Enfil aposta em sistema alemão de gestão de resíduos sólidos que contribui para desafogar lixões, reduzir impactos ambientais e ainda produzir energia elétrica limpa
Em várias localidades do mundo, a média anual de produção de lixo sólido por pessoa chega a impressionantes 500 kg. Em um planeta cuja população já ultrapassou a marca de 7 bilhões, não é necessário muito esforço para dimensionar as proporções dos problemas que essa massiva geração de detritos pode gerar. Um deles, o crescimento de lixões por todo o globo, se mostra um enorme fator de risco ambiental ao contribuir para a poluição do ar, isso sem contar problemas sociais nas áreas de entorno dos depósitos.
Diante dessa situação, a Enfil Controle Ambiental, empresa especializada em soluções para sistemas de controle da poluição atmosférica e para sistemas de tratamento de água e efluentes industriais (gestão de resíduos e remediação de áreas contaminadas), trouxe para o Brasil uma inovação que já domina o mercado na Europa: o tratamento térmico de resíduos sólidos.
Parte do sistema, a incineração, já é uma velha conhecida. No entanto, em vez de poluir o meio ambiente com os gases tóxicos produzidos na combustão, a tecnologia empregada pela Enfil atende 100% as normas ambientais internacionais. De forma resumida: o calor decorrente da combustão do resíduo sólido urbano aquece um sistema de água desmineralizada. O vapor produzido alimenta turbinas responsáveis pela conversão de energia térmica em elétrica que é repassada para a rede pública.
Os benefícios são evidentes. "A incineração em si é capaz de reduzir o volume de resíduos em cerca de 90%, diminuindo drasticamente o total que chega aos lixões", diz Diego Tarabini, Gerente de Desenvolvimento da Enfil. E não é só. O profissional acrescenta que o material residual poderia passar por um processo de triagem para separação de materiais recicláveis. "O tratamento térmico oferece uma maneira segura e comprovada para reduzir as quantidades de resíduos, atendendo às questões ambientais", diz.
A tecnologia também cuida da poluição atmosférica, pois possui um sistema que trata os gases provenientes da incineração. Assim, material particulado, NOx, SOx, dioxinas e furanos, mercúrio e outros componentes nocivos à saúde e ao meio ambiente são eliminados. Já a produção de energia elétrica colabora para reduzir a dependência de matrizes energéticas.
O equipamento utilizado pela Enfil é fabricado pela alemã Steinmüller Babcock Environment, famosa no mercado internacional por suas soluções ecologicamente corretas. "A tecnologia que trouxemos ao Brasil é comprovadamente eficiente. O sistema de queima em grelha é utilizado há mais de 50 anos em dezenas de países da Europa", diz Diego.
A fotossíntese artificial é um processo pelo qual a luz solar, o CO2 e a água são convertidos em combustíveis úteis.[Imagem: JCAP]
Combustíveis multicarbono
Químicos descobriram uma maneira nova e mais eficiente de criar combustíveis à base de carbono - como os derivados do petróleo - a partir do dióxido de carbono (CO2).
A equipe do Instituto de Tecnologia da Califórnia identificou um novo aditivo que ajuda a converter o CO2 seletivamente em combustíveis contendo múltiplos átomos de carbono, um passo importante rumo à produção de combustíveis líquidos renováveis - que não são derivados do carvão, petróleo ou gás natural.
"Os resultados foram simplesmente chocantes," disse o professor Jonas Peters. "Normalmente, nestes tipos de reações com CO2, você vê muitos subprodutos como o metano e o hidrogênio. Neste caso, a reação foi altamente seletiva para os combustíveis mais desejáveis, que contêm múltiplos carbonos - como etileno, etanol e propanol. Vimos uma conversão de 80% para esses combustíveis multicarbonos, com apenas 20% ou mais de hidrogênio e metano."
Combustíveis com múltiplos átomos de carbono são mais desejáveis porque tendem a ser líquidos - e os combustíveis líquidos armazenam mais energia por volume do que os gasosos. Por exemplo, o propanol, que é líquido e contém três átomos de carbono, armazena mais energia do que o metano, que é um gás e possui apenas um átomo de carbono.
O objetivo dos químicos é criar artificialmente combustíveis líquidos multicarbonos, para uso em transportes e geração termoelétrica, usando como ingredientes o CO2, que fornece o carbono, e a água - idealmente, tudo movido aenergia solar.
Combustíveis pela via rápida
Para sintetizar os combustíveis multicarbono, a equipe usou uma solução aquosa e um eletrodo de cobre, que serviu de catalisador. O experimento em laboratório ainda não foi alimentado por energia solar.
