Seguidores

Pesquisar este blog

domingo, 28 de janeiro de 2018

Brasil tem condições de reduzir até 48% das emissões até 2050, de acordo com ONU Meio Ambiente e governo


Fonte:https://nacoesunidas.org/brasil-tem-condicoes-de-reduzir-ate-48-das-emissoes-ate-2050-de-acordo-com-onu-meio-ambiente-e-governo/amp/






O dado é do estudo “Trajetórias de mitigação e instrumentos de políticas públicas para o alcance das metas brasileiras no Acordo de Paris”, uma das publicações que será lançada hoje, 24, pela ONU Meio Ambiente e Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em Brasília. O evento marca a conclusão de um projeto de cinco anos tocado pelas duas instituições, que procurou identificar as opções de redução de emissões de gases de efeito estufa no país, assim como seus impactos na economia nacional.
A mudança do clima é um dos maiores desafios do nosso tempo, gerando impactos ambientais que vão desde enchentes e grandes secas a desequilíbrios da biodiversidade e consequências graves para a saúde humana. Nos últimos anos, o assunto tem reunido governos, empresas, terceiro setor e academia na busca de soluções para evitar o aquecimento do planeta e, ao mesmo tempo, combater futuras mudanças e se adaptar àquelas já irreversíveis.
Nesse contexto, o Brasil desenvolve uma série de ações a nível nacional, entre elas o projeto “Opções de Mitigação de Emissões de Gases de Efeito Estufa em Setores-Chave do Brasil”, que analisou de que forma os principais setores nacionais como indústria, energia, transportes, domicílio, serviços, agricultura, florestas, gestão de resíduos, entre outros, podem ser peças fundamentais para o alcance das metas do Acordo de Paris no Brasil.
Com informações para viabilizar uma economia de baixo carbono no país, a pesquisa e suas publicações têm o objetivo de auxiliar atores centrais do governo brasileiro na tomada de decisão ao estimar os potenciais e os custos de abatimento das emissões. Denise Hamú, representante da ONU Meio Ambiente, destacou: “O projeto é inovador. Diminui a distância entre governo, setor privado e academia, trazendo mais homogeneidade nos dados e informações sobre o tema no país, além de ser uma oportunidade ímpar para engajar os representantes dos ministérios em discussões especializadas e assim contribuir diretamente na formulação de políticas públicas sobre mudanças do clima”.
Os documentos trazem subsídios para apoiar o governo no desenvolvimento de uma estratégia de implementação da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC), no âmbito do Acordo de Paris, e apontam o papel que cada setor econômico pode desempenhar para garantir o cumprimento das metas de emissões até 2030. A análise mostra, por exemplo, que serão necessários investimentos anuais de R$2,2 bilhões a R$15,4 bilhões para mitigar as emissões nacionais e que, assim, seria possível reduzir quase 50% das emissões até 2050.
Para o Dr. Márcio Rojas, Coordenador-Geral do Clima no MCTIC: “O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações cumpre de forma exemplar sua atribuição de oferecer à sociedade brasileira nada menos do que o estado da arte em conhecimento científico, tornando real a possibilidade de desempenhar uma reflexão genuinamente qualificada e de formular políticas baseadas em evidência”, declarou.

Sobre a ONU Meio Ambiente

A ONU Meio Ambiente é a principal voz global em temas ambientais. Ela promove liderança e encoraja parcerias para cuidar do meio ambiente, inspirando, informando e capacitando nações e pessoas a melhorarem a sua qualidade de vida sem comprometer a das futuras gerações. A ONU Meio Ambiente trabalha com governos, com o setor privado, com a sociedade civil e com outras instituições das Nações Unidas e organizações internacionais pelo mundo.

sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Forte presença de fontes renováveis coloca a matriz elétrica brasileira entre as mais limpas do mundo


