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segunda-feira, 8 de abril de 2019

Pernambuco pode abrigar novas usinas nucleares no Brasil

Fonte: http://www.eletronuclear.gov.br/Canais-de-Negocios/Paginas/Novos-Empreendimentos.aspx



Simulação de central nuclear com seis reatores que poderá ser construída 
depois de Angra 3


O Plano Nacional de Energia 2030 (PNE 2030) estabeleceu que o Brasil precisará expandir a oferta de energia nuclear em mais 4 mil megawatts (MW) até o final do período. Desse total, 2 mil MW estão previstos para o Nordeste e mais 2 mil MW, para o Sudeste. Com base nesse planejamento, a Eletrobras Eletronuclear deu início à seleção de locais candidatos para abrigar as futuras centrais nucleares nacionais. 
Como o documento aponta o Nordeste como prioridade na construção das novas usinas, a empresa começou sua prospecção por essa região. Inicialmente o foco foi colocado na região compreendida pelo litoral entre Recife e Salvador, dois maiores centros de carga do Nordeste, e o vale dos grandes rios que desembocam nesse litoral. A seleção de local é feita em três etapas, sendo que a primeira – já concluída – consiste na identificação de áreas candidatas, que precisam passar por critérios de eliminação. 
Por solicitação do Ministério de Minas e Energia (MME), esse trabalho foi estendido a todo o território nacional, de forma a subsidiar a elaboração do Plano Nacional de Energia 2035 (PNE 2035), que está sendo elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e deve ser publicado em 2012. Para tanto, a Eletrobras Eeltronuclear investiu cerca de R$ 4 milhões. 
Identificação de áreas adequadas
O estudo geográfico de todo o território nacional, a partir de aproximadamente 20 critérios de exclusão e de evitação, resultou na eliminação de vastas regiões e na identificação de micro-áreas, a princípio, adequadas ao assentamento de centrais nucleares. A tarefa contou com auxílio da EPE e da Coppe/UFRJ.  
Para alcançar esse objetivo, a empresa utilizou técnicas de sistemas de informação geográfica, mapeou as regiões a partir de imagens de satélites e utilizou dados sobre meteorologia, sísmica, população e possíveis fontes de água existentes nos locais pesquisados que poderiam ser usadas para refrigeração do reator. 
A Eletrobras Eletronuclear já entregou ao MME os resultados iniciais das averiguações feitas nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste. Agora, cabe ao ministério decidir em que áreas a empresa deve aprofundar os estudos, processo que vai resultar na elaboração do Estudo de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto no Meio Ambiente (Eia/Rima) dos sítios em questão.


"O Estado de Pernambuco pode abrigar as próximas usinas nucleares brasileiras depois de Angra 3. A Eletronuclear concluiu estudo de localização de futuras usinas do tipo no país e definiu o município de Itacuruba, no interior do Estado e na margem do rio São Francisco como um local ideal para novos empreendimentos. Segundo o secretário de Planejameto e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Reive Barros, o local pode abrigar usinas com um total de 6.600 megawatts (MW) e demandar investimentos de R$ 30 bilhões."



"A conclusão de Angra 3 é uma das propostas presentes no Mapa do Desenvolvimento do Estado do Rio de Janeiro 2016-2025, um compromisso da Firjan com o desenvolvimento econômico e social do estado do Rio de Janeiro e do país. Nesse sentido, a partir dos argumentos acima expostos, a Firjan defende que o governo priorize o projeto e assim garanta a segurança energética nacional e o desenvolvimento do Rio de Janeiro e do Brasil. "

Como funciona uma usina nuclear?
A fissão dos átomos de urânio dentro das varetas do elemento combustível aquece a água que passa pelo reator a uma temperatura de 320 graus Celsius. Para que não entre em ebulição – o que ocorreria normalmente aos 100 graus Celsius -, esta água é mantida sob uma pressão 157 vezes maior que a pressão atmosférica. 
O gerador de vapor realiza uma troca de calor entre as águas deste primeiro circuito e a do circuito secundário, que são independentes entre si. Com essa troca de calor, a água do circuito secundário se transforma em vapor e movimenta a turbina - a uma velocidade de 1.800 rpm - que, por sua vez, aciona o gerador elétrico. Esse vapor, depois de mover a turbina, passa por um condensador, onde é refrigerado pela água do mar, trazida por um terceiro circuito independente. A existência desses três circuitos impede o contato da água que passa pelo reator com as demais. 

Uma usina nuclear oferece elevado grau de proteção, pois funciona com sistemas de segurança redundantes e independentes (quando somente um é necessário).