O CO2 foi adicionado à solução, bem como uma classe de moléculas orgânicas conhecidas como arilpiridinios N-substituídos, que formaram um depósito muito fino no eletrodo. Este filme, por razões ainda não compreendidas pelos cientistas - por isso eles chamaram o resultado de "chocante" -, melhorou drasticamente a reação, produzindo seletivamente etanol, etileno e propanol.
"É fácil fazerhidrogênionessas condições, de forma que geralmente vemos um bocado desse gás," disse Theodor Agapie, coordenador da equipe. "Mas queremos desestimular a produção de hidrogênio e favorecer a produção de combustíveis líquidos de alta densidade de energia com ligações carbono-carbono, que é exatamente o que obtivemos em nossos experimentos".
O próximo passo será descobrir como os aditivos estão otimizando a reação. Os pesquisadores também planejam testar aditivos similares para ver se eles podem melhorar ainda mais a seletividade para os combustíveis líquidos. Em última análise, esta informação poderá ajudar a viabilizar a produção de combustíveis alternativos de forma eficiente sem depender doscombustíveis fósseis.
"A natureza armazenou a energia solar sob a forma de óleo durante um longo período da história da Terra através de um processo que leva milhões de anos. Os químicos gostariam de descobrir como fazer isso muito mais rapidamente," finalizou Peters.
Bibliografia:
CO2 Reduction Selective for C2 Products on Polycrystalline Copper with N-substituted Pyridinium Additives Zhiji Han, Ruud Kortlever, Hsiang-Yun Chen, Jonas C. Peters, Theodor Agapie ACS Central Science DOI: 10.1021/acscentsci.7b00180
terça-feira, 22 de agosto de 2017
Eólica Cresce 25% no Primeiro Semestre de 2017 e Aumenta Participação na Matriz Energética
Fonte: http://leonardo-energy.org.br
A geração efetiva de energia por fonte eólica em operação comercial no Brasil totalizou 21.351 megawatts médios entre os meses de janeiro e julho de 2017. O resultado representa um crescimento de 24,26% quando comparado com o mesmo período registrado no ano passado, quando a produção de energia eólica registrou 17.182 megawatts médios.
A geração de energia pela fonte eólica vem batendo recorde ano após ano no Brasil. Em 2010, a geração energia eólica girava em torno de 1.376 megawatts (MW) médios e ocupava 0,23% da matriz elétrica nacional. Em 2016 a geração de energia pela força dos ventos saltou para 44.353 MW médios, aumentando para6% a sua fatia de participação na matriz energética brasileira.
As informações fazem parte do resultado de um levantamento realizado pelo colaborador do CERNE (Centro de Estratégia em Recursos Naturais e Energia) e professor da UFRN, João Agra, com dados consolidados no último relatório da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) divulgado em agosto.
“Desde a inserção da fonte na matriz elétrica nacional, no ano de 2009, e sua evolução quanto ao número de parques construídos e capacidade instalada em operação comercial, as eólicas estão se tornando uma fonte cada vez mais relevante nos indicadores de geração de energia”, destacou João Agra.
COMO FUNCIONA O PROCESSO DE GERAÇÃO DE ENERGIA A PARTIR DOS VENTOS
Fonte: cerne.org.br
sexta-feira, 18 de agosto de 2017
Lista das principais empresas de energia limpa do mundo inclui brasileiras
Fontes: http://envolverde.cartacapital.com.br
http://www.telanon.info
A economia global está em uma transição monumental de um sistema energético baseado em combustíveis fósseis para uma baseada em fontes de energia limpas e renováveis.
OAKLAND, CA – As organizações As You Sow e Corporate Knights lançaram a terceira atualização do relatório Carbon Clean 200 (Clean200), uma lista das 200 maiores empresas de capital aberto que obtêm receitas significativas a partir de energias limpas. Em um ano completo de desempenho até 30 de junho de 2017, as empresas do Clean200 geraram um retorno de 16,9% contra um declínio de 1,2% no índice de referência para combustíveis fósseis da pesquisa, o S&P 1200 Global Energy Index.
As dez empresas que mais contribuíram para o desempenho do primeiro ano da Clean200TM estão envolvidas na oferta de produtos, materiais e serviços relacionados à eficiência energética. São: Siemens, Toyota, Schneider Electric, ABB, Panasonic, Vestas, Bombardier, Innogyse, Johnson Controls e SSE. Os 11 países com maior número de empresas na lista são China (68), Estados Unidos (34), Japão (20), Alemanha (8), Índia (7), Coréia do Sul (7), Canadá (5), Suécia ( 5), Dinamarca (4), Irlanda (4) Reino Unido (4). Apenas três empresas brasileiras integram a lista: São Martinho S/A, Weg e CPFL.
