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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Conversão de calor em luz dobra eficiência de células solares

Energia da luz e do calor
Engenheiros japoneses desenvolveram uma nova tecnologia para capturar energia luminosa que permite aproveitar uma faixa bem mais ampla do espectro eletromagnético do que simplesmente a luz visível.
"As células solares atuais não são boas em converter a luz visível em energia elétrica. A melhor eficiência é de apenas 20%," explica o professor Takashi Asano, da Universidade de Quioto, que está desenvolvendo novas tecnologias ópticas para melhorar a produção de energia.
A ideia é aproveitar outras fontes emissoras de radiação eletromagnética: a queima de combustíveis e outras fontes de calor, por exemplo, que também emitem luz nas diversas faixas do infravermelho.
Convertendo energia do calor
Temperaturas mais altas emitem luz em comprimentos de onda mais curtos, razão pela qual a chama de um queimador de gás mudará do vermelho para o azul à medida que o calor aumentar. Mais calor oferece mais energia, tornando os comprimentos de onda curtos um alvo importante para o projeto de células solares mais eficientes.
"O problema", continua Asano, "é que o calor dissipa luz em todos os comprimentos de onda, mas uma célula solar só vai funcionar em uma faixa estreita. Para resolver isto, nós construímos um novo semicondutor nanométrico que estreita a largura de banda dos [diversos] comprimentos de onda para concentrar a energia."
Para que o calor emita luz visível - o fogo que você vê, por exemplo - são necessárias temperaturas a partir de 1000° C. Felizmente, o silício tem uma temperatura de fusão superior a 1400° C, o que significa que ele pode lidar bem com esta situação e gerar a luz que será finalmente transformada em eletricidade pela célula solar.
Asano e seus alunos entalharam placas de silício para criar uma série de hastes idênticas e igualmente espaçadas. A altura, o diâmetro e o espaçamento das hastes são determinados pela largura de banda que se pretende capturar. Em outras palavras, esses cilindros determinam a emissividade do componente, ou seja os comprimentos de onda que ele emitirá quando for aquecido.
Célula termossolar
Usando este material, a equipe mostrou que seu semicondutor dobra a taxa de conversão de energia das células solares, elevando-a para pelo menos 40%.
"Nossa tecnologia tem dois benefícios importantes," acrescentou o professor Sussumu Noda. "Em primeiro lugar, é a eficiência energética: podemos converter o calor em eletricidade muito mais eficientemente do que antes. Em segundo lugar, é o projeto: podemos agora criar transdutores muito menores e mais robustos, o que será benéfico em uma ampla gama de aplicações."
Bibliografia:

Near-infrared-to-visible highly selective thermal emitters based on an intrinsic semiconductor
Takashi Asano, Masahiro Suemitsu, Kohei Hashimoto, Menaka De Zoysa, Tatsuya Shibahara, Tatsunori Tsutsumi, Susumu Noda
Science Advances
Vol.: 2, no. 12, e1600499
DOI: 10.1126/sciadv.1600499

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

A indústria de energia solar emprega mais pessoas do que a de petróleo, carvão e gás juntas nos EUA

Fonte:engenhariae.com.br/meio-ambiente/a-industria-de-energia-solar-emprega-mais-pessoas-do-que-a-de-petroleo-carvao-e-gas-juntas-nos-eua/








O segundo relatório anual dos EUA sobre Energia e Emprego (USEER em inglês) do Departamento de Energia dos EUA (DOE em inglês) mostrou que em 2016, a energia solar empregava mais pessoas do que o tradicional carvão, gás e petróleo juntos.
“Proporcionalmente, o emprego solar é responsável pela maior parcela de trabalhadores no setor de geração de energia elétrica”, diz o relatório, divulgado em 13 de janeiro. Isto é em grande parte devido à construção relacionada à construção significativa de usinas e placas solares em residências e indústrias, para geração solar.
No setor de geração de energia elétrica, o relatório descobriu que a energia solar empregou 374 mil pessoas no ano de 2016, o que representa 43% do número de trabalho do setor, enquanto os combustíveis fósseis tradicionais combinados empregavam 187.117, perfazendo 22% do número de trabalho.
(Imagem: Departamento de energia dos EUA)

