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quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

 

Material captura e guarda energia solar por meses

Fonte: www.inovacaotecnologica.com.br








A molécula "arma-se" quando é iluminada, e "desarma-se" quando necessário, liberando calor.
[Imagem: Kieran Griffiths et al. - 10.1021/acs.chemmater.0c02708]

Armazenamento de energia solar

Há cerca de dois anos, cientistas japoneses sintetizaram um material ultraporoso, que eles chamaram de DMOF-1, pertencente a uma classe de cerâmicas porosas conhecidas como estruturas metal-orgânicas (MOF: metal-organic framework).

Agora, uma equipe da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, confirmou a suspeita da equipe japonesa: o DMOF-1 consegue capturar diretamente energia do Sol e armazená-la para uso futuro.

A energia pode ser guardada durante meses a temperatura ambiente, e pode ser liberada quando necessária na forma de calor.

Como os desenvolvimentos necessários - aumento de eficiência e fabricação em larga escala -, esse material poderá ser usado para capturar a energia solar durante o dia e disponibilizá-la à noite, ou mesmo capturar o calor do Sol no verão e usá-lo para aquecer as casas no inverno.

Molécula que funciona como mola

As estruturas metal-orgânicas (MOFs) consistem em uma rede de íons metálicos ligados por moléculas à base de carbono, formando estruturas 3-D. Uma propriedade importante dos MOFs é que eles são porosos, o que significa que podem formar materiais compostos hospedando outras pequenas moléculas em suas estruturas.

Kieran Griffiths e seus colegas encheram os poros do DMOF-1 moléculas com azobenzeno, um composto que absorve fortemente a luz. Essas moléculas funcionam como fotointerruptores - interruptores acionados pela luz -, já que são um tipo de "máquina molecular" que pode mudar de forma quando um estímulo externo, como luz ou calor, é aplicado.

Dentro dos poros, as moléculas de azobenzeno se alojam em um formato distendido, como uma mola esticada. Quando o material é exposto à luz ultravioleta, as moléculas mudam de forma, assumindo uma configuração tensionada. Este processo armazena a energia de maneira semelhante à energia potencial de uma mola comprimida.

Isso significa que a energia potencial pode ser armazenada por longos períodos de tempo em temperatura ambiente: Os testes conduzidos pela equipe mostraram que o material é capaz de armazenar energia por pelo menos quatro meses, antes que as moléculas comecem a voltar ao seu estado original e a energia se perca.

A energia é liberada novamente com a aplicação de calor, que funciona como um gatilho para mudar o estado do azobenzeno, e essa liberação pode ser muito rápida, como uma mola comprimida que volta ao seu estado não tensionado. Isso fornece um aumento de calor que pode ser usado, por exemplo, para aquecer água, cujo vapor pode então ser usado para gerar energia.

O mecanismo também serve para armazenamento digital de dados ou para liberação controlada de medicamentos.
[Imagem: Kieran Griffiths et al. - 10.1021/acs.chemmater.0c02708]

Armazenamento de energia, de dados e de medicamentos

O conceito de armazenamento de energia solar em fotointerruptores já foi estudado antes, mas a maioria dos materiais obtidos até agora exigia que as fotochaves ficassem mergulhadas em um líquido. Como o composto MOF é um sólido, e não líquido, ele é quimicamente estável e facilmente contido, tornando muito mais fácil desenvolver revestimentos ou dispositivos autônomos.

"O material funciona um pouco como os materiais de mudança de fase, que são usados para fornecer calor em aquecedores de mão. No entanto, embora os aquecedores de mão precisem ser aquecidos para recarregá-los, o bom desse material é que ele captura energia 'gratuita' diretamente do sol. Também não possui partes móveis ou eletrônicas e, portanto, não há perdas envolvidas no armazenamento e liberação da energia solar. Esperamos que, com um maior desenvolvimento, possamos fazer outros materiais que armazenam ainda mais energia," disse o professor John Griffin, coordenador da pesquisa.

Outras aplicações potenciais para materiais cristalinos contendo moléculas de fotocélulas incluem o armazenamento de dados: o arranjo bem definido dos fotointerruptores significa que eles podem ser chaveados um por um usando uma fonte de luz precisa e, portanto, armazenar dados, como em um CD ou DVD, mas em nível molecular. Eles também têm potencial para a liberação de medicamentos: as drogas podem ser bloqueadas dentro de um material por meio de fotochaves e então liberadas sob demanda dentro do corpo usando uma luz ou um gatilho de calor.