Fonte:https://noticias.portaldaindustria.com.br







Com a elevada participação de fontes renováveis na matriz elétrica, o Brasil responde por apenas 13% da média mundial de emissões de gases de efeito estufa provenientes da geração de energia. A energia hidráulica tem a maior participação na geração de eletricidade, de quase 70%, seguida das termelétricas (15%) e da biomassa (8,3%). No Plano Decenal de Energia 2015-2024, a previsão é que se mantenha a liderança das fontes renováveis na matriz elétrica, mas com uma redução da participação da hidráulica, para 56,7% em 2024, e crescimento de outras fontes renováveis, principalmente a eólica.
Essas são as principais contribuições do setor elétrico para a agenda de desenvolvimento sustentável, segundo o estudo A evolução do setor elétrico brasileiro rumo à sustentabilidade, que integra a série de 14 publicações setoriais do projeto CNI Sustentabilidade.
Responsável por 2,2% da produção mundial de energia eólica, o Brasil é o nono país que mais gera energia elétrica com essa fonte, segundo o relatório da Global Wind Statistics (GWEC). Essa deve ser a fonte de energia renovável alternativa que mais se expandirá, saltando de uma participação de 3,7% na matriz elétrica brasileira, em 2014, para 11,6%, em 2024. A fonte solar deverá ter participação de 3,3% na matriz de eletricidade em 2024.
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA – No estudo, também é destacada a importância da eficiência do consumo da energia para atendimento à demanda futura de energia pela sociedade brasileira. De acordo com Plano Nacional de Energia, a contribuição de ações de eficiência energética deve ser de 20% até 2050, o que equivale a 120 milhões de toneladas equivalente de petróleo.

sexta-feira, 12 de janeiro de 2018



REGISTO DA CARGA E GERAÇÃO DE ENERGIA (12/01- ATÉ 12h12)

SUBSISTEMA: NORDESTE


Fonte: http://ons.org.br

ENERGIA EÓLICA: SOLUÇÃO TÉCNICA, ECONÔMICA E SOCIAL
PARA O NORDESTE BRASILEIRO








O SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL

O sistema de produção e transmissão de energia elétrica do Brasil é um sistema hidro-termo-eólico de grande porte, com predominância de usinas hidrelétricas e com múltiplos proprietários. O Sistema Interligado Nacional é constituído por quatro subsistemas: Sul, Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e a maior parte da região Norte.
 
A interconexão dos sistemas elétricos, por meio da malha de transmissão, propicia a transferência de energia entre subsistemas, permite a obtenção de ganhos sinérgicos e explora a diversidade entre os regimes hidrológicos das bacias. A integração dos recursos de geração e transmissão permite o atendimento ao mercado com segurança e economicidade.
A capacidade instalada de geração do SIN é composta, principalmente, por usinas hidrelétricas distribuídas em dezesseis bacias hidrográficas nas diferentes regiões do país. Nos últimos anos, a instalação de usinas eólicas, principalmente nas regiões Nordeste e Sul, apresentou um forte crescimento, aumentando a importância dessa geração para o atendimento do mercado. As usinas térmicas, em geral localizadas nas proximidades dos principais centros de carga, desempenham papel estratégico relevante, pois contribuem para a segurança do SIN. Essas usinas são despachadas em função das condições hidrológicas vigentes, permitindo a gestão dos estoques de água armazenada nos reservatórios das usinas hidrelétricas, para assegurar o atendimento futuro. Os sistemas de transmissão integram as diferentes fontes de produção de energia e possibilitam o suprimento do mercado consumidor.


quinta-feira, 11 de janeiro de 2018



DEZ FATOS QUE PROVAM QUE A PEC DOS ROYALTIES DOS VENTOS SERÁ PREJUDICIAL DO PONTO DE VISTA ECONÔMICO, SOCIAL E AMBIENTAL


Fonte:brasilenergia.editorabrasilenergia.com.br/royalties-dos-ventos-poderia-afetar-familia-de-autor-da-proposta/