Energia verde viu um impulso como os dados mostraram e os empregos de eficiência energética aumentou de 133.000 para um total de 2,2 milhões. Desde 2015, o emprego na indústria solar aumentou 25%, somando 73 mil novos empregos, enquanto o emprego de energia eólica teve um aumento de 32%, tornando-se a terceira maior força de trabalho no setor de geração de energia elétrica, empregando 100 mil pessoas.
O relatório também mostrou uma tendência ascendente nos empregos de eficiência energética em outras indústrias. Os dados mostraram que cerca de 32 por cento da indústria de construção dos EUA estava trabalhando em projetos de energia ou construção de energia eficiente. Dos 2,4 milhões de pessoas que trabalham na indústria de veículos motorizados, o relatório identificou 260 mil postos de trabalho de veículos de combustível alternativo, um aumento de 69 mil postos de trabalho no último ano.
O USEER também pesquisou empregadores de energia em todo os EUA para obter uma previsão de crescimento do emprego projetado em 2017. Os resultados previram um aumento na contratação em muitas indústrias no setor de energia, empregadores de eficiência energética projetando a maior taxa de crescimento nos próximos 12 meses, Sugerindo um aumento de 9 por cento em todo o setor, ou cerca de 200.000 postos de trabalho. O setor de combustíveis, por outro lado, prevê um declínio de 3% durante 2017.
“Este relatório verifica o papel dinâmico que nossas tecnologias e infraestrutura de energia desempenham em uma economia do século XXI”, disse em um comunicado de Washington o assessor sênior de Política Industrial e Econômica do DOE, David Foster. “Seja produzindo gás natural ou energia solar a preços cada vez mais baixos ou reduzindo nosso consumo de energia através de redes inteligentes e veículos eficientes em termos de combustível, a inovação energética está se provando como o principal mecanismo de crescimento econômico na América”.

Depois de 5 anos consecutivos de seca, Nordeste está à beira do colapso




Praticamente todos os estados do Nordeste estão com graus avançados de severidade de seca: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e parte de Alagoas estão com secas excepcionais
Fonte: http://www.redebrasilatual.com.br/