Embora os resultados sejam muito promissores, a densidade de energia do DMOF-1 ainda é modesta. Os próximos passos são pesquisar outras estruturas MOF, bem como tipos alternativos de materiais cristalinos, que apresentem maior densidade no armazenamento de energia.

Bibliografia:

Artigo: Long-Term Solar Energy Storage under Ambient Conditions in a MOF-Based Solid-Solid Phase-Change Material
Autores: Kieran Griffiths, Nathan R. Halcovitch, John M. Griffin
Revista: Chemistry of Materials
DOI: 10.1021/acs.chemmater.0c02708

sábado, 14 de novembro de 2020

 

Quando as baterias de sódio começarão a substituir as baterias de lítio?


Fonte: www.inovacaotecnologica.com.br

Baterias de sódio contra baterias de lítio

As baterias de íons de lítio são os sistemas de armazenamento de energia eletroquímica preferidos para uma ampla variedade de aplicações.

No entanto, outros tipos de tecnologias emergentes já estão se preparando para oferecer baterias mais baratas e menos danosas ao meio ambiente.

Entre elas, as baterias de íons de sódio (Na) têm mostrado grande potencial para representar a próxima geração de solução de armazenamento de energia de baixo custo e ecologicamente correta.

Para fazer um balanço da situação, um time de especialistas na área, de pelo menos oito universidades europeias, combinou seu conhecimento e experiência para avaliar o status atual da tecnologia de íons de sódio, avaliando desde os materiais até o desenvolvimento das células, oferecendo uma comparação realista dos indicadores-chave de desempenho para as baterias de lítio e de sódio.

Eles afirmam que as baterias à base de sódio oferecem uma combinação de propriedades atraentes. Elas são de baixo custo, usam precursores sustentáveis e têm um abastecimento seguro de matéria-prima. Além disso, elas são promissoras porque podem ser produzidas nas mesmas instalações de fabricação das baterias de íons de lítio já existentes.


As baterias à base de sódio oferecem uma combinação de propriedades interessantes para todas as aplicações.
[Imagem: Journal of Power Sources]


Tipos de baterias de sódio

Assim como as baterias baseados em lítio, as baterias baseadas em sódio vêm em diferentes formas, como íons de sódio, baterias de sódio de estado sólido, baterias sódio-ar e baterias de sódio-enxofre.

Embora as duas últimas sejam vistas como tecnologias revolucionárias do futuro, a tecnologia íons de sódio representa uma tecnologia atraente quase pronta para desafiar as baterias de íons de lítio em aplicações específicas.

Os especialistas indicam que, com o desenvolvimento recente, os melhores materiais atuais disponíveis para células de íons de sódio devem permitir fabricar baterias com uma densidade de energia muito próxima à da atual geração de células comerciais de íons de lítio.

A família das baterias de sódio tem desde membros quase prontos para o mercado, até tecnologias futurísticas de altíssimo desempenho.
[Imagem: Journal of Power Sources]

Um dos campos de aplicação mais importantes para os protótipos de baterias de íons de sódio são certamente os sistemas de armazenamento de energia estacionários, onde o custo e o ciclo de vida representam dois parâmetros fundamentais.

"Neste campo, as baterias de íons de sódio têm o potencial de dominar o mercado futuro, representando o sistema mais promissor para preencher a lacuna entre a produção e a utilização de energia, garantindo o fornecimento de energia. No entanto, as aplicações de alta potência no campo automotivo eletrificado são um nicho potencial de aplicação para as baterias de íons de sódio," disse a professora Ivana Hasa, da Universidade do Warwick, membro do painel de especialistas.

Roteiro tecnológico para baterias de sódio

A equipe também aponta o que falta fazer.

Por exemplo, melhorias tecnológicas são necessárias para aumentar o desempenho das baterias de sódio, especialmente em termos de densidade de energia.

Mas é preciso levar em conta que resultados extremamente encorajadores foram alcançados para a tecnologia de íons de sódio em um tempo mais curto do que o que se obteve com a tecnologia de íons de lítio, quando essas baterias começaram a ser desenvolvidas.

Segundo a equipe, o aprimoramento tecnológico será alcançado pela otimização da fabricação e da montagem dos componentes das células, como ocorreu nos últimos trinta anos para a tecnologia de lítio.