Esta é a segunda atualização da lista Clean200TM , referente ao segundo trimestre do ano. O índice continuará a ser atualizado regularmente, fornecendo uma alternativa para investidores que estão buscando mudar sua exposição aos riscos dos combustíveis fósseis para as energias limpas.
“Depois de um G20 dividido, ficamos entusiasmados ao ver corporações em todo o mundo tomar a iniciativa de obter ganhos com energia limpa”, disse Andrew Behar, CEO da As You Sow e co-autor do relatório. “Independentemente da política, as forças do mercado que impulsionam os benefícios econômicos da energia limpa são claras e são muito mais poderosas do que um pequeno grupo pessoas presas ao passado”.
“Enquanto alguns temiam que as mudança nas políticas climáticas em Washington prejudicassem os estoques de energia limpa em benefício dos estoques de combustíveis fósseis, aconteceu o contrário”, destacou Toby Heaps, CEO da Corporate Knights e co-autor do relatório. “Quase poeticamente, o Clean200 ultrapassou o benchmark do combustível fóssil no dia da inauguração (20 de janeiro) e não voltou atrás desde então “.
O Clean200TM classifica as maiores empresas de capital aberto em todo o mundo por suas receitas totais de energia limpa avaliadas pela Bloomberg New Energy Finance (BNEF). Para ser elegível, uma empresa deve ter uma capitalização de mercado superior a US$ 1 bilhão (final do terceiro trimestre de 2017) e obter mais de 10% da receita total de fontes limpas de energia. A lista exclui todas as empresas de petróleo e gás e utilitários que geram menos de 50% de sua energia a partir de fontes renováveis, bem como as 100 principais empresas de carvão medidas por reservas. A lista também filtra empresas que lucram com a fabricação de armas, o desmatamento de florestas tropicais, o uso de mão-de-obra infantil e / ou forçada e as empresas que se envolvem em lobby climático negativo.
A metodologia e a lista usadas para desenvolver o Clean200TM podem ser baixadas em www.clean200.org.
As ações das empresas listadas no Clean 200 deixam as açoes das empresas baseadas em combustíveis fósseis para trás (S & P Global 1200 Energy)
Análise Financeira (30 de junho de 2016 – 1 de julho de 2017)
Fonte: Bloomberg
As You Sow é uma organização sem fins lucrativos que promove a responsabilidade corporativa socioambiental por meio do advocacy junto a acionistas e da constituição de coalizões. www.asyousow.org.
Corporate Knights é uma B Corp de mídia e pesquisa que visa oferecer informações que empoderem as pessoas para atrelar os mercados a um mundo melhor. www.corporateknights.com
** As You Sow e Corporate Knights não são consultores de investimento nem fornecemos planejamento financeiro, consultoria legal ou tributária. Nada no Carbon Clean 200 Report deve constituir ou ser interpretado como uma oferta de instrumentos financeiros ou como consultoria de investimento ou recomendações de investimento. **
quarta-feira, 16 de agosto de 2017
Gasolina sem petróleo:
Primeiros 200 l feitos de CO2 e energia solar
Fonte:http://www.inovacaotecnologica.com.br
Sol + CO2 = gasolina, diesel ou querosene. [Imagem: VTT]
Combustível limpo
Um projeto tocado por engenheiros e pesquisadores da Alemanha e da Finlândia produziu os primeiros 200 litros de combustível sintético extraído do dióxido de carbono (CO2) atmosférico e usando energia solar.
O combustível limpo foi produzido em uma planta-piloto móvel, que pode ser usada de forma descentralizada para produzir gasolina, diesel ou querosene. Para facilitar sua mobilidade, a planta química supercompacta foi acondicionada em um contêiner.
"O sucesso da transição energética exige inovações geradas por pesquisas se estendendo dos fundamentos até as aplicações," disse o professor Thomas Hirth, do Instituto de Tecnologia Karlsruhe. "O sucesso do [projeto] Soletair reflete a importância das redes de pesquisa internacionais que lidam com os desafios globais e desenvolvem soluções aplicáveis."
Do CO2 à gasolina
A usina de combustível é formada por três componentes principais.
A unidade de "captura direta do ar" captura o dióxido de carbono do ar em volta. A seguir, uma unidade de eletrólise usa a energia solar para produzir hidrogênio. No terceiro componente, o dióxido de carbono e o hidrogênio são primeiro convertidos em gás de síntese reativo a alta temperatura e depois em combustíveis líquidos em um reator químico microestruturado.