Nos últimos cem anos nunca houve uma sequência de cinco anos com tão pouca chuva na região Nordeste
Os cinco anos consecutivos de seca no Nordeste brasileiro são explicados pela presença do El Niño e pela não ocorrência do fenômeno climático La Niña, que "favorece bastante a ocorrência de chuvas" na região, diz David Ferran em entrevista por telefone à IHU On-Line. Segundo ele, a não ocorrência do fenômeno se deve a "uma condição de neutralidade no Oceano Pacífico" e de uma "configuração das temperaturas do Oceano Atlântico tropical".
De acordo com o meteorologista, nos últimos cem anos "nunca houve uma sequência de cinco anos com tão pouca chuva", e apesar do quadro atual, ainda não há como saber "se esses períodos de seca continuarão ou não com essa intensidade". A "previsão" para o próximo ano, frisa, "é de que o Oceano Pacífico esteja com mais de 60% e 70% de chances de estar em neutralidade, ou seja, a expectativa é de que não ocorra o El Niño, nem a La Niña". Diante desse cenário, explica, "tudo pode acontecer, isto é, as chances de ter seca são iguais as chances de se ter um período chuvoso".
Na entrevista a seguir, David Ferran menciona ainda que "praticamente todos os estados do Nordeste estão com graus avançados de severidade de seca: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e parte de Alagoas estão com secas excepcionais, e todas as demais regiões enfrentam essa seca em maior ou menor grau de severidade". Mesmo que comece a chover daqui para frente, diz, "os reservatórios só serão reabastecidos em março. Isto é, a chance de acontecer um colapso por falta de abastecimento de água em áreas urbanas, com mais de um milhão de habitantes, é bastante significativa".
David Ferran é graduado em Meteorologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e mestre em Geociências pela Universidade de São Paulo. Atualmente é pesquisador da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos.
Confira a entrevista.
Quais são os fatores climáticos que explicam os últimos cinco anos de seca consecutiva em parte do Nordeste brasileiro?
O último ano chuvoso no Nordeste foi 2011, quando ocorreu o evento La Niña, que favorece bastante a ocorrência de chuvas no estado do Ceará. Já nos anos de 2012, 2013 e 2014, durante o período chuvoso principal, que se estende de fevereiro a maio, não ocorreu o fenômeno La Niña, porque houve uma condição de neutralidade no Oceano Pacífico, ou seja, a redução das chuvas, nesses três anos, foi consequência da configuração das temperaturas do Oceano Atlântico Tropical. Nos anos de 2015 e 2016, já havia a presença do El Niño, que, conhecidamente, tende a reduzir as chuvas no estado do Ceará e em grande parte do Nordeste.
Uma análise que realizamos demonstra que de 1910 até o ano de 2016, nunca, no estado de Ceará, houve uma sequência de cinco anos com tão pouca chuva. Entre 1979 e 1983 há registros de cinco anos seguidos de pouca chuva, mas nesses cinco anos foram registrados 566 milímetros de chuva. Já no período recente, de 2012 a 2016, foram registrados apenas 516 milímetros de chuva. Ou seja, nesses últimos 100 anos nunca tínhamos passado por um sequência de cinco anos com tão pouca chuva no Ceará e em grande parte do Nordeste também.
Há uma previsão ou estudo sobre a continuidade desse fenômeno de seca para os próximos anos?
Não existe nenhum estudo que indique se esses períodos de seca continuarão ou não nessa intensidade. Para o ano de 2017, no período chuvoso principal – de fevereiro a maio –, a previsão é de que o Oceano Pacífico esteja com mais de 60% e 70% de chances de estar em neutralidade, ou seja, a expectativa é de que não ocorra o El Niño nem a La Niña. E em anos de Oceano Pacífico neutro, durante o período chuvoso principal, tudo pode acontecer, isto é, as chances de ter seca são iguais as chances de ser chuvoso.
De 1950 até hoje, em anos de Pacífico normal, nesse período de fevereiro a maio, ocorreram 12 anos de seca, 13 anos de períodos chuvosos e 13 anos do que consideramos um estágio normal, ou seja, nessas últimas décadas houve tanto secas quanto períodos chuvosos e, por conta disso, não conseguimos fazer uma previsão em função da neutralidade prevista no Oceano Pacífico durante o período chuvoso principal.
É possível associar esses períodos de seca extrema às mudanças climáticas?
Não se pode provar que sim, mas também não se pode dizer que não. Na realidade, nenhuma das duas hipóteses pode ser afirmada com 100% de certeza, pode-se estar associado à mudança climática, mas não tem como confirmar isso; precisariam mais estudos para dizer se isso está associado à mudança climática ou não.
Pode nos dar um panorama da situação dos estados atingidos pela seca no Nordeste? Quais são os estados que enfrentam uma situação mais crítica?
Segundo o Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas – ANA, praticamente todos os estados do Nordeste estão com graus avançados de severidade de seca: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e parte de Alagoas estão com secas excepcionais, e todas as demais regiões enfrentam essa seca em maior ou menor grau de severidade. Esse fenômeno é decorrente dessa sequência de cinco anos de seca.
Quando ocorre só um ano de seca, os médios e grandes açudes conseguem segurar os níveis de água, mas quando há uma sequência de secas por repetidos anos, os grandes açudes não conseguem suportar essa variação de chuva reduzida, e ficam com pouca água. O estado do Ceará como um todo está com menos de 8% de água acumulada nessa época do ano e, talvez, se chover, os reservatórios só serão reabastecidos em março. Isto é, a chance de acontecer um colapso por falta de abastecimento de água em áreas urbanas, com mais de um milhão de habitantes, é bastante significativa.
Há risco de aumentar o desabastecimento de água para o consumo humano ainda neste ano?
Várias cidades – centenas – já estão sem abastecimento, tanto no estado do Ceará, como em outros estados, como Paraíba e Rio Grande do Norte. Em algumas cidades o abastecimento está sendo feito pelos caminhões-pipa. Nas cidades pequenas ainda é possível adotar essa prática, mas imagina quando essa situação se estender para as cidades médias e grandes. Se tiver mais um ano de pouca chuva, as grandes cidades também sofrerão; e como nunca enfrentamos uma situação parecida, não temos um parâmetro para imaginar o que acontecerá.
O que é possível fazer para amenizar as consequências desses períodos de seca, especialmente em relação aos reservatórios de água? Seria preciso adotar uma política de gestão dos recursos hídricos ou que tipo de política seria adequada para dar conta desse cenário de secas?
Primeiro temos que lembrar o histórico climático: isso nunca havia acontecido em 100 anos, e vemos que as consequências no interior são mais brandas em relação a anos anteriores, especialmente por conta das políticas de distribuição de renda, como o Bolsa Família, o Seguro Safra, e a construção de novos açudes etc. Essas políticas, bem ou mal, amenizaram a situação, mas, de agora em diante, se a seca se estender por mais um ano, a situação chegará a um extremo nunca atingido anteriormente.
Também é importante considerar que a situação do Nordeste é diferente da do Centro-Oeste e da do resto do país. No Nordeste sempre há de seis a sete meses sem chuva nenhuma, então, há o período de chuva e o período seco. Isto é, no Nordeste, as pessoas estão relativamente acostumadas a passar seis ou sete meses sem chuva, e quando vem o período chuvoso, elas armazenam água para passar os próximos seis meses. Já no restante do país não se tem um ciclo tão bem definido de seca e de chuva. Muitos estados do Sudeste e do Sul, se passassem seis meses sem chuva, entrariam em colapso, mas no Nordeste, como historicamente é recorrente, a população já se organizou de modo a tentar enfrentar a situação e tem reservatórios dimensionados para resistir a seis meses sem chuva.
Nesses períodos anuais de seca, quando não há seca extrema, os reservatórios conseguem dar conta do abastecimento?
Conseguem dar conta, mesmo os pequenos reservatórios conseguem resistir à seca de um ano para o outro. Agora, o problema é que como já são cinco anos de seca, os médios e grandes também não estão conseguindo garantir o abastecimento. O reservatório funciona com a máquina do tempo no sentido de que ele consegue transportar água de um ano para o outro; quanto maior o reservatório, durante mais anos ele consegue transportar água.
Esses reservatórios enchem pelo escoamento da chuva: chove, encharca o solo e a água escoa para os reservatórios. Agora, em anos que chove pouco, por exemplo, menos de 1% da água da chuva, em todo o estado, se transforma em água de açude. Por exemplo, nos anos de 2012, 2013 e 2014, dos 500 milímetros que choveu em média, somente cinco milímetros chegaram ao reservatório; já em anos em que choveu uma quantidade maior, de 800 a 900 milímetros, a eficiência da água que chegou aos reservatórios foi quatro, cinco, até 10 vezes maior.
Portanto, nesse ano em que choveu 500 milímetros, só escoaram cinco milímetros para os reservatórios; em um ano que chove mil milímetros - o dobro -, escoa 10 vezes mais, ou seja, 50 milímetros para os reservatórios. Então, quando chove pouco, a eficiência da água de virar água no açude é muito pequena, e quando chove um pouco mais, a eficiência é maior, porque o solo encharca, enche os pequenos açudes e as pequenas barragens, e essa água escoa para os grandes e médios açudes.