"Do ponto de vista da pesquisa aplicada, os esforços de pesquisa futuros devem ser dedicados à pesquisa fundamental, descoberta de materiais e compreensão dos processos termodinâmicos e cinéticos que governam a química desses sistemas. Além disso, a investigação de baterias de íons de sódio em larga escala é de importância fundamental para se obter dados realistas para avaliar o progresso da tecnologia, bem como a adoção de uma metodologia comum para relatar os avanços entre a comunidade científica, permitindo uma comparação justa entre os resultados de desempenho," disse Hasa.

Além de se autoconsertar e durar mais, as baterias de sódio são essencialmente baterias de água do mar, o que as torna muito mais baratas.
[Imagem: Atsuo Yamada]

Bibliografia:

Artigo: Challenges of today for Na-based batteries of the future: From materials to cell metrics
Autores: Ivana Hasa, Sathiya Mariyappan, Damien Saurel, Philipp Adelhelm, Alexey Y. Koposov, Christian Masquelier, Laurence Croguennec, Montse Casas-Cabanas
Revista: Journal of Power Sources
Vol.: 482, 228872
DOI: 10.1016/j.jpowsour.2020.228872

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

 

Europa vai usar hidrogênio para retardar mudança climática


Fonte:www.inovacaotecnologica.com.br

Os eletrolisadores para produzir hidrogênio limpo já estão 
disponíveis, embora seu custo seja elevado.
[Imagem: ITM/Divulgação]




Hidrogênio no lugar do petróleo

hidrogênio está de volta. Ou, pelo assim se pretende.

Na semana passada, a Comissão Europeia anunciou uma nova estratégia para transformar o elemento mais abundante do Universo em um meio "alcançar uma ambição climática mais alta".

Já houve falsas largadas do hidrogênio antes, e grandes visões anunciadas de uma "economia do hidrogênio" não se concretizaram. Ciente disso, a União Europeia está adotando uma abordagem mais direcionada, lançando o hidrogênio como um meio de limpar indústrias difíceis de descarbonizar, como a siderurgia.

Caminhões trens e até navios movidos a hidrogênio também podem impulsionar a demanda pelo combustível.

Há apenas um grande problema. Embora o plano observe que o uso de hidrogênio não emite dióxido de carbono, também reconhece que a maior parte da sua produção hoje é bem suja. Globalmente, cerca de 96% do hidrogênio é produzido a partir de combustíveis fósseis, por meio de um processo conhecido como reforma a vapor do metano. Mesmo grande parte dos 4% restantes, produzidos usando água e eletrolisadores, é alimentada por usinas de carvão e gás. Os números são semelhantes na Europa, que produz cerca de 10 milhões de toneladas de hidrogênio por ano.

É por isso que a estratégia exige metas sobre o que se convencionou chamar de "hidrogênio verde", ou "hidrogênio renovável", produzido usando eletrolisadores alimentados por fontes renováveis de eletricidade, como solar e eólica.

Transição para a economia do hidrogênio

Segundo o relatório, a transição dos combustíveis fósseis para o hidrogênio exigirá uma abordagem gradual, em fases:

  • "De 2020 a 2024, apoiaremos a instalação de pelo menos 6 gigawatts de eletrolisadores de hidrogênio renováveis e a produção de até um milhão de toneladas de hidrogênio renovável.
  • De 2025 a 2030, o hidrogênio precisa se tornar uma parte intrínseca do nosso sistema integrado de energia, com pelo menos 40 gigawatts de eletrolisadores de hidrogênio renováveis e a produção de até dez milhões de toneladas de hidrogênio renovável.
  • De 2030 a 2050, as tecnologias renováveis de hidrogênio devem atingir a maturidade e ser implantadas em larga escala em todos os setores de difícil descarbonização."

Mesmo alguns dos mais entusiastas defensores da economia do hidrogênio acreditam que são metas ambiciosas demais, especialmente devido à queda na demanda de eletricidade causada pela pandemia de coronavírus, fazendo com que a queda na atividade econômica deixe energia sobrando.

Os ambientalistas também não gostaram do apoio ao chamado "hidrogênio cinza", produzido com combustíveis fósseis. Mesmo contemplando tecnologias para capturar e armazenar o carbono, os ambientalistas afirmam que isso dá uma "sobrevida para a decadente indústria de combustíveis fósseis".

Mas alguns especialistas em energia acham correto incluir o hidrogênio cinza devido à grande quantidade de hidrogênio de baixo carbono necessária e ao custo relativamente alto dos eletrolisadores.

Há outras tecnologias para apoiar a adoção do hidrogênio, como 
[Imagem: UNIST]

Energia limpa

Outro desafio para fazer o plano decolar consiste em que uma economia do hidrogênio envolve vários aspectos.