Este é o reator microestruturado responsável pela última etapa do processo, convertendo
gás de síntese em combustíveis líquidos. [Imagem: INERATEC/KIT]
A equipe afirma que esta é a primeira vez que o processo completo, da energia fotovoltaicae da captura de dióxido de carbono do ar, até a síntese de combustível líquido, mostrou sua viabilidade técnica.
A planta-piloto tem uma capacidade de produção de 80 litros de gasolina por dia. Na primeira campanha, agora concluída, foram produzidos cerca de 200 litros de combustível em várias fases, para estudar o processo de síntese ideal, as possibilidades de reaproveitar o calor produzido e as propriedades do produto final.
A planta compacta foi projetada para fabricação descentralizada, além de poder se encaixar em um contêiner para facilidade de transporte. Com isto, uma usina completa poderá ser ampliada de forma modular. A equipe já está constituindo uma empresa para comercializar esses módulos.
segunda-feira, 14 de agosto de 2017
Energia solar fotovoltaica atinge marca histórica de 100 MW de microgeração e minigeração distribuída
Fonte:http://www.investimentosenoticias.com.br
O Brasil acaba de atingir a marca histórica de 100 MW de potência acumulada em sistemas de microgeração e minigeração distribuídasolar fotovoltaica instalados em residências, comércios, indústrias, edifícios públicos e na zona rural. Segundo mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a fonte solar fotovoltaica, baseada na conversão direta da radiação solar em energia elétrica de forma renovável, limpa e sustentável, lidera com folga o segmento de microgeração e minigeração distribuída, com 99% das instalações do País.
De acordo com a entidade, o Brasil possui atualmente 12.520 sistemas solares fotovoltaicos conectados à rede, trazendo economia e engajamento ambiental a 13.897 unidades consumidoras, somando mais de R$ 850 milhões em investimentos acumulados desde 2012, distribuídos ao redor de todas as regiões do Brasil.
Atualmente, consumidores residenciais lideram o uso da energia solar fotovoltaica, somando 42% da potência instalada no País, seguidos por empresas dos setores de comércio e serviços (38%), indústrias (11%), poder público (5%) e sistemas localizados na zona rural (3%).
Quando avaliamos o número de sistemas instalados, a liderança dos consumidores residenciais fica ainda mais visível, com 80% dos sistemas instalados em residências, seguido por empresas dos setores de comércio e serviços (15%), indústrias (2%), consumidores rurais (2%) e outros tipos, como consumidores do poder público (1%), serviços públicos (0,2%) e iluminação pública (0,1%).
O presidente executivo da ABSOLAR, Dr. Rodrigo Sauaia, ressalta que o crescimento da microgeração e minigeração distribuída solar fotovoltaica é impulsionado por três fatores principais: a redução de mais de 75% no preço da energia solar fotovoltaica nos últimos 10 anos, o aumento de mais de 50% nas tarifas de energia elétrica nos últimos dois anos e um aumento no protagonismo e na consciência e responsabilidade socioambiental dos consumidores, cada vez mais interessados em economizar dinheiro ajudando simultaneamente a preservação do meio ambiente.
“Celebramos com otimismo este passo histórico para a fonte solar fotovoltaica no Brasil, com a certeza de que teremos um forte crescimento do setor nos próximos anos e décadas. O Brasil possui mais de 81 milhões de unidades consumidoras e um interesse cada vez maior da população, das empresas e também de gestores públicos em aproveitar seus telhados, fachadas e estacionamentos para gerar energia renovável localmente, economizando dinheiro e contribuindo na prática para a construção de um país mais sustentável e com mais empregos renováveis locais e de qualidade”, comemora Sauaia.
Por: John Elkington - co-fundador e presidente executivo da Volans. Ele também co-fundou a SustainAbility (onde é presidente honorário) e Environmental Data Services (ENDS). Seu último livro, "The Breakthrough Challenge: 10 maneiras de conectar os lucros de hoje com a linha de fundo de amanhã", é co-autor com Jochen Zeitz e publicado pela Jossey-Bass.
É hora de rever nosso relacionamento com o carbono, o elemento mais crítico para a vida na Terra - e, no entanto, cada vez mais demonizado como principal culpado químico em mudanças climáticas aceleradas. Esta foi a conclusão primordial que retirei do Carbon Productivity Basecamp em junho ( #ReimaginingCarbon ).
O evento, coordenado por nós em Volans e outros, apresentou poderosas novidades de Paul Hawken, apresentando o trabalho da equipe do projeto Drawdown na modelagem de 100 soluções climáticas e da interface Chief Sustainability Officer, Erin Meezan, que explicou o novo pensamento radical da empresa Iniciativa Climate Take Back .