                                                                                                                                                                         FIQUE POR DENTRO DA ENERGIA EÓLICA NO BRASIL

1. Há dias em que pelo menos a metade da energia do Nordeste vem das eólicas
A energia eólica tem batidos recordes atrás de recordes no Brasil. Há dias, por exemplo, em que pelo menos a metade da energia do Nordeste vem de eólicas, destaque impressionante para essa região. No dia 14 de setembro de 2017, por exemplo, 64% da energia consumida no Nordeste veio das eólicas. 
2. Não é só no Nordeste que estão os parques eólicos
Não é só no Nordeste que os parques eólicos estão localizados. Dos mais de 500 parques eólicos atuais, cerca de 400 estão no Nordeste, mas é preciso saber também que o Rio Grande do Sul, por exemplo, é um produtor extremamente importante, com 80 parques instalados.
3. A geração de energia eólica não emite CO2.
Se calcularmos a quantidade de emissões de gases de efeito estufa que a energia eólica evitou nos últimos doze meses, vamos perceber que equivale à quantidade produzida por duas vezes a frota de automóveis da cidade de SP. Isso porque, ao gerar esse tipo de energia, evita-se a geração de uma energia poluente.
4. O Brasil tem um dos melhores ventos do mundo
Para entender essa afirmação, antes você precisa saber o que é fator de capacidade. Pois bem! Fator de capacidade é a medida de eficiência dos aerogeradores de um parque eólico com base na qualidade dos ventos de uma região, ou seja, quanto foi gerado por um aerogerador. Quando falamos, por exemplo, de um fator de capacidade de 30%, estamos falando, de maneira simplificada, que os ventos da região têm aproveitamento moderado e geram energia em 30% do tempo na média. O tipo do aerogerador também influencia. No que se refere à qualidade do vento, os melhores para energia eólica são os constantes, sem grandes alterações de velocidade ou direção. No caso do Brasil, temos ótimos ventos e de boa qualidade, principalmente na região Nordeste, fazendo com que nosso fator de capacidade seja superior a 50%, enquanto a média mundial varia de 20% a 25%. 
5. A eólica também faz bem para o bolso
Nos leilões recentes, a energia eólica se consagrou como a segunda fonte mais barata. A primeira é a energia das grandes hidrelétricas, mas se considerarmos que atualmente estão escassas as opções para que o país invista em grandes hidrelétricas, especialmente por questões ambientais, podemos considerar que a eólica é a opção mais barata de contratação no Brasil.
6. As torres de geração de energia eólica convivem com outras atividades agrícolas e animais
É bem comum encontrarmos uma torre eólica em funcionamento e, logo ao lado, vacas pastando, cavalos ou uma plantação. Isso é possível porque as torres, depois de instaladas, ocupam pouco espaço de solo e os donos da terra podem seguir com seu cultivo, criação de animais ou qualquer outra atividade que melhor convir.
7. As torres são grandes, bem maiores do que às vezes achamos quando vemos fotos
Você sabe qual é o tamanho de uma torre eólica? As torres eólicas podem parecer pequenas, mas aquelas atualmente instaladas medem entre 90 e 120 metros de altura, sem contar a pá! A estrutura completa pode variar entre 140 e 185 metros, como um prédio de 42 a 56 andares. A base da torre tem cerca de 5 metros de diâmetro, para abraçar são necessárias pelo menos 15 pessoas.
8. O Brasil tem se saído muito bem nas comparações mundiais
De acordo com o GWEC – Global Wind Energy Council, no Ranking de 2016 dos dez países com mais capacidade instalada total de energia eólica, o Brasil subiu uma posição e aparece agora em 9º colocado na lista dos maiores países, com 10,74 GW, ultrapassando a Itália, que está com 9,2 GW. Para mais informações, confira o relatório “Global Wind Report 2015” do GWEC: http://bit.ly/2l19jBR
9. A cadeia produtiva da energia eólica está no Brasil e gera empregos aqui
Nos últimos anos, com forte investimento de empresas, foi construída uma cadeia produtiva nacional de alta tecnologia, eficiência e complexidade para energia eólica. Os grandes fabricantes de aerogeradores, pás, torres e componentes estão instalados no Brasil, produzindo e contratando aqui. Pelo menos 80% de um aerogerador é nacional, com componentes e matéria-prima feitos no país. Só em 2016, foram gerados 30 mil postos de trabalho na cadeia eólica.
10. A energia eólica vai ajudar o Brasil a cumprir o Acordo do Clima
A energia eólica surge como a melhor opção para expandir o papel das renováveis porque é barata, de baixo impacto e de rápida implantação, com zero emissão de CO2 em sua operação e com uma cadeia produtiva nacionalizada. Hoje, esta energia representa 7% da matriz e segue crescendo. Isso vai ajudar o país a cumprir com suas metas de redução da emissão de CO2 e diversificação da matriz com fontes renováveis complementares.
 A lista acima foi elaborada pela ABEEólica, associação que congrega mais de 100 empresas de toda a cadeia produtiva do setor eólico e tem como principal objetivo trabalhar pelo crescimento, consolidação e sustentabilidade dessa indústria no Brasil.

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018


A segunda análise anual do CDP na série "Acompanhamento de ações corporativas sobre mudança climática" mostra que as empresas estão intensificando sua resposta às mudanças climáticas, estabelecendo metas mais ambiciosas para impulsionar o progresso a longo prazo em direção ao seu futuro com baixa emissão de carbono.