Por exemplo, ainda que a Europa consiga construir os eletrolisadores necessários - já existem fabricantes desses equipamentos na maioria dos principais países europeus - resta a questão de saber se haverá parques eólicos e painéis solares suficientes para alimentá-los e manter seu hidrogênio limpo.

A União Europeia também lançou a Aliança pelo Hidrogênio Limpo para unir países, regiões, indústria e outras organizações para tornar a estratégia uma realidade. Os ambientalistas se alarmaram porque, embora a Aliança tenha no conselho de administração empresas de combustíveis fósseis, como a Shell, a entidade não incluiu nenhuma organização sem fins lucrativos.

Será que este plano será suficiente para tornar realidade desta vez a tão esperada economia do hidrogênio? A estratégia parece apontar na direção certa e pode ser bem-sucedida se tiver um apoio amplo dos diversos países. O foco na limpeza da indústria, por exemplo, é algo novo e lida com uma demanda que dificilmente desaparecerá da agenda devido às mudanças climáticas.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

 

Fonte:  www.iea.org

Este estudo conjunto da Agência Internacional de Energia e do Escritório Europeu de Patentes destaca o papel fundamental que a inovação das baterias está desempenhando na transição para tecnologias de energia limpaEle fornece dados globais e análises com base nas famílias de patentes internacionais registradas no campo de armazenamento de eletricidade desde 2000 (mais de 65.000 no total). Ele revela que entre 2005 e 2018, a atividade de patenteamento de baterias e outras tecnologias de armazenamento de eletricidade cresceu a uma taxa média anual de 14% em todo o mundo, quatro vezes mais rápido do que a média de todos os campos de tecnologia.



Veja aqui o relatório

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Relatório iea




    Perspectivas de Tecnologia de Energia 2020













https://www.youtube.com/watch?v=noT8mVbMjaw





A necessidade de aumentar drasticamente as tecnologias de energia limpa


Um grande esforço para desenvolver e implantar tecnologias de energia limpa em todo o mundo é urgentemente necessário para atender às metas internacionais de energia e clima - especialmente para reduzir as emissões de carbono de áreas da economia além do setor de energia, de acordo com nosso novo relatório Energy Technology Perspectives 2020 publicado quinta-feira.  
   
Após uma reformulação da série, nosso primeiro relatório principal de Perspectivas de Tecnologia de Energia em três anos analisa mais de 800 opções de tecnologia diferentes para avaliar o que precisaria acontecer para atingir emissões líquidas zero globalmente até 2070, garantindo um sistema de energia resiliente e seguro. Ele contém novas análises significativas sobre o desafio das emissões de ativos de energia de longa duração que já operam em todo o mundo - incluindo usinas de carvão ineficientes, siderúrgicas e fornos de cimento.   
  
O relatório conclui que a transição apenas do setor de energia para energia limpa levaria o mundo a apenas um terço do caminho para emissões líquidas zero. Completar a jornada exigirá dedicar muito mais atenção aos setores de transporte, indústria e construção, que hoje respondem por cerca de 55% das emissões de CO2 do sistema energético. Hidrogênio, captura de carbono e biocombustíveis serão soluções vitais - ao lado da eletricidade.
 
Explore o relatório e leia nosso comunicado à imprensa .
Otimismo crescente sobre o futuro da energia limpa no mundo
Este foi um ano sombrio. Uma pandemia global e uma crise econômica brutal afetaram muito o mundo. Mas nosso Diretor Executivo, Dr. Fatih Birol, vê razões para otimismo em uma área importante, a velocidade da mudança para uma energia mais limpa.   
  
O Dr. Birol descreve essas razões em um novo artigo publicado na semana passada e discute cinco tendências recentes interligadas com grande potencial para prevenir os piores estragos das mudanças climáticas e garantir que as pessoas em todo o mundo tenham acesso à energia e às oportunidades econômicas de que precisam para desfrutar de uma vida mais saudável e próspera . Ele também destaca três desafios principais que precisam ser superados se o mundo quiser atingir as metas internacionais de energia e clima.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020




ENERGIA SOLAR NO BRASIL
( Realidade ou Expectativa ?)