Para uma idéia do que eles disseram, veja este vídeo do Atlas of the Future . Outras entrevistas serão publicadas em breve, tanto no site Carbon Productivity quanto no site do Project Breakthrough , que estamos a desenvolver em conjunto com o Global Compact da ONU.
O que é "produtividade do carbono"?Envolve gerar um valor econômico, social e ambiental radicalmente maior do carbono que usamos, seja proveniente de fontes "duráveis", "vivas" ou "fugitivas".
Carvão vivo : "orgânico, fluindo em ciclos biológicos, fornecendo alimentos frescos, florestas saudáveis e solo fértil, algo que queremos cultivar e crescer".
Carbono durável : "bloqueado em sólidos estáveis, como o carvão e o calcário ou os polímeros recicláveis, que são usados e reutilizados, variam de fibras reutilizáveis como papel e pano para construção e elementos de infra-estrutura que podem durar gerações e depois serem reutilizados".
Carbono fugitivo : o que "acabou em algum lugar indesejável e pode ser tóxico, inclui o dióxido de carbono lançado na atmosfera, queimando combustíveis fósseis, plantas de" resíduos para energia ", vazamento de metano, desmatamento, agricultura industrial e desenvolvimento urbano".
Os primeiros esforços para aumentar a nossa produtividade de carbono se concentram em como usar melhor o carbono que ainda podemos queimar (como a criação de "carbono fugitivo", na nova linguagem de McDonough), sob o tipo de orçamentos nacionais de carbono que foram iniciados pelo Comitê do Reino Unido sobre Mudança climática na quinta rodada de seu orçamento de carbono .
Claramente, nosso foco inicial deve ser sobre os combustíveis fósseis. A Ferramenta de Produção de Carbono desenvolvida pela SystemIQ e a Future-Fit Foundation é um primeiro passo crucial. Ele é projetado para ajudar as empresas a medir sua produtividade de carbono, aumentar seu desempenho, gerando mais valor de menos carbono de combustível fóssil e colaborar com outras empresas em suas cadeias de valor de produtos.
A colaboração com o Future-Fit tem sido crítica, aumentando as chances de não se concentrar no carbono, excluindo outros fatores necessários para criar o futuro que queremos.
A ferramenta permite às empresas comparar fontes alternativas de matéria-prima e insumos de energia, melhorias de processos e desempenho e projetos de produtos para benefícios ambientais nas fases de uso e pós-uso. As empresas podem então identificar as melhores intervenções para otimizar sua produtividade de carbono.
Mas, à medida que a análise do Project Drawdown deixa claro, também devemos descobrir como reinventar nossos relacionamentos com formas de carbono vivas e duradouras. Em particular, devemos descobrir como extrair o carbono fugitivo da atmosfera em quantidades maciças - e como regenerar sistemas vivos que capturam e armazenam enormes quantidades de carbono que, de outro modo, acabariam com a atmosfera.
Crucialmente, também, devemos descobrir que esses aspectos recém-entendidos da gestão do carbono são economicamente viáveis em escala. De fato, se algum dos elementos do nosso Basecamp surpreendeu outras pessoas, foi o ritmo de desenvolvimento na captura e uso de carbono. Nós ouvimos as empresas pioneiras de captura e captura de carbono como a Covestro , um membro fundador do nosso Consórcio e Carbon Clean Solutions .
Uma resposta típica da audiência foi: "Eu não tinha idéia de que estávamos tão longe em termos de captura de carbono da atmosfera - e não apenas bombeando em buracos no chão, mas transformando-o em produtos úteis e comercialmente viáveis".
Na frente de Covestro , um novo catalisador está sendo usado para criar o cardyon , uma matéria-prima inovadora para a produção de espumas de poliuretano flexíveis de alta qualidade - o tipo de coisa que entra em assentos de carro e colchões. É produzido com dióxido de carbono até 20 por cento capturado da atmosfera. O resultado líquido: os fabricantes têm cada vez mais matérias-primas mais sustentáveis para ajudar a reduzir sua dependência de combustíveis fósseis.
A Carbon Clean Solutions, entretanto, está desenvolvendo inovadores engenheiros de processos e química para recuperar dióxido de carbono no custo de cerca de US $ 40 por tonelada métrica, oferecendo economias de 40% comparadas aos processos convencionais.