ENTREVISTA // GEORG WITSCHEL »
Alemanha aposta em PernambucoEmbaixador esteve no estado e demonstrou interesse em estreitar laços de cooperação e ampliar investimentos
Kauê Diniz 
kaue.diniz@diariodepernambuco.com.br
Publicação: 28/01/2017 03:00




                                     EMBAIXADOR ALEMÃO GEORG WITSCHEL 

Ao lado do dicionário de português, livros como Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Holanda, e Brasil, o País do Futuro, de Stefan Zweig, ganharam espaço na prateleira do diplomata Georg Witschel. Empossado embaixador alemão no Brasil em 2016, Witschel iniciou uma série de viagens por um país que pretende conhecer além das letras. A primeira parada dele no Nordeste foi no Recife, quando, reunido com o governador Paulo Câmara, demonstrou interesse em estreitar laços de cooperação e incentivar o crescimento de investimentos de empresas alemães, especialmente em energia limpa no interior do estado. Em entrevista ao Diario,  destacou que, para isso ocorrer, é necessária a retomada do crescimento econômico. “Para um maior dinamismo nas possibilidades de investimentos bilaterais é essencial a melhora do ambiente econômico do Brasil, o que deve acontecer ao longo de 2017.” O incentivo ao uso de fontes limpas de energia é prioridade dos alemães, que dominam a indústria mundial de produção de energia alternativa (solar e eólica). Outra área de forte crescimento alemão é a chamada Indústria 4.0. “A “Indústria 4.0” está promovendo uma verdadeira revolução nos processos industriais”, disse. Também durante a conversa, o embaixador comentou sobre a eleição de Donald Trump e se mostrou preocupado com os reflexos disso para a economia europeia. “É importante que o presidente americano entenda que os países europeus estão no mesmo nível dele, que o comércio entre a União Europeia e a América é um lucro para os dois lados”.
Quais são as metas do senhor à frente da Embaixada?
Reforçar a parceria estratégica entre o Brasil e Alemanha através da cooperação para uma gestão responsável da globalização; do aprofundamento do desenvolvimento sustentável, para a proteção do clima, meio ambiente e biodiversidade; da promoção do comércio bilateral e intercâmbios nas áreas da cultura, ciência, pesquisa e temas como a justiça social. 

Em sua primeira visita ao Nordeste, quais são as suas expectativas e quais potenciais chamaram sua atenção, podendo render futuras parcerias?
Desde 2009, Brasil e Alemanha estão associados em uma parceira estratégica. Com as primeiras consultas intergovernamentais bilaterais. Em 2015, esta parceria levantou-se para um novo patamar e importantes resultados forama declaração conjunta sobre a Mudança do Clima assim como a parceira em urbanização. Os resultados das consultas intergovernamentais que em 2017 deverão ser realizados novamente, desta vez em Berlin, também constituem base para a cooperação entre o Nordeste brasileiro e a Alemanha, além da boa cooperação entre universidades e instituições de pesquisa já em curso. Vejo potencial com a energia renovável e a eficiência energética. Penso que a cooperação na energia solar tem grande potencial para ser desenvolvida. Infraestrutura de transporte, tecnologias da saúde e da informação são áreas onde os investidores e cientistas alemães também possam estar interessados. Sobretudo, as parcerias em urbanização proporcionam uma abordagem para projetos no âmbito do planeamento de transportes, tratamento e abastecimento de água potável e saneamento das águas residuais, de resíduos sólidos, transporte público etc. Além disso, a Alemanha também faz questão que mais alunos de Pernambuco aprendam alemão como língua estrangeira. 