Fonte: Bom dia Brasil / Rede Globo

 

domingo, 13 de setembro de 2020

 

Aumenta eficiência de gerador capaz de gerar eletricidade à noite

Curso de Introdução à Logica da Universidade Stanford gratuito (legendado).  - CBSI | SISTEMAS DE INFORMAÇÃO.
Fonte: www.inovacaotecnologica.com.br


Aumenta eficiência de gerador capaz de gerar eletricidade à noite
O conceito de refrigeração radiativa foi usado em conjunto com a geração termoelétrica de eletricidade.
[Imagem: Lingling Fan/Wei Li/Stanford University]




Refrigeração passiva

A chamada refrigeração radiativa é uma espécie de "anti-célula solar", permitindo enviar calor para o espaço sem gastar energia.

Isso permite gerar eletricidade à noite ou construir aparelhos de ar-condicionado que mandam o calor para o espaço.

Há pouco mais de um ano, engenheiros da Universidade do Stanford, nos EUA, criaram um gerador noturno de eletricidade que aproveitava o frio do espaço para gerar 64 nanowatts por metro quadrado - pouco demais para qualquer aplicação prática, mas inegavelmente uma demonstração marcante de uma tecnologia promissora.

A equipe melhorou muito seu sistema, que agora já consegue gerar 2,2 Watts por metro quadrado, o que já é suficiente para aplicações como segurança e monitoramento ambiental, por exemplo.

"Estamos trabalhando para desenvolver a geração de iluminação sustentável de alto desempenho que possa fornecer a todos - incluindo aqueles em áreas rurais e em regiões mais pobres - acesso a fontes de energia de iluminação confiáveis e sustentáveis de baixo custo. Uma fonte de energia modular também pode alimentar sensores fora da rede usados em uma variedade de aplicações e ser usado para converter calor residual de automóveis em energia utilizável," disse o pesquisador Lingling Fan.


Refrigeração radiativa

Uma das maneiras mais eficientes de gerar eletricidade usando a refrigeração radiativa é usar um gerador de energia termoelétrica. Esses dispositivos usam materiais termoelétricos para gerar energia, convertendo diferenças de temperatura entre uma fonte de calor e o lado frio do dispositivo - o resfriador radiativo - em uma corrente elétrica.

No novo trabalho, os pesquisadores otimizaram cada etapa da geração de energia termoelétrica para maximizar a geração de energia noturna a partir de um dispositivo para ser usado no telhado. Eles melhoraram a captação de energia, para que mais calor flua do ar circundante para o sistema, e incorporaram novos materiais termoelétricos disponíveis comercialmente, que aumentaram o quão bem essa energia é usada pelo dispositivo.

"Uma das inovações mais importantes foi projetar um emissor seletivo que é conectado ao lado frio do dispositivo," contou o pesquisador Wei Li. "Isso otimiza o processo de resfriamento radiativo para que o gerador de energia possa se livrar de forma mais eficiente do calor excessivo."

Bibliografia:

Artigo: Maximal nighttime electrical power generation via optimal radiative cooling
Autores: Lingling Fan, Wei Li, Weiliang Jin, Meir Orenstein, Shanhui Fan
Revista: Optics Express
Vol.: 28 (17): 25460
DOI: 10.1364/OE.397714



INEL - Instituto Nacional de Energia Limpa | Brasília
www.inelbrasil.org/

Por um futuro com energia limpa e mais barata a todos...



O INEL – Instituto Nacional de Energia Limpa e Sustentável é um centro de inteligência para apoiar os  esforços em prol das fontes de energia limpa e sustentável, com a finalidade de promover a democratização do acesso à energia limpa e mais barata, a toda a sociedade. 


Missão
Acelerar o ciclo de inovação

  • Quando se trata da energia que usamos para alimentar nossas vidas, os seres humanos inovam há milhares de anos. Da madeira ao carvão e ao petróleo, nossa tecnologia se tornou cada vez mais eficiente. 
  • Infelizmente, essas transições de energia podem levar séculos, e não temos centenas de anos para esperar. A mudança climática já está prejudicando centenas de milhões de pessoas. 
  • O mundo deve acelerar o ciclo de inovação para alcançar emissões líquidas zero até 2050.



Este vídeo mostra os 20 principais países com a maior geração total de energia renovável de 1960 a 2018. Os dados não incluem a União Soviética.





Principais países por emissão de dióxido de carbono per capita





Os 20 principais países por geração de eletricidade das hidrelétricas (1965-2019)




 

quinta-feira, 3 de setembro de 2020


ENERGIA SOLAR NO BRASIL

                      

Fonte: Rede Globo ( Bom dia Brasil)

Situação e perspectivas da Energia Solar no Brasil(Fonte: Portal Solar)


Apesar de contar com uma das matrizes energéticas mais renováveis do mundo, possuindo, aproximadamente, 75% de fontes renováveis para a produção de energia elétrica, o Brasil ainda encontra alguns desafios para alcançar as metas de utilização. No entanto, o número de sistemas fotovoltaicos instalados no território brasileiro tem crescido consideravelmente se considerarmos os custos de aquisição, que ainda são altos devido à falta de incentivos por parte do governo.