Nosso Basecamp coincidiu com uma convocação em Nova York, para analisar o progresso no Carbon XPRIZE , promovendo o desenvolvimento e implantação de tecnologias revolucionárias. O mandato Carbon XPRIZE - para Reimagine CO2 - tem sido uma fonte profunda de inspiração para nossos próprios esforços. Então ficamos entusiasmados por receber dois participantes no evento de Nova York - de 9 bilhões de vidas e LaFarge-Holcim - que ajudaram a polinizar os eventos de forma cruzada.
Enquanto isso, para obter uma melhor sensação da paisagem de oportunidade, continuamos a evoluir o nosso Carbon Productivity Map . Isso revela um crescente número de atores-chave nos mundos estreitamente interligados das mudanças climáticas e da produtividade do carbono, e os principais links entre eles. Onde quer que olhemos, as mentes brilhantes estão se afastando em maneiras de entender melhor, gerenciar e regenerar o ciclo cada vez mais vacilante do carbono do planeta.
Como observou Janine Benyus do Instituto de Biomimética , durante anos as pessoas perguntaram: "Como reduzimos a quantidade de carbono em nossos produtos?" O que eles queriam dizer com isso é o dióxido de carbono incorporado. Agora, estamos tentando gentilmente transformá-los em: "Como você obtém o máximo de dióxido de carbono possível em seu produto? Como você tem seu produto seqüestrando dióxido de carbono?"
Essa é uma questão muito diferente, ela observa. Isso nos faz pensar de forma diferente sobre o carbono. Diz: "Nós temos um excesso de carbono na atmosfera. Você pode fazer o seu [produto] com carbono [atmosférico]"?
Em um segundo Basecamp, corremos com o Swiss Bank UBS, desta vez na confluência de dinheiro, dados e confiança, um participante disse: "É hora de passar da bagunça crítica para a massa crítica". Totalmente. É hora de juntar-se não apenas os pontos de hoje, mas também o futuro. E é aí que nos dirigimos a seguir. Mais em breve.
Conceba com o ciclo natural em mente para garantir que o carbono acabe nos lugares certos, exorta William McDonough
A névoa da manhã encobre a vista enquanto um paisagista arranca a grama no telhado vivo do Centro de Convenções de Vancouver em Vancouver, Canadá.
O carbono tem um nome ruim. O acordo climático 2015 de Paris exige um equilíbrio entre as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera e os sumidouros de carbono terrestres 1 . Climate Neutral Agora, uma iniciativa das Nações Unidas, encoraja empresas e indivíduos a medir, reduzir e compensar voluntariamente suas emissões de gases de efeito estufa até 2050. O Instituto Americano de Arquitetos desafiou a comunidade de arquitetura em todo o mundo a tornar-se neutra em carbono até 2030. As cidades neutras de carbono A Alliance, uma rede internacional de diretores de sustentabilidade urbana, pretende reduzir as emissões de gases de efeito estufa de suas cidades em 80% até 2050.
"Baixo carbono", "carbono zero", "descarbonização", "carbono negativo", "carbono neutro", mesmo "uma guerra contra o carbono" - fazem parte do discurso. Se pudermos reduzir nossas emissões de carbono e diminuir a nossa pegada de carbono, pensa, podemos derrubar o inimigo de carbono. Não é de admirar que as empresas, as instituições e os decisores políticos se esforçam para responder.
Mas o carbono - o elemento - não é o inimigo. A mudança climática é o resultado de quebras no ciclo do carbono causadas por nós: é uma falha de design. Os gases de efeito estufa antropogênicos na atmosfera tornam o carbono no ar um material no lugar errado, na dose errada e pela duração errada. Somos nós quem produzimos carbono tóxico - como levar na nossa água potável ou nitratos em nossos rios. No lugar certo, o carbono é um recurso e uma ferramenta.
O dióxido de carbono é a moeda da fotossíntese, uma fonte de capacidade de regeneração da Terra. O carbono do solo é o garante de ecossistemas saudáveis e segurança alimentar e da água.Os átomos de carbono são os blocos de construção da vida.A lã, o algodão e a seda são compostos de carbono, assim como muitos polímeros industriais e "supercarbonos" puros, como diamantes e grafenos.
Depois de 30 anos de concepção de edifícios e paisagens sustentáveis que gerenciam carbono, acredito que é hora de dar nova vida à conversa de carbono. Em vez de declarar guerra às emissões de carbono, podemos trabalhar com carbono em todas as suas formas. Para permitir uma nova relação com o carbono, proponho uma nova linguagem - viva, durável e fugitiva - para definir maneiras pelas quais o carbono pode ser usado com segurança, produtividade e lucratividade. Aspiração e clara, sinaliza intenções positivas, ordenando-nos que façamos mais bons, em vez de simplesmente ser menos ruins.