Atualmente, quais parcerias o governo alemão tem com o estado de Pernambuco? 
Nos últimos dias eu visitei um projeto bem-sucedido de proteção e gestão de biodiversidade marinha (ProMar). O estado de Pernambuco é um dos parceiros deste projeto. Trata-se de uma iniciativa que de maneira integrada propõe a melhoria da proteção ao meio ambiente bem como o uso sustentável da natureza através da pesca, da agricultura ou do turismo. O governo federal da Alemanha também está promovendo uma cooperação entre o Banco de Desenvolvimento KfW e a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) para o desenvolvimento de projetos na área das energias renováveis e sistemas fotovoltáicos e energia solar concentrada. Outros exemplos da cooperação Brasil-Alemanha em Pernambuco são a GIZ (Agência Alemã para a Cooperação Internacional), que presta apoio a instituições brasileiras com a implementação da primeira central comercial de energia solar concentrada (Concentrating Solar Power Plant, CSP), por exemplo, com a Chesf. Houve, ainda a concepção e construção de duas centrais de energia solar em Fernando de Noronha, onde a GIZ colabora com a Celpe. O nosso Ministério Federal do Meio Ambiente, Conservação da Natureza, Construção e Segurança Nuclear apoia o Projeto Terra Mar, que tem a proteção e gestão integrada da biodiversidade marinha e costeira como objetivo. O KFW também presta apoio a instituições parceiras brasileiras com a preparação do país para produção de energia solar. Além dele, o Centro de Formação Profissional da Economia Bávara promove a parceria com a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe), com apoio concedido pelo BMZ (Ministério Federal da Cooperação Econômica e do Desenvolvimento) e do Sequa. A este respeito, há 15 anos, as cidades de Hof e Caruaru celebraram um acordo sobre um intercâmbio estreito com a gestão dos resíduos. Cooperação no ensino superior temos como exemplos o Biologia do mar, uma cooperação entre a  Universidade Federal de Pernambuco e as universidades de Hamburg e Kiel. A Escola Judicial do Tribunal de Justiça, igualmente, mantém um intercâmbio regular com a Faculdade de Direito da Universidade de Frankfurt. Recentemente, em novembro 2016, uma delegação de Pernambuco viajou para Frankfurt. Já a Universidade de Pernambuco e a Universidade de Münster trabalham em estreita colaboração nas matérias de Indústria 4.0 e inteligência artificial.

O senhor pretende promover intercâmbios entre empresários alemães e pernambucanos?
Sim. Muito nos alegraria se a economia alemã reforçasse o seu empenho no Nordeste. Em Pernambuco já estão presentes uma filial da Lanxess com 120 funcionários, por exemplo. Há pouco tempo veio a empresa de reciclagem Trautwein, de Stuttgart, e um escritório da empresa de serviços de logística Hamburg Süd, que se instalou em Suape (conforme representante da Hamburg Süd, é a maior empresa de logística em Suape). Já o Encontro Anual Econômico Brasil-Alemanha será organizado em um dos estados do Nordeste economicamente fortes, onde já tem empresas alemãs ativas.

O senhor esteve com o governador Paulo Câmara. Fecharam algum acordo?
Conversei sobre os resultados das primeiras Consultas Intergovernamentais de Alto Nível Brasil-Alemanha, em especial sobre as oportunidades que surgem nas relações entre a Alemanha e o Nordeste, especificamente para Pernambuco. As relações entre a Alemanha e o estado de Pernambuco sempre foram próximas. Assim como o Brasil, a Alemanha é uma Federação e vemos com bons olhos o estreitamento das relações entre os estados alemães e brasileiros. Nesse sentido, houve em 2016 a visita de uma delegação do estado de Baden-Wurttemberg com uma comitiva de empresários alemães ao Recife. Esses encontros servem para compartilhar experiências e apresentar soluções sustentáveis para o desenvolvimento de negócios e intercâmbios tecnológicos que possam permitir a consolidação de projetos em conjunto com os pernambucanos. Com a gradual retomada da economia brasileira, esse intercâmbio deve ser intensificado.