Pensando nisso, é necessário que o país invista cada vez mais na oferta de incentivos e linhas de crédito e financiamento, a fim de estimular a diminuição dos preços da tecnologia alternativa e contribuir para a geração de energia que não afete o meio ambiente.

Pode-se observar, ainda, que o Brasil possui uma vantagem por conta do extenso potencial energético a partir da energia solar, tendo em vista que os níveis de incidência solar são superiores aos de países que desenvolvem projetos fotovoltaicos com mais frequência, como Alemanha, França e Espanha. Portanto, a geração de energia fotovoltaica precisa ser amplamente explorada no país, já que possui os estímulos fundamentais para isso.

Além disso, estima-se que, em 2024, o território brasileiro contará com, aproximadamente, 887 mil sistemas de energia solar conectados à rede instalados, estabelecendo uma maior economia em relação às distribuidoras convencionais, além da manutenção e preservação ambiental do país.


DADOS DA ENERGIA SOLAR












Benefícios da produção de energia solar no Brasil  (Fonte: Portal Solar)

A energia solar traz diversos benefícios ambientais para o Brasil. Entre eles, se boa parte da população instalar sistemas fotovoltaicos em casas e empresas, não será mais necessário inundar áreas imensas da floresta amazônica para construir usinas hidroelétricas, como a Belo Monte, por exemplo.

  • Uma usina solar de 100 MWp gera energia para 20 mil casas e evita a emissão de 175 mil toneladas de CO2 por ano.

Além disso, são vários os benefícios econômicos da energia solar no Brasil, portanto, a seguir, listamos os mais importantes:

  • Casas que possuem energia solar fotovoltaica instalada podem gerar a sua própria energia renovável e, assim, economizar até 95% do valor da sua conta de luz;
  • Sistemas fotovoltaicos valorizam a propriedade;
  • Quanto mais energia solar instalada no Brasil, menor é a necessidade de utilizarmos as usinas termelétricas, que possuem um custo maior e, consequentemente, menor será a inflação na conta de luz;
  • A indústria de energia solar no Brasil gera milhares de empregos todos os anos;
  • A energia solar é totalmente renovável;
  • A energia solar é infinita;
  • Não faz barulho;
  • Não polui;
  • Possui mínima necessidade de manutenção;
  • Baixo custo, considerando a vida útil de um sistema fotovoltaico;
  • Fácil de instalar;
  • Pode ser usado em áreas remotas onde não existe energia.

Ainda assim, também podemos destacar que trata-se de uma energia inesgotável, ou seja, é a opção mais viável para que seus filhos e netos possam aproveitá-la no futuro. Logo, vale destacar que a instalação de seu sistema para a geração de energia é feita de modo simples e possui mínima manutenção, sendo necessária a limpeza dos painéis solares apenas 2 vezes ao ano!

Desafios da produção de energia solar no Brasil

A energia solar ainda enfrenta grandes desafios no Brasil, tendo em vista que os incentivos governamentais são cada vez menores e isso faz com que a solução pareça menos acessível aos consumidores.

A utilização de energia solar no País ainda é pequena, no entanto, o custo dessa tecnologia está em constante queda, ampliando seu acesso aos que ainda não a usufruem. Dessa forma, é preciso investir no acesso à informação para diminuir os desafios no Brasil, divulgando seus inúmeros benefícios, como o fato de ser uma energia que não polui nem gera impactos ao meio ambiente.

Os desafios da energia solar no Brasil ainda são grandes, como:

  • Vencer o lobby das grandes construtoras que querem construir mais lagoas de pedras e inundar a Mata Atlântica;
  • Vencer o lobby das distribuidoras de energia que querem vender energia, em vez de permitir a sua própria produção de energia elétrica com a luz do sol;
  • Os brasileiros ainda preferem investir em carros importados, em vez de energia renovável.

Além disso, embora a energia solar seja uma das fontes de energia com mais benefícios, ela apresenta algumas poucas desvantagens:

  • Não pode ser usada durante a noite;
  • Para armazenar a energia solar, é necessário o uso de baterias, o que pode encarecer o custo do sistema fotovoltaico como um todo.