Ações de condução de palavras
É fácil perder o caminho na conversa climática. Poucos dos termos estão claramente definidos ou entendidos. Pegue 'carbono neutro'. A União Européia considera a eletricidade gerada pela queima de madeira como carbono neutro - como se não liberasse CO 2 . A sua neutralidade de carbono confia problemática no crescimento e na substituição das florestas que exigirão décadas até séculos de gestão comprometida 2 . Outra estratégia é compensar o uso de combustíveis fósseis por créditos de energia renovável - isso ainda significa um aumento na concentração global de CO 2 atmosférico .
Ainda mais confuso é o termo "carbono negativo". Isso às vezes é usado para se referir à remoção de CO 2 da atmosfera. Por exemplo, o primeiro-ministro de Butão indicou que seu país é negativo em carbono, porque suas florestas existentes sequestam mais CO 2 do que o país emite e o Butão exporta energia hidrelétrica (veja go.nature.com/2es9lgt ). Mas as árvores não têm um efeito positivo sobre o carbono atmosférico e a energia hidrelétrica é neutra?
Um átrio de quatro andares com paredes verdes vivas de interiores e exteriores ajuda a fornecer ar limpo ao Bosch Siemens Experience Center da Park 20 | 20 na Holanda.
O seqüestro de carbono é um objetivo muito buscado. Requer dois elementos: uma maneira de capturar o carbono da atmosfera ou uma chaminé e uma maneira de armazená-lo de forma segura e permanente. Mas alguns dos chamados métodos de armazenamento de carbono são paradoxais. Por exemplo, na recuperação de óleo melhorada, o CO 2 é injetado em formações rochosas para eliminar o petróleo bruto remanescente, que acabou por ser queimado.
Ao mesmo tempo, as empresas estão começando a anunciar suas esperanças de serem "positivos para o carbono", por exemplo, produzindo mais energia renovável do que suas operações exigem, ou seqüestrando carbono através da plantação de árvores.
Tais termos destacam uma confusão sobre as qualidades e o valor do CO 2 . Nos Estados Unidos, o gás é classificado como uma mercadoria pelo Bureau of Land Management, um poluente da Environmental Protection Agency e como um instrumento financeiro da Chicago Climate Exchange.
Uma nova linguagem de carbono reconhece o material e a qualidade do carbono para que possamos imaginar e implementar novos caminhos a seguir (ver ' O novo idioma do carbono '). Identifica três categorias de carbono - vivas, duráveis e fugitivas - e uma característica de um subconjunto dos três, chamado carbono trabalhista. Também identifica três estratégias relacionadas à gestão do carbono e às mudanças climáticas - carbono positivo, neutro em carbono e carbono negativo.
Comece com o solo
Como trabalhamos com o ciclo do carbono para preservar e melhorar os benefícios que ele fornece naturalmente? Do solo.
O carbono é o coração da saúde do solo. Em ecossistemas saudáveis, quando as plantas convertem CO 2 em açúcares à base de carbono - carbono líquido - alguns fluem para brotos, folhas e flores. O resto alimenta a rede alimentar do solo, que flui das raízes das plantas para comunidades de micróbios do solo. Em troca, os micróbios compartilham minerais e micronutrientes que são essenciais para a saúde das plantas. Desencadeados nas folhas das plantas, os micronutrientes aumentam a taxa de fotossíntese, gerando um novo crescimento, que produz mais carbono líquido para os micróbios e mais micronutrientes para os fungos e as plantas. Abaixo do solo, o carbono líquido se move através da rede alimentar, onde é transformado em solo rico em carbono, estável e vital. Esta matéria orgânica também dá ao solo uma estrutura tipo esponja,
É assim que um ciclo de carbono saudável sustenta a vida. Esse fluxo manteve o carbono no lugar certo na concentração certa, temperou o clima global, alimentou o crescimento e alimentou a evolução das sociedades humanas por 10.000 anos.
Muitos pesquisadores do solo acreditam que poderia fazê-lo de novo. A cientista e cientista do solo, Christine Jones, fundadora do Amazing Carbon Project, descreve a "ponte fotossintética" entre o carbono atmosférico e o carbono líquido e a "ponte microbiana" entre plantas e solos biologicamente ativos e ricos em carbono como pedras angulares gêmeas da paisagem e Restauração do clima 3 .
David Johnson no Instituto da Universidade Estadual do Novo México para a Energia e o Meio Ambiente em Las Cruces estudou a ponte microbiana de carbono 4 . Ele descobriu que o fator mais importante para promover o crescimento de plantas e cultivar carbono do solo não foi adicionado de nitrogênio ou fósforo, mas os insumos de carbono de outras plantas.