Fontes :https://www.cdp.net/en/research/global-reports/tracking-climate-progress-2017
                 http://www.procelinfo.com.br




A análise global do CDP mostra que os negócios estão acelerando a ação climática. Impulsionada pelo Acordo de Paris, mais empresas líderes estão incorporando metas de baixa emissão de carbono em seus planos de negócios futuros de longo prazo . Entre nossa amostra de empresas de alto impacto , 89% dos entrevistados relatam metas de redução de emissões em 2017. Mais de dois terços (68%) estão estabelecendo metas para pelo menos 2020 e 20% estão mapeando ações de sustentabilidade para 2030 e além. Isso representa um aumento em todos os níveis, já que nosso benchmark foi estabelecido em 2016, quando 85% de nossa amostra relataram metas, mas apenas 55% os estenderam até 2020 ou além - e ainda menos (14%) foram para 2030.
Há um crescente reconhecimento de que os alvos devem ser alinhados com a ciência do clima para o crescimento corporativo efetivamente à prova de futuro. Alvos a longo prazo, que são ambiciosos o suficiente para enfrentar o esforço global para manter o aquecimento abaixo de 2 graus Celsius, ajudam as empresas a evitar investimentos em infra-estrutura de alto carbono. Eles incentivam os negócios a ultrapassar as reduções de emissões incrementais e comerciais, e pensam em termos do novo paradigma econômico de baixo carbono.
O número de empresas da amostra que se comprometeu com a iniciativa Science Based Targets aumentou 61% desde 2016. Este ano, 151 empresas (que representam 14% da amostra geral, em comparação com 9% no ano passado), estão estabelecendo - ou comprometeu-se a estabelecer metas em consonância com o nível de descarbonização necessário para manter a temperatura global abaixo de 2 graus abaixo. Mais 30% - 317 empresas - visam estabelecer um objetivo científico dentro de dois anos.
Esta é uma mudança importante para as empresas, fazer o que eles acham que podem gerenciar facilmente, intensificar para fazer o que é necessário. Isso é responsável - e inteligente - na época da mudança climática.
E graças a essa crescente ambição, nossa amostra está cada vez mais próxima de estar no caminho certo para um mundo seguro para o clima. Alcançar seus objetivos atuais levaria as empresas na amostra a 31% do caminho para estarem linha com uma via compatível de 2 graus Celsius até 2030 ; reduzindo a diferença dos 25% relatados em 2016.

" A transição para uma economia de baixo carbono criará vencedores e perdedores dentro e entre setores. À medida que novos negócios e tecnologias emergem e aumentam, bilhões de dólares estão esperando a serem desbloqueados, mesmo que muitos mais estejam em risco."

Paul Simpson, CEO, CDP



Este mapa mostra uma visão geográfica da divulgação de empresas na amostra do CDP. (Cada ponto representa uma empresa e o tamanho do ponto representa o tamanho das emissões de uma empresa.




A Johnson Controls está sendo reconhecida como líder global por suas ações e estratégias em resposta às mudanças climáticas pelo Climate Disclosure Project (CDP), projeto internacional sem fins lucrativos que impulsiona economias sustentáveis.
Mais de seis mil empresas apresentam divulgações climáticas anuais ao CDP para avaliação independente em relação à sua metodologia de pontuação. A Johnson Controls está entre os 22% das corporações que participam do programa de mudanças climáticas do CDP com nível de liderança, recebendo uma pontuação de clima A.
De acordo com o CDP, este resultado indica que a Johnson Controls implementou uma série de ações para gerenciar a mudança climática, tanto em suas próprias operações quanto além. “A Johnson Controls está empenhada em se expandir de forma sustentável ao clima”, diz Grady Crosby, vice-presidente de assuntos públicos e diretor de diversidade da Johnson Controls. “A visão da nossa empresa é um mundo seguro, confortável e sustentável – parte disto é tomar medidas sobre as mudanças climáticas”, completa.
A concorrência pelo nível de liderança está aumentando. De acordo com o CDP, as mudanças climáticas são agora um tema recorrente na sala de reuniões. Das empresas participantes, 97% relatam que as mudanças climáticas estão integradas em sua estratégia de negócios e 96% agora estão relatando o envolvimento com formuladores de políticas sobre questões climáticas para encorajar mitigação ou adaptação.