Algum setor econômico da Alemanha poderia surgir como possibilidade de investimento para os empresários pernambucanos? 
Energias renováveis e eficiência energética, gestão de resíduos sólidos e tecnologia da informação. Outra área que poderia obter mais destaque é o turismo. Assim como o Brasil, por meio do Senac, a Alemanha possui vasta experiência no treinamento e na formação de profissionais do Turismo e Hotelaria pelas “Tourismusfachhochschulen” (escolas técnicas superiores para turismo). Para que haja um maior dinamismo nas possibilidades de investimentos bilaterais é essencial a melhora do ambiente econômico do Brasil, o que deve acontecer ao longo de 2017.

A Alemanha está entre os cinco países que mais recebem estudantes internacionais. Há algum novo programa de bolsas para estudantes brasileiros em substituição ao Ciência sem Fronteiras? 
Provavelmente haverá uma forma modificada do programa CsF, que se concentrará nos pós-doutorados. Mas estudantes brasileiros de graduação e pós-graduação conservam a possiblidade de beneficiar-se, por exemplo, das bolsas do Serviço Alemão de Intercâmbio Acadêmico (DAAD) ou da Fundação Alexander von Humboldt. O DAAD, junto com Capes e CNPq, anualmente disponibiliza cerca de 400 bolsas para estudantes brasileiros, licenciados, doutorandos e pós-doutorados. Em 2016, infelizmente, devido à crise econômica, bolsas de estudo conjuntas no âmbito do programa de doutoramento da Capes, CNPq e DAAD não foram concedidas. No entanto, é muito provável que este ano o programa seja lançado novamente. 

Como a Alemanha observa o atual momento político e econômico brasileiro? 
O Brasil sofre de uma grave crise econômica, política e moral. Os desafios são enormes. No entanto, após o impeachment, é preciso reunir socialmente o país dividido. Apesar disso, mesmo neste contexto atual, o Brasil se revela como uma âncora de estabilidade. A gestão da crise ocorre dentro dos limites constitucionalmente previstos. O Brasil é e permanecerá um parceiro estratégico da Alemanha, mesmo em tempos difíceis. O Brasil e a Alemanha têm muitos interesses e valores em comum. Somos parceiros na gestão da globalização. 

Como vê a eleição nos Estados Unidos com a vitória de Donald Trump e seus reflexos?
Estamos ouvindo o discurso feito pelo presidente americano Donald Trump e esperamos que os elementos positivos deste discurso se realizem. Ele falou de parcerias com países como Alemanha. Por outro lado, pensamos que é importante que o presidente americano entenda que os países europeus estão no mesmo nível dele, que o comércio entre a União Europeia e a América é um lucro para os dois lados. Se ele quer limitar ou reduzir este livre comércio, será um prejuízo para a Europa, claro, mas também, e sobretudo, para os Estados Unidos. Vamos falar com ele e esperamos que ele participe da cúpula do Grupo dos 20, em maio. Estou seguro que a chanceler Merkel, com toda experiência que tem, e o novo presidente americano conseguirão estabelecer uma relação de trabalho cordial. 

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Energia solar fotovoltaica: 

retrospectiva e tendências para 2017

Fonte:http://www.ebes.com.br/energia-solar-retrospectiva-tendencias-2017/



         Energia Solar Fotovoltaica: sustentabilidade e cuidado com o planeta.

Se houve um segmento em pleno desenvolvimento no país durante 2016, esse foi o da energia solar fotovoltaica. Considerada uma área promissora no final de 2015, as perspectivas foram realmente alcançadas, com projetos crescendo por todo o Brasil, sejam realizados de forma independente ou por meio de recursos públicos. As revisões da resolução 482, que iniciaram em março e que determinaram novas possibilidades para geração de energia elétrica distribuída, foram uma das principais contribuintes para o deslanche de mais iniciativas na área, fazendo com que o setor amadurecesse e passasse a discutir e colocar em prática várias ações.
Durante todo o ano divulgamos muitas informações que comprovam essa questão. Foi visto que, cada vez mais, a energia solar fotovoltaica está na pauta de famílias ou empresas quando se trata de pensar em fontes alternativas de energia elétrica, gerando economia e sustentabilidade. Esse último ponto foi, inclusive, amplamente discutido por especialistas do mundo inteiro, apontando a energia solar fotovoltaica como umas das principais necessidades para mantermos o planeta em condições habitáveis. O acordo de Paris (COP 22), pacto global para frear o aumento da temperatura média do planeta, trouxe a tona análises fundamentais nesse sentido.  A necessidade de desenvolvermos construções cada vez mais sustentáveis, além de definições de metas para cada país com objetivo de redução de emissões de poluentes, onde a energia solar fotovoltaica foi largamente indicada como uma das principais aliadas para atingir esses objetivos, são alguns exemplos.
Aqui no Brasil, no final de novembro, o comitê gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima) já definiu novas regras para o financiamento de projetos para 2017 e 2018. Questões como tecnologia e adaptação para orientar os programas que serão contemplados nos próximos anos estão na lista. A iniciativa busca manter a atuação do Fundo de acordo com os compromissos assumidos pelo Brasil no Acordo de Paris. “O objetivo dessas diretrizes é apoiar a implementação da NDC (Contribuição Nacionalmente Determinada) do País”, explicou o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Everton Lucero. A NDC é a meta brasileira de corte de emissões. As diretrizes envolvem ações de redução de emissões em especial nos setores chave da economia, como energia, agropecuária e mudança do uso da terra e florestas.

