Fonte: http://www.mme.gov.br/
Energia solar deve ter espaço e novas
formas de expansão no Brasil, diz ministro
Fernando Coelho Filho afirmou que MME prepara projetos para animar setor
Publicação: 30/06/2016 | 14:30
Última modificação: 30/06/2016
Crédito: Divulgação/MME
O governo brasileiro está estudando
formas de impulsionar a geração solar fotovoltaica no país, afirmou o ministro
de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, nesta quinta-feira (30/6) na
abertura do Brasil Solar Power, no Rio de Janeiro. Para o ministro, o segmento
de geração solar fotovoltaica é fundamental para a matriz energética brasileira
e novas formas de incentivar o setor devem ser perseguidas, para que o segmento
não fique dependente apenas dos leilões.
“O Brasil compete com outras
oportunidades, não há sol só no Brasil, o sol existe em muitos outros países.
Se não criarmos um ambiente mais competitivo, mais favorável, o recurso
encontra rentabilidade em outro local e isso é tudo que não queremos nesse
momento”, disse o ministro.
Coelho Filho destacou que o governo
brasileiro continuará contratando energia por meio de leilões, mas defendeu que
seja feita uma reorganização da forma como a contratação está sendo feita.
“Nós teremos sim leilão de energia
ainda neste ano, teremos sim participação relevante para a solar fotovoltaica
nesses próximos leilões. Mas antes de contratarmos nova energia, há alguns
problemas que temos de endereçar como Ministério, e o diagnostico já está quase
pronto. Algumas medidas já estão sendo tomadas, sobretudo sobre a
sobrecontratação. Não podemos nos dar ao luxo e apostar apenas em uma receita,
a receita do leilão”, disse o ministro na abertura do evento.
A expansão da geração solar
distribuída - quando a energia é gerada no centro de carga, podendo ser
gerada até mesmo pelo próprio consumidor – é uma das possibilidades que se
descortinam para a indústria solar no país, disse Coelho Filho. Além
disso, o MME estuda formas de viabilizar financiamentos para a geração distribuída,
inserido nos estudos do ProGD, lançado pelo Ministério no final do ano passado
com parceria da Associação Brasileira da Indústria Solar Fotovoltaica
(Absolar). Segundo o ministro, o MME já está dialogando com o Ministério das
Cidades para que seja analisada a possibilidade do FGTS como uma das fontes de
financiamento desse segmento.
Outra possibilidade de expansão da
energia fotovoltaica está no Norte do país, para atender os sistemas isolados,
exemplificou Coelho Filho. Segundo o ministro, está em estudo no Ministério
formas de expandir o atendimento a essas áreas com a geração solar distribuída.
“Temos o sistema no Norte que gera uma
das energias mais caras do mundo. Muito do que passa a Eletrobras é fruto do
alto custo e da dificuldade de geração no Norte do Brasil. Estamos endereçando
uma grande ação para que além dos leilões possamos ter um outro flanco para
animarmos o setor”, disse.
A expansão da geração de energia
renovável terá especial atenção MME, defendeu o ministro: “O compromisso com as
fontes renováveis não é somente um compromisso da Absolar, mas sim um
compromisso da minha geração. Minha geração tem compromisso com as fontes de
energia de baixo carbono. Estamos estudando uma política energética que possa
sinalizar de forma muito clara, uma política industrial que possa dar isonomia
tributária para essa fonte e também incentivarmos a produção da indústria
nacional”, afirmou.
Assessoria de Comunicação Social
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