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Painel solar do século passado é reinventado



Fonte:www.inovacaotecnologica.com.br





A grande vantagem do painel solar tipo janela dupla é que virtualmente todos os elétrons são aproveitados. [Imagem: Bell et Ramachers - 10.1016/j.joule.2017.11.007]


Painel solar com gás
Pesquisadores estão reinventando uma forma de coletar energia solar que havia sido aventada no início do século passado, mas que ninguém havia conseguido fazer funcionar a contento.
Trata-se essencialmente de uma janela de vidro dupla cheia de gás. O painel externo é transparente e conduz eletricidade. A janela interna é revestida com um material especial, que atua como fonte de elétrons quando atingido pela luz solar - um "fotocatodo".
Os dois painéis são separados por um gás inerte, como o argônio - exatamente como se encontra em janelas duplas visando isolamento acústico e térmico.
Quando a luz solar atinge o painel, os elétrons são arrancados do fotocatodo e saltam através do gás para o painel externo, sem serem absorvidos ou perdidos. Como o painel externo é condutor, eles são dirigidos para eletrodos e daí para fora da estrutura.
Isso é totalmente diferente de como os elétrons se comportam nos painéis solares fotovoltaicos atuais - sobretudo quanto à sua possibilidade de perda. A grande vantagem é um forte ganho de eficiência, em um momento em que melhorias na fotovoltaica tradicional, baseada nas células solares de silício, estão cada vez mais difíceis de se alcançar.
Fotocatodo
"É gratificante descobrir uma reviravolta de uma ideia que remonta ao início do século 20 e, como físico de materiais, é fascinante procurar materiais que podem funcionar em um ambiente tão diferente dos fotocatodos padrão," disse o professor Gavin Bell, da Universidade de Warwick, no Reino Unido.
A equipe até agora selecionou uma lista de materiais candidatos a funcionar como fotocatodo nesse painel solar reinventado, incluindo filmes finos de diamante, que seriam muito robustos e duráveis. Mas o trabalho continua em busca do material ótimo e que, simultaneamente, passe pelo crivo da viabilidade econômica. Eles estão entusiasmados.
"Nosso dispositivo é radicalmente diferente do padrão fotovoltaico e pode até mesmo ser adaptado para outras tecnologias verdes, como converter o calor diretamente em eletricidade, por isso esperamos que este trabalho inspire novos avanços," disse Bell.

Bibliografia:

Photoelectric Solar Power Revisited
Gavin R. Bell, Yorck A. Ramachers
Joule
DOI: 10.1016/j.joule.2017.11.007

quinta-feira, 4 de janeiro de 2018


Brasil segue como líder em fontes renováveis de energia dentro dos Brics

Matriz elétrica brasileira em 2016 registrou 80,4% de renováveis, contra 25,3% de renováveis no conjunto do grupo
Fonte:Canalenergia








O Brasil permanece como líder do ranking de fontes renováveis entre os países em desenvolvimento que compõem os Briscs – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. De acordo com o boletim anual “Energia no Bloco dos Briscs”, a matriz de geração elétrica brasileira em 2016 registrou 80,4% de fontes renováveis, contra um indicador de 25,3% de renováveis no conjunto do grupo, que por sua vez é um pouco superior ao indicador mundial, de 23,6%.
Enquanto a África do Sul, China e Índia apresentam mais de 71% de fósseis, e a Rússia 64%, o indicador do Brasil é bem menor, de 15%. Já na matriz de oferta interna de energia, que abrange toda a energia necessária para movimentar a economia de um país, o Brasil conta com 43% de participação de energia renovável, mais de três vezes o indicador dos Brics, de apenas 13,1%.
O Brasil também apresenta um quadro favorável em termos de emissões de CO2. Segundo o estudo, o país emite apenas 1,47 tCO2/tep de energia consumida, em razão da maior presença de fontes renováveis na matriz energética. Já no Brics, o indicador é 82% superior (2,68 tCO2/tep), devido à grande presença de carvão mineral na matriz energética. O indicador mundial é de 2,35 tCO2/tep.
A geração de energia elétrica no bloco dos Brics atingiu, em 2016, o montante de 9.587 TWh (4,7% sobre 2015), o que representa 38,7% da oferta mundial de eletricidade (34,5% em 2011). Na matriz de geração, a maior participação é da China, com 64,6% (62,1% em 2011), seguida pela Índia, com 15,4%. O Brasil responde por 6,0% da geração elétrica do bloco, sendo que na geração total do Brasil, a hidráulica responde por 67,5%, e nos demais países do bloco o indicador não passa de 19%.