Design para viver
Vamos manter essas pontes de carbono abertas em todas as paisagens - rural e urbana. Vamos usar o carbono da atmosfera para alimentar os processos biológicos, construir o carbono do solo e reverter as mudanças climáticas. Vamos adotar práticas regenerativas de agricultura e urbanismo para aumentar a capacidade fotossintética, aumentar a atividade biológica, construir sistemas alimentares urbanos e cultivar loops fechados de nutrientes de carbono. Vamos transformar as usinas de tratamento de esgoto em fábricas de fertilizantes. Vamos reconhecer o carbono como um bem e o ciclo do carbono que dá vida ao modelo para projetos humanos.
Todos os projetos - de produtos para edifícios, cidades e fazendas - podem ser positivos para o carbono. Isso pode demorar um século, mas por quanto tempo nos levou a entrar em nossa atual calamidade de carbono.Quanto mais cedo começarmos, melhor.Até 2030, nosso planeta exuberantemente urbanizador deverá converter mais habitat e terras agrícolas em cidades do que todo o crescimento urbano anterior combinado.Mais de 2 bilhões de urbanites viverão em casas, irão a escolas e trabalharão em fábricas que ainda não foram construídas5.Apesar desses desafios, existem modelos de esperança.
Em 1989, minha empresa de arquitetura criou uma creche em Frankfurt, na Alemanha, com base em "um prédio como uma árvore" que poderia ser operado por crianças, que movessem persianas solares, abriam e fechavam janelas, cultivavam alimentos em telhados e irrigavam Os jardins com água da chuva.
A idéia de "edifícios como árvores" e "cidades como florestas" sofreu, e começamos a abordar nossos projetos de produtos, construção e cidade como fotossintéticos e biologicamente ativos, acumulando energia solar, nutrientes para ciclismo, liberando oxigênio, fixando nitrogênio, água purificadora, Fornecendo habitats diversos, construindo solo e mudando com as estações.
O Adam Joseph Lewis Center for Environmental Studies no Oberlin College, em Ohio, que desenhamos, é um exemplo construído desta filosofia. Purifica suas águas residuais e esgoto em um sistema no local que produz composto orgânico rico em carbono. Este ano o projeto está produzindo energia solar a uma taxa anual de 40% a mais do que precisa. O edifício ainda depende da rede elétrica quando a energia solar não está disponível. Em breve, com novos e acessíveis sistemas de armazenamento de baterias térmicas e elétricas no local, edifícios como este podem ser carbono e energia positiva.
Nos Países Baixos, Park 20 | 20 perto de Amsterdã aplica essas estratégias de design de carbono positivo na escala do campus. Ao lado, o Vale no Schiphol Trade Park, o centro nacional da economia circular, escalará essas e muitas outras inovações para criar uma ecologia urbana do trabalho, cadeias de suprimentos e espaços colaborativos.O desenvolvimento será uma rede de edifícios integrados, paisagens e sistemas técnicos que operam como um todo conectado.Cada edifício está orientado para o caminho do Sol para maximizar a exposição durante o inverno e a sombra durante o verão.Arrays fotovoltaicos e telhados verdes são as folhas e raízes do sistema, colhendo energia renovável, absorvendo e filtrando água, produzindo alimentos e fornecendo habitat para outros seres vivos em uma comunidade empresarial vibrante e sustentável.
O setor de energia, também, pode ser generosamente positivo em carbono. A SunPower, com sede em San Jose, Califórnia, e outros provedores de energia solar estão desenvolvendo "pomares solares" - usinas que funcionam como fazendas trabalhadoras. Os arrays rotativos de painéis solares elevados evitam a terra e fornecem habitat para pastagens, que capta água, nitrogênio e carbono para construir a saúde do solo, pode incluir legumes para fixar nitrogênio e pode fornecer alimentos para animais de pastagem, fornecendo proteína e lã. Por design, a usina produz uma abundância de benefícios: energia renovável, biodiversidade, alimentos, restauração do solo, ciclagem de nutrientes, seqüestro de carbono, conservação de água, produtos de fibra e empregos agrícolas e de fabricação. Assim, trabalhar carbono durável cria e sustenta o carbono vivo, reduzindo o carbono fugitivo, tudo em um modelo economicamente robusto e lucrativo.
Tais modelos oferecem um modelo inspirador para a ação climática. Tudo começa com a mudança da maneira como falamos de carbono. Nosso objetivo é simples e positivo: um mundo deliciosamente diversificado, seguro, saudável e justo - com ar limpo, solo, água e energia - econômica, equitativa, ecológica e elegantemente apreciada.