma queda dramática entre 2008 e 2015 – 41% na eólica e 54% para telhados solares –, o que teria motivado movimentos como o do Google, que anunciou no mês passado que pretende alcançar 100% de suas operações usando energia renovável em 2017. Ou do Walmart, que diz ter a mesma meta para os próximos anos.
* Momento global
Por fim, Obama destaca o impulso global no campo de energia limpa, que estava faltando há pouco tempo atrás, e que foi possível graças ao Acordo de Paris, obtido em 2015, quando as nações concordaram que todos os países deveriam apresentar políticas climáticas inteligentes.
“É um bom negócio e uma boa economia liderar uma revolução tecnológica e definir as tendências do mercado”, conclui. “A mais recente ciência e economia fornecem um guia útil para o que o futuro pode trazer.”
* Economia cresce, emissões caem
“Os Estados Unidos estão mostrando que a necessária mitigação de gases de efeito estufa não entram em conflito com o crescimento econômico. Ao contrário, pode impulsionar eficiência, produtividade e inovação”, escreve Obama.
Segundo o democrata, as emissões de CO2 do setor de energia caíram 9,5% de 2008 a 2015, enquanto a economia cresceu 10% no período. Ele destacou também avanços em eficiência energética. A quantidade de energia consumida para a produção de US$ 1 do Produto Interno Bruto caiu quase 11% no período, diz, ao passo que a quantidade de CO2 emitido por unidade de energia consumida caiu 8% e a quantidade do gás de efeito estufa emitido por dólar do PIB reduziu 18%.
“Esta ‘dissociação’ das emissões do setor energético e do crescimento econômico deveria pôr fim ao argumento de que o combate às alterações climáticas exige a aceitação de um menor crescimento ou de um nível de vida mais baixo”, afirma, rebatendo o principal argumento de Trump para não lidar com a questão.
Por outro lado, lembra, “qualquer estratégia econômica que ignore a poluição por carbono irá impor grandes custos à economia global e resultará em menos empregos e menor crescimento econômico a longo prazo”. O democrata cita estimativas de que um aquecimento de 4°C sobre os níveis pré-industriais pode levar a danos econômicos equivalentes a 1% a 5% do PIB global por ano até 2100, de US $ 340 bilhões a US$ 690 bilhões anualmente.
* Redução das emissões no setor privado
“Além do caso macroeconômico, as empresas estão chegando à conclusão de que a redução de emissões não é apenas boa para o meio ambiente, mas também pode aumentar os lucros, reduzir os custos para os consumidores e oferecer retornos para os acionistas”, continua Obama.
Ele destaca várias empresas americanas que reduziram o desperdício de energia para economizar dinheiro e investir em outras áreas de seus negócios. Esforços que, em última instância, contribuem para a criação de empregos.
* Forças de mercado no setor elétrico
A terceira razão listada por Obama é a mudança que ocorreu no setor de energia elétrica, que começou em 2008 a substituir o carvão por gás natural em grande parte por conta das forças do mercado. Em 2008, o gás respondia por 21% da geração de energia, hoje por 33%. O combustível, apesar de também ser fóssil e emitir gases de efeito estufa, tem bem menos carbono que o carvão e é mais barato.
“Como o custo da nova geração de eletricidade usando gás natural deverá permanecer baixo em relação ao carvão, é improvável que as concessionárias mudem de rumos e optem por construir usinas de carvão, o que seria mais caro do que as usinas de gás natural, independentemente de mudanças de longo prazo na política federal”, escreve, em referência à promessa de Trump de desmantelar o Plano de Energia Limpa.
O presidente lembra também que os custos de eletricidade renovável tiveram uma queda dramática entre 2008 e 2015 – 41% na eólica e 54% para telhados solares –, o que teria motivado movimentos como o do Google, que anunciou no mês passado que pretende alcançar 100% de suas operações usando energia renovável em 2017. Ou do Walmart, que diz ter a mesma meta para os próximos anos.
* Momento global
Por fim, Obama destaca o impulso global no campo de energia limpa, que estava faltando há pouco tempo atrás, e que foi possível graças ao Acordo de Paris, obtido em 2015, quando as nações concordaram que todos os países deveriam apresentar políticas climáticas inteligentes.
“É um bom negócio e uma boa economia liderar uma revolução tecnológica e definir as tendências do mercado”, conclui. “A mais recente ciência e economia fornecem um guia útil para o que o futuro pode trazer.”