Projeções para 2017: energia solar em alta




Para 2017 as projeções continuam com números altos. Análises da Absolar – Associação Brasileira de Energia Solar, divulgados em 16/12/16 pelo Jornal O Estado de São Paulo, indicam que nos próximos quinze anos, a matriz fotovoltaica deve atingir 30 GW, o que equivalente a quase três Itaipus. “Somos mais otimistas que a EPE (Empresa de Pesquisa Energética) em função do alto potencial de desenvolvimento da energia solar”, disse Rodrigo Sauaia, presidente executivo da Absolar ao jornal. De acordo com a entidade, o crescimento da fonte fotovoltaica atingirá 25 GW em 2030, sendo 17 GW em projetos de grande porte e oito GW de geração distribuída. “A quantidade de energia solar que os telhados brasileiros captariam com painéis fotovoltaicos, caso eles estivessem na maioria das casas, superaria com folga a geração total de eletricidade do Brasil”, afirmou o executivo na reportagem.
O sistema de financiamento da Caixa Econômica Construcard, que agora também liberará crédito para aquisição de itens sustentáveis como o sistema de geração de energia fotovoltaica, deve contribuir para atingirmos esses números, com mais famílias e empresas tornando-se adeptas dessa nova fonte de energia elétrica.
Enquanto isso, entidades como o Greenpeace defendem mais incentivos do governo para levar a energia sustentável a mais partes da população. Liberação de FGTS e redução de impostos são alguns deles. Todos esses pontos já estão na pauta do governo para 2017, que deverá trazer boas surpresas para o setor. Mas para Bárbara Rubim, da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil, o discurso precisa sair do papel. “O discurso de energias renováveis, incluindo solar, está cada vez mais positivo, mas é preciso que o assunto saia do campo das ideias e entre no campo das ações”.
Agora é aguardar para ver se poderemos comemorar a conquista de mais uma etapa dentro do segmento.


Projeto retira da conta dos consumidores cobrança por prejuízos à rede elétrica



Edio Lopes: prejuízos são pagos pelos consumidores, deixando as concessionárias em uma posição cômoda, o que leva a empresa a não se empenhar em fiscalizar e combater os furtos de energia


Tramita na Câmara dos Deputados proposta que exclui da base de cálculo das contas de energia elétrica a cobrança pela previsão de ligações clandestinas e de inadimplência de consumidores.
O texto também limita a 5% do valor da tarifa as compensações por perdas técnicas e não técnicas na transmissão e distribuição de energia.
As medidas estão previstas no Projeto de Lei 5457/16, do deputado Edio Lopes (PR-RR).
Sem fiscalização

O parlamentar reclama que atualmente os usuários do sistema de energia são penalizados com esse tipo de cobrança.

“Os prejuízos são acrescentados às contas de energia de todos os consumidores, deixando as concessionárias em uma posição cômoda. Tal condição leva a empresa a não se empenhar em fiscalizar e combater os furtos de energia, além de não realizar a manutenção adequada nos equipamentos”, avalia.
Furto e desperdício

Segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) citados pelo deputado, o furto de energia causa um prejuízo aproximado de R$ 5 bilhões por ano aos cofres públicos.

No que diz respeito às perdas de energia, dados da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica indicam que em 2012 elas foram de 16,5%, percentual menor do que os 17% de 2011.
“Estudos mais recentes apontam que um quinto da energia produzida no País é desperdiçada durante a transmissão até os centros de consumo”, acrescenta o deputado.
Tramitação
O projeto tramita em caráter conclusivo e será analisado pelas comissões de Defesa do Consumidor; de Minas e Energia; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


PL 5457/2016 


Projeto de Lei


Situação: Aguardando Parecer do Relator na Comissão de Defesa do Consumidor (CDC)

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017


Geração distribuída mantém crescimento com quase 8mil conexões


Aneel registrou 73. 569 kW de potência instalada até janeiro de 2017
Fonte: http://www.mme.gov.br/

Com ações de estímulo à geração de energia pelos próprios consumidores - conhecida por micro e minigeração distribuída – a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já registra 7.610 conexões de geração distribuída até janeiro de 2017, totalizando potência instalada de 73.569 kW. 
Entre as energias renováveis mais utilizadas, a fonte solar fotovoltaica é a que mais se destaca, com 7.528 conexões. Em termos de potência instalada, a energia gerada pelo sol também saí na frente com 57.606KW.
Na comparação por Unidades da Federação, Minas Gerais mantém o primeiro lugar (1.644) de número de conexões com geração distribuída, seguido de São Paulo (1.369) e Rio Grande do Sul (769).
A grande maioria das conexões de geração distribuída permanece nas residências. Segundo a Aneel, 5.997 das conexões de geração distribuída atendem essa classe de consumo. Já o comercio é responsável por 1.186 adesões.
ProGD
Em dezembro de 2015 foi lançado o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD). Com R$ 100 bilhões em investimentos do ProGD, a previsão é que até 2030, 2,7 milhões de unidades consumidoras poderão ter energia gerada por elas mesmas, entre residência, comércios, indústrias e no setor agrícola, o que pode resultar em 23.500 MW (48 TWh produzidos) de energia limpa e renovável, o equivalente à metade da geração da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Com isso, o Brasil pode evitar que sejam emitidos 29 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera.


quarta-feira, 25 de janeiro de 2017



Chesf negocia parceria com a Alemanha para viabilizar usina solar

Projeto de 200 MW poderá receber 225 milhões de euros do banco alemão KfW, cerca de R$ 770 milhões








A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) recebeu a visita oficial do embaixador da Alemanha no Brasil, Georg Witschel e sua esposa, a embaixatriz Sabine Witschel, na Sede da Empresa, no Recife. O objetivo do encontro foi uma reunião com o diretor de Engenharia e Construção, Antônio Varejão, para tratar de investimentos na área de energias renováveis.
 Foi discutida a viabilização de um projeto de geração de energia fotovoltaica, ainda em estudo, a ser implantado na região Nordeste, com capacidade de 200 MW. O Banco de Desenvolvimento Alemão (KfW) disponibiliza para a Chesf um crédito de EU$ 225 milhões (aproximadamente R$ 770 milhões), o que representaria 70% do custo total da instalação.
 
A reunião é a continuação de contatos mantidos entre a Empresa e instituições germânicas desde 2012, quando foi firmado convênio com KfW e a Agência de Cooperação Internacional da Alemanha (GIZ sigla em alemão) visando ao desenvolvimento da tecnologia, através de fontes alternativas renováveis, para gerar eletricidade no Brasil, especialmente na região Nordeste.
 
A parceria de longa data fornece cooperação técnica em estudos de viabilidade tecnológica, como energia solar e energia eólica, e faz parte do programa de cooperação Brasil - Alemanha, no âmbito do Programa de Energia do Governo Alemão. 




Leilão de energia solar em PERNAMBUCO vende toda a oferta colocada no certame


Fonte:www.udop.com.br/index.php?item=noticias&cod=1145899








 O leilão de energia solar realizado pela comercializadora da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (AD Diper), negociou 3.400 MWh ou 0,938 MW médios de energia dos parques Fontes Solar I e II, da Enel Green Power, em Tacaratu, para o período de 1º de janeiro a 31 de maio. A comercializadora é vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sdec). O restante da geração média de Tacaratu já é consumido pelo Centro de Convenções de Pernambuco desde 1º de junho de 2016.

A comercializadora Kroma Energia, de Recife, arrematou a oferta com um preço superior a R$ 200,00/MWh. Todas as propostas foram superiores ao PLD para a carga pesada da primeira semana de janeiro para o submercado do Nordeste, e metade das propostas apresentadas tiveram preços superiores a R$ 190,00/MWh. E ainda todas objetivaram a compra de todo o lote ofertado e em conformidade com a distribuição mensal objeto do Edital, o que caracteriza "a continuidade do processo de consolidação do mercado de energia de fonte solar no Brasil, totalizando 3,40 GWh de energia a ser consumida no período especificado".

Segundo relatou o governo do estado de Pernambuco, o interesse por esta energia incentivada foi demonstrado pela participação de dezoito empresas que aderiram ao processo. Todas se habilitaram, sendo 17 dessas empresas comercializadoras e uma geradora. Desses, 14 agentes em São Paulo, duas de Pernambuco, uma de Goiás e uma do